Como brasileiro, me senti representado pela maioria que foi às ruas
no dia 13, na passeata em todo o Brasil. O governador Geraldo Alckmim foi
chamado de ladrão de merenda e Aécio Neves de corrupto, em plena Avenida Paulista.
Isso não tem preço! Eduardo Cunha, mesmo sem aparecer, foi hostilizado. Figuras
como Agripino Maia e FHC nem deram as caras, com certeza com medo! Marta
Suplicy foi vaiada!
No mais, temos convergência com a maioria dos brasileiros que foram
às ruas, já que todos nós queremos o combate à corrupção, a prisão de corruptos
e corruptores e a soberania nacional. A camisa verde/amarela é de todos os
brasileiros! Discordamos somente desses grupos neonazistas, a maioria financiados
pela Globo, Fiesp e pelo dinheiro vindo do exterior, principalmente dos EUA.
Esse grupos manobram o povo contra a democracia, pedem a ditadura, o fim do PT e atacam Lula e Dilma , mas sempre por algum
motivo espúrio, ou porque representam a classe mais privilegiada ou têm
interesse em levar nosso petróleo, como os americanos. Só por isso querem o fim
do petismo, pois foi Lula e o PT que afastaram o perigo da privatização da
Petrobrás, retomaram a indústria naval e no governo Lula se descobriu o
pré-sal. Na verdade, nunca se combateu tanto a corrupção como nos governos de
Lula e Dilma!
Com certeza que a maioria dos manifestantes quer cadeia para os
corruptos de todos os partidos, não somente do PT! A maioria concorda que a
presunção de inocência é de todos os brasileiros, pois até que se prove o
contrário todos somos inocentes. O direito de ampla defesa é de todos os
brasileiros, ninguém pode ser preso até que o processo tenha sido transitado em
julgado. Ninguém quer blindar o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma, pois
ninguém está acima da lei, mas vamos exigir respeito ao ex-presidente Lula, contra
o qual nada se provou, apesar de vasculharem a vida dele toda, não é à toa que
tentam atingi-lo através do filho, da nora, do amigo e do compadre e de imóveis
que não são dele.
Quanto à presidente Dilma, ela foi eleita pela maioria dos
brasileiros e, em respeito à Constituição Federal, precisa governar e em paz!
Agora o que é inaceitável é a Fiesp apoiando um movimento contra a
corrupção. Logo a Fiesp, que apoiou a ditadura e também onde estão os maiores
sonegadores do país, números que podem ser vistos no Sonegômetro, sendo a sonegação
a maior corrupção no país, e tudo com a
conivência do Ministério Público e da Receita Federal!
Como o governo não consegue acabar com a sonegação, tenta criar a
CPMF para buscar novas formas de arrecadação, e tirar o país da crise, aliás, a
CPMF é, dos impostos, o mais justo porque pega a todos na movimentação
financeira. A Fiesp é contra a CPMF, mas nada faz para acabar com a sonegação.
Na verdade, a Fiesp quer destruir o governo e usa de todas as armas,
principalmente as mais covardes!
E a maior afronta a todos os brasileiros é a Globo, uma concessão
pública, convocando, através de seus artistas, manifestação contra o governo! Trinta
segundos de inserção na Globo custa R$ 500 mil, quanto a Globo gastou
convocando a passeata o tempo todo? E o movimento dos trabalhadores quando
tentam colocar alguma mensagem na emissora, além do alto custo, eles rejeitam e
dizem que não concordam com o conteúdo.
As manifestações são muito bem vindas, muita gente na ditadura
militar foi perseguida, presa, torturada e morta para que tivéssemos esse
direito. A Globo apoiou e cresceu apoiando a ditadura, e depois, na maior
desfaçatez, fez autocrítica, entretanto agora essa mesma Globo tem o desplante de chamar protesto para
derrubar o governo eleito pela maioria do povo.l Na verdade, a Globo, além de
ser a empresa mais corrupta do país, tem dificuldade de viver na democracia!
Fica aí nosso protesto, no dia de ontem: ninguém vai combater a
corrupção ao lado da Fiesp e da Globo!
Rio de Janeiro, 14 de março de 2016
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do
Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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