sábado, 2 de abril de 2016

Sérgio Moro - a estrela em decadência

por Emanuel Cancella
Há quem diga que o problema de Moro não é de justiça, mas de saúde mental.

Temos que reconhecer o esforço hercúleo que os aliados fazem para manter Sérgio Moro top de linha, como o prêmio da Globo, do governo dos EUA e da revista americana Fortune. Dizem, nos bastidores, que Moro será indicado ao Oscar de efeitos especiais. O problema é que o agente da PF Newton Hidenori Ishii, o japonês o mais cotado para o prêmio, foi envolvido em vários crimes, condenado pelo STJ e afastado da operação.

Já os americanos idolatram Moro pelos vários serviços prestados, entre eles: Moro age em parceria com a petroleira Chevron para facilitar a entrega do pré-sal; Moro também convocou os procuradores americanos para espionar a Petrobrás; Moro tenta parar a construção do submarino atômico, cuja missão principal é proteger o pré-sal. Moro prendeu Marcelo, o dono da Odebrechet, viabilizando assim a empresa que constrói mísseis de curto e longo alcance, tornando mais fragilizada ainda nossa segurança.  Moro parece que atua contra os interesses do país! Todos sabem que o petróleo é disputado por sabotagem, conspiração e até por guerra, principalmente patrocinadas pelos americanos, como no Iraque, Irã e Venezuela.  Isso tudo porque os  EUA só têm petróleo para três anos e não reconhecem nossas águas internacionais, onde se localizam grande parte do pré-sal.

 Mas não é só por conta da Petrobrás a admiração americana por Moro, já que o fascínio americano tem cor, para Moro o crime tem cor e é vermelha.   É de conhecimento público a disputa da hegemonia global dos americanos com os comunistas russos. E aqui, no Brasil, Moro age como se todos os milhões de eleitores de Lula e Dilma fossem comunistas. E Moro retoma a bandeira americana dos anos 50, ou seja, a caça aos comunistas, que também teve sua versão brasileira.

Creio que para Moro se manter na crista da onda seus articuladores têm que aumentar sua dosagem de tarja preta, pois o homem endoidou de vez. Moro nada faz para prender Aécio Neves (penta delatado), Eduardo Cunha e a família de Cunha. Muito menos faz qualquer investigação contra FHC e seu governo, várias vezes citado em delação, sendo que até o próprio FHC reconhece que havia corrupção, em seu governo, na Petrobrás.  Moro também poderia agir em cima da lista da Odebrechet com 500 propineiros, sendo que oitenta por cento da lista seja da oposição golpista, talvez por isso a omissão de Moro. Ao invés disso, Moro, contrariando toda lógica jurídica, implementa a operação Carbono 50, a operação bem podia se chamar operação Requentada, pois já foi discutida e julgada, e o teor não é de justiça mas de perseguição ao PT.
O ministro Teori e o STF já deram um chega para lá no Moro, não adiantou nem a história de pedido de desculpas. Quem vai agora dar um freio no Moro? Até que ponto teremos que chegar para que a justiça, principalmente o STJ e STJ, PGR tome providência acerca dos desmandos de um juiz de primeira instância?

Há quem diga que o problema de Moro não é de justiça, mas de saúde mental. Pergunta que não quer calar, quem vai colocar a camisa de força no juiz transloucado?   

Rio de Janeiro, 02 de abril de 2016 

OAB/RJ 75 300              
            
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.



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