por Emanuel Cancella

A juíza de primeira instância, Daniela Barbosa
Assumpção de Souza, da 2° Vara Criminal de Duque de Caxias,
bloqueou por três dias o aplicativo, mas o STF mandou desbloquear em algumas
horas.
A mídia está dando total apoio à juíza que
suspendeu, com irresponsabilidade, a
ferramenta de 100 milhões de brasileiros. A Folha de 19/07 rasga elogios à juíza:
“Devido à sua
coragem, ficou conhecida no Judiciário como Kate Mahoney, em referência à
protagonista do seriado americano "Dama de Ouro", exibido na década
de 1980”.
Também
pudera! As redes sociais, que incluem o WhatsApp, já ocupam quase 50% do espaço ocupado pela mídia. Inclusive a
rede social é usada no Brasil como um contraponto à mídia corrupta e golpista.
As principais mídias brasileiras, como Globo, Band,
Folha, Editora Abril responsável pela Veja, Grupo RBS, TV Massa do apresentador
‘ratinho’, Joven Pan, entre outros, estão envolvidas no Swssleaks, Zelotes e
Panamá Papers. Esses escândalos envolvem valores de dinheiro público e geometricamente
superiores à corrupção na Petrobrás. Mas os responsáveis ficam impunes e só nas
redes sociais conseguimos denunciar essa lambança com sonegação e lavagem de
dinheiro. É essa mídia que quer limitar o uso do WhatsApp
que ‘por acaso a juiza bloqueou’.
A juíza disse também, em êxtase, à Folha: “ ...o aplicativo
tornou-se ferramenta de criminosos” ofendendo milhões de usuários, e como se
alguém dissesse que todos os juízes são corruptos, pois alguns vendem
sentenças, dão habeas corpus a bandidos, etc.
A
decisão da juíza é como a de um soldado que, para matar um pássaro que
ameaçasse a fuselagem de um avião, lançasse um míssil para matar a ave. Esse
soldado seria preso com certeza.
Só
a certeza da impunidade pode levar uma juíza de primeira instância a suspender
o aplicativo WhatsApp em todos os estados e do Distrito Federal. O cidadão do Ceará, da Bahia do Mato Grosso
do Sul, etc., sem ter nada a ver com a decisão da justiça de Caxias, no Estado
do Rio de janeiros, foi punido no uso do aplicativo.
Os
alvos da ação da juíza, os bandidos do processo e os donos do WhatsApp, nada sofreram. O prejudicado
foram os cem milhões de usuários que ficaram sem o aplicativo, sem ter nada com
isso e ainda são chamados de fora da lei!
A
maior punição para essa juíza, que interrompeu a comunicação de mais de cem
milhões de brasileiros, é no máximo uma aposentadoria compulsória.
Inclusive
prejudicou advogados, juízes e procuradores que também usam a ferramenta;,
comerciantes que usam esse tipo de comunicação em seus negócios, etc. E a
atitude pode ser vista como um abuso de poder! Temos que denunciar essa ação estapafúrdia,
pois não é a primeira vez que isso acontece.
A
juíza conseguiu seus 15 minutos de celebridade, profetizados por Andy Warhol, que
na década de 1960, disse ele: "um dia, todos terão direito a 15
minutos de fama".
Desafiamos
não só a juíza Daniela, mas a justiça, a tirar do ar pelo menos por algumas
horas a concessão pública da mídia corrupta, TV e rádio, envolvidos em
sonegação e lavagem de dinheiro. Queremos ver barrar a circulação de jornais e
revistas, cujos donos estejam envolvidos em falcatrua!
Enquanto
os milhões de usuário são punidos lamentavelmente, juízes que fazem o jogo da
grande mídia e dos poderosos viram celebridades.
Rio de Janeiro, 20 de julho de 2016
Autor:
Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75
300
OBS.:
Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha,
Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
Parabéns pela analise coerente e precisa não só da desproporcional decisão, como da atual crise moral vivida nas entranhas do poder no Brasil.
ResponderExcluirParabéns Emanuel pela clareza e coerência. Esses nossos juízes estão cada dia mais incoerentes, insensatos e sem noção. Agora só podemos contar com a justiça divina.
ResponderExcluirParabéns Emanuel pela clareza e coerência. Esses nossos juízes estão cada dia mais incoerentes, insensatos e sem noção. Agora só podemos contar com a justiça divina.
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