por Emanuel Cancella

O Zelotes e o Swssleaks envolvem valores maiores que os da corrupção na
Petrobrás. E nada acontece com essas empresas e bancos. Até agora ninguém foi
preso, como os executivos da Petrobrás, presos num verdadeiro reality show diário na mídia, principalmente no Jornal
Nacional da Globo
No Zelotes temos, entre outros, o Bradesco, Santander, BR Foods, Camargo Corrêa,
Petrobras e a RBS, afiliada da Globo no RS.
No Swssleaks, entre outros envolvidos, o Globo, Band, Folha,
editora Abril, responsável pela Veja, Grupo RBS e Jovem Pan. O Swssleaks são as
contas no HSBC da Suíça para lavagem de dinheiro! Além disso, a Globo é
sonegadora do Imposto de Renda da transmissão da Copa do Mundo de 2002, como
também foi citada no escândalo das contas Offshore, do Panama Papers,
para lavagem de dinheiro. Sem contar que a Globo também é a principal suspeita
do escândalo de corrupção da Fifa, já que foi o tempo todo monopolista das
transmissões esportivas. Seu principal sócio, a TV TEM de São Paulo, é réu
confesso no processo.
Estranho o indiciamento do presidente do Bradesco! E por que não os
outros envolvidos? E todos os órgãos investigativos estão sob suspeição da
sociedade, em função do golpe! As gravações do ex-presidente Sérgio Machado com
Jucá, Sarney e Renan expõem o MP, PF, PGR e STF. Esses órgãos estão calados
depois de serem reveladas, à sociedade, as gravações que mostraram que a
presidente Dilma foi afastada por um complô porque não interferiu na justiça,e
principalmente na Lava Jato. Até agora silencio total!
Inclusive veio da Lava Jato, chefiada pelo juiz Sérgio Moro, a denúncia mentirosa, na véspera
da eleição, divulgada na Veja e no Jornal Nacional da Globo, de que Lula e Dilma sabiam
da corrupção na Petrobrás. Depois Moro também vazou para a Globo que faltava
dinheiro para operação Lava a Jato, no sentido de culpar o governo Dilma por
uma possível paralisação da Operação. A própria PF desmentiu Moro dizendo que havia
dinheiro de sobra na PF. E Dilma não fez nenhuma retaliação, sempre defendeu as
investigações e por isso seu afastamento, já que pedalada nunca foi crime!
Será o indiciamento do presidente do Bradesco mais
uma tentativa de enganar a sociedade, como uma satisfação para passar a ideia de
que temos justiça no país? E que ato contínuo assistiríamos o arquivamento do
processo pelo STF? Não seria novidade, pois isso tem acontecido sucessivamente!
É muita coisa que estamos
engolindo ultimamente, agora ainda temos que assistir estarrecidos a
Ilan Goldfajn, ex-economista, chefe e sócio do Itaú Unibanco, que deve quase 19 bilhões
de reais à Receita Federal, presidindo
o Banco Central. Há a quarentena de cargos públicos, quando da saída, principalmente
de empresas e bancos estatais, remunerada, com a finalidade de preservar a
informação de que o executivo possa ter adquirido no cargo. E também há um
ritual para o funcionário que assume qualquer cargo público, que consiste numa investigação
social para saber se o almejante ao cargo está em dia com suas obrigações, incluindo
dívidas, principalmente com a Receita Federal. Isso não vale para o Banco
Central?
Rio de Janeiro, 01 de junho de
2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ
75
300
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário