por Emanuel Cancella

O senador
tucano José Serra é incansável na sua saga de entregar o pré-sal. Já em 2009,
na eleição presidencial, o Wikileaks denunciava a troca de correspondência
entre ele e a petroleira americana Chevron, cujo o conteúdo era de beneficiar a
petroleira em prejuízo da Petrobrás. Serra perdeu a eleição, mas não desistiu.
Agora é dele o projeto PLS 131/15, que flexibiliza o pré-sal e que acabou de
ser aprovado em regime de urgência no senado.
A Globo, na
década de 90, se aliou ao governo tucano de FHC na tentativa de privatizar a
Petrobrás, inclusive comparando a Petrobrás a um paquiderme e chamando os
petroleiros de marajás. Perdeu, mas não desistiu.
Se a
privatização da Petrobrás tivesse sido implementada como foi a da Vale do Rio
Doce (a maior mineradora de ferro do mundo vendida por um valor negativo), a
festa do pré-sal seria no Texas ou algum país Europeu.
Mas o governo
de Lula afastou a ameaça de privatização e, em seu governo, a Petrobrás
desenvolveu tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal. E
mesmo o pré-sal, que eles diziam que estava adormecido no fundo do mar, hoje
produz mais de um milhão de barris de petróleo por dia, o suficiente para
abastecer juntos todos os países do Mercosul e elevando as reservas de petróleo
da Petrobrás para mais de 100 bi de barris, o suficiente para abastecer o
Brasil no mínimo nos próximos 50 anos.
Mas a Globo,
como José Serra, não desiste nunca. A Globo, mesmo com a descoberta do pré-sal,
a maior reserva petrolífera do mundo moderno, publicou em editorial: “O pré-sal
pode ser patrimônio inútil.”
E o
senador entreguista Renan Calheiros, para justificar a aprovação de
urgência ao projeto entreguista de José Serra, segundo o Brasil 247, anuncia: "Petrobras não tem condições de
investir para o Brasil".
No filme O
Petróleo Tem Que Ser Nosso – Última Fronteira (2009), disponível na internet, o
ator Paulo Betti em participação brilhante e gratuita em defesa do Brasil,
diz. “É como se eu encontrasse um tesouro valiosíssimo em meu quintal e
entregasse para meu vizinho, pois sou incompetente e não tenho como retirá-lo”.
Esse é o sentido da frase do entreguista Renan Calheiro.
Quando o petróleo era um sonho, os
brasileiros foram as ruas, na campanha “ O Petroleo É Nosso!”, a maior
campanha cívica que esse país conheceu e que resultou na criação da Petrobrás,
executora do Monopólio Estatal do petróleo. Será que agora que o petróleo é uma
realidade, José Serra, o PSDB, Renan Calheiros e a Globo vão conseguir
entregá-lo aos gringos!
Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2015
OAB/RJ 75
300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do
Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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