quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A farsa da Lava Jato está com seus dias contados


               



por Emanuel Cancella

“Um dia todos terão direito a 15 minutos de fama.”









O juiz Sérgio Moro já viveu o seu momento de glória, como diz o ditado “Um dia todos terão direito a 15 minutos de fama.” O ministro Joaquim Barbosa teve o seu! Depois voltou à insignificância humana. Foi fantasiado de herói pela grande mídia que, entretanto, não alardeou que, segundo o também ministro Eros Grau, esse herói de araque bateu na mulher com direito a Boletim de Ocorrência e tudo; também abriu uma empresa offshore para comprar um imóvel em Miami e burlar o Imposto de Renda; e só devolveu o apartamento funcional  embaixo de vara, porque tinha direito só por um determinado tempo, mas vencido esse prazo não quis devolvê-lo.
O juiz Sergio Moro foi premiado pela Globo, como pessoa que faz a diferença. Faz mesmo, grampos, vazamentos seletivos de delação premiada, prisões arbitrárias, blindagem aos tucanos, etc. E ainda ganhou prêmio do governo dos EUA, com certeza pela convocação de promotores americanos para fiscalizar a Petrobrás, favorecendo assim os americanos em detrimento do Brasil. Moro oficializou a espionagem! A Chevron, petroleira americana, foi denunciada pelo Wikileaks, em 2009, na troca de correspondência entre a petroleira americana e o senador tucano José Serra, cujo conteúdo era de favorecimento a Chevron em prejuízo da Petrobrás. Muito suspeito o fato do juiz Moro não ter mandado nossos procuradores para investigar também a petroleira americana!  
 Estranho também que com todo esse glamour, Moro e sua força tarefa só falam em ambientes fechados, como igrejas e auditórios, com público selecionadíssimo. Estão com medo de quê? A campanha do petróleo tem plenária mensal no Rio, aberta a toda sociedade, e recebemos, em algumas, até jornalistas da Globo. E a plenária é prioritariamente para defender a Petrobrás e o fim da corrupção na empresa!
A grande mídia e a oposição de direita não têm nenhum escrúpulo! Há muito abandonou, na estrada, o presidente que eles elegeram, Fernando Collor de Mello. Com o ministro Joaquim Barbosa não está sendo diferente! No passado, abandonaram o jornalista Paulo Francis, como vão abandonar Arnaldo Jabour. E com o juiz Moro não vai ser diferente. Moro, para os poderosos, não passa de um juiz provinciano que está sendo útil à elite egoísta!
Eu mesmo tive meus 15 minutos de fama quando em 2007 coordenei um ato de nudismo, na defesa dos aposentados petroleiros, em frente à sede da Petrobrás, no Rio e do palácio do Planalto em Brasília, no governo Lula. As imagens do ato cruzaram o mundo e estão no Google até hoje e com a amplitude da visibilidade do ato obrigamos a direção da companhia a vir a público tentar justificar o injustificável: a discriminação com os aposentados que construíram a companhia.  
Contra o ex-presidente Lula eles batem desde a primeira eleição, em 1989. E, como não têm nada a falar de Lula, apelam para a nora, o filho, o amigo, o compadre, o apartamento e o sítio que Lula não comprou, o barco sem motor e até a horta que dona Marisa fez no sitio é matéria do Jornal Nacional da Globo. Por enquanto, contra Lula, o efeito tem sido o mesmo do bolo da vovó, quanto mais batem mais ele cresce.
Fernando Collor, Paulo Francis, Joaquim Barbosa, já foram jogados ao mar, quanto ao cineasta Arnado Jabour e juiz Sérgio Moro é questão de tempo e da maré!
A Globo é tão cínica que apoiou e cresceu à sombra da ditadura, inclusive usou, às custas do contribuinte, sem pagar, o satélite da Embratel durante toda a ditadura. Milhares de brasileiros, civis e militares, foram perseguidos, presos, torturados e mortos. Depois, na maior cara de pau, a Globo, em editorial, diz que o apoio a ditadura foi um erro.   Quem sabe dirão no futuro que o prêmio ao juiz Sérgio Moro foi um erro!


Rio de Janeiro, 11 fevereiro de 2015 

OAB/RJ 75 300              
            
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.




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