por Emanuel Cancella
Há quem diga que o problema de Moro não é de justiça, mas de saúde mental.

Temos que
reconhecer o esforço hercúleo que os aliados fazem para manter Sérgio Moro top
de linha, como o prêmio da Globo, do governo dos EUA e da revista americana Fortune.
Dizem, nos bastidores, que Moro será indicado ao Oscar de efeitos especiais. O
problema é que o agente da PF Newton Hidenori Ishii, o japonês
o mais cotado para o prêmio, foi envolvido em vários crimes, condenado pelo STJ
e afastado da operação.
Já os americanos
idolatram Moro pelos vários serviços prestados, entre eles: Moro age em
parceria com a petroleira Chevron para facilitar a entrega do pré-sal; Moro também
convocou os procuradores americanos para espionar a Petrobrás; Moro tenta parar
a construção do submarino atômico, cuja missão principal é proteger o pré-sal. Moro
prendeu Marcelo, o dono da Odebrechet, viabilizando assim a empresa que constrói
mísseis de curto e longo alcance, tornando mais fragilizada ainda nossa
segurança. Moro parece que atua contra
os interesses do país! Todos sabem que o petróleo é disputado por sabotagem,
conspiração e até por guerra, principalmente patrocinadas pelos americanos,
como no Iraque, Irã e Venezuela. Isso
tudo porque os EUA só têm petróleo para
três anos e não reconhecem nossas águas internacionais, onde se localizam
grande parte do pré-sal.
Mas não é só por conta da Petrobrás a
admiração americana por Moro, já que o fascínio americano tem cor, para Moro o
crime tem cor e é vermelha. É de conhecimento público a disputa da
hegemonia global dos americanos com os comunistas russos. E aqui, no Brasil,
Moro age como se todos os milhões de eleitores de Lula e Dilma fossem
comunistas. E Moro retoma a bandeira americana dos anos 50, ou seja, a caça aos
comunistas, que também teve sua versão brasileira.
Creio que para
Moro se manter na crista da onda seus articuladores têm que aumentar sua
dosagem de tarja preta, pois o homem endoidou de vez. Moro nada faz para prender
Aécio Neves (penta delatado), Eduardo Cunha e a família de Cunha. Muito menos
faz qualquer investigação contra FHC e seu governo, várias vezes citado em
delação, sendo que até o próprio FHC reconhece que havia corrupção, em seu
governo, na Petrobrás. Moro também poderia
agir em cima da lista da Odebrechet com 500 propineiros, sendo que oitenta por
cento da lista seja da oposição golpista, talvez por isso a omissão de Moro. Ao
invés disso, Moro, contrariando toda lógica jurídica, implementa a operação
Carbono 50, a operação bem podia se chamar operação Requentada, pois já foi
discutida e julgada, e o teor não é de justiça mas de perseguição ao PT.
O ministro Teori
e o STF já deram um chega para lá no Moro, não adiantou nem a história de
pedido de desculpas. Quem vai agora dar um freio no Moro? Até que ponto teremos
que chegar para que a justiça, principalmente o STJ e STJ, PGR tome providência
acerca dos desmandos de um juiz de primeira instância?
Há quem diga
que o problema de Moro não é de justiça, mas de saúde mental. Pergunta que não
quer calar, quem vai colocar a camisa de força no juiz transloucado?
Rio de Janeiro, 02 de abril de 2016
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do
Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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