por Emanuel Cancella
Ao invés de lavar eles
estão sujando, e de lama, a imagem da
justiça.
O cardápio de desserviços à
justiça pela Operação lava Jato é extenso: Delações e vazamentos seletivos, grampo
ilegal, prisões arbitrárias e a blindagem descarada ao PSDB. Como todos se calam, resta ao pacato cidadão, através
das redes sociais, assumir os riscos de denunciar essa pouca vergonha.
OAB, MP, PF, STF, Ministério da
justiça, todos assistindo de camarote às barbaridades do juiz Sérgio Moro que
chefia a Lava Jato. Ao invés de lavar, eles estão sujando, e de lama, a imagem
da justiça. Se muitos juízes se acham deuses, Moro tem certeza é o próprio, em
carne e osso.
Enquanto
trabalhador petroleiro, não posso me calar diante dessa operação que se
transformou num verdadeiro circo de espetáculos, nada engraçado. Além de
ridicularizar a justiça brasileira, visa
manchar a imagem da Petrobrás, a maior empresa brasileira. Na verdade, passam
para a sociedade a idéia de que querem acabar com a corrupção, na verdade querem
é acabar com a Petrobras!
Uma das barbaridades é quando Moro se nega a exigir
corregedoria a respeito do grampo ilegal. Mesmo diante das cobranças dos
advogados de defesa e da sociedade, que querem saber da existência, ou não, do
grampo na federal do Paraná, onde funciona a operação Lava Jato. Porém Moro decide,
com um despacho, conforme publicado jornal GGN:
“Alem disso, tal escuta ambiental,
caso tenha de fato existido, não gerou resultado probatório direto ou indireto
que tenha sido utilizado neste processo ou em qualquer outro perante este juízo,
sendo o elemento probatório pretendido irrelevante para o julgamento desse
feito.”
Outra
ofensa a nossa inteligência e ao direito de defesa praticado pela Lava Jato,
com aval do procurador representante do Ministério Público Federal, que teria
que ser o fiscal da lei, é contra o empresário Marcelo Odebrechet: Jornal GGN: “...um
trecho de depoimento, do já célebre Paulo Roberto Costa, referente àquele
empresário preso há seis meses, com a seguinte frase: "(...) nem põe o nome dele aí porque com ele
não, ele não participava disso". Mas o que foi transcrito no depoimento
pela Lava Jato foi bem diferente: "(...) a despeito de não ter tratado
diretamente o pagamento de vantagens indevidas com Marcelo Odebrecht".
Para se explicar dessa aberração “jurídica”, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em considerações
colhidas por Graciliano Rocha e Mario Cesar Carvalho, para a Folha, diz
que a transcrição do depoimento foi "fidedigna", porque sua função é
"resumir" o principal. É aí mesmo que aparece o problema do
desaparecimento: onde está o resumo da frase que isenta o acusado pela Lava
Jato? Dela não há sequer vestígio! O que aparece é outra frase. E a original
nem era longa, já nascera resumidamente pronta.
Quanto
ao combate à corrupção, o sindicato dos petroleiros já denunciava muito antes
da Lava Jato, conforme link abaixo, e ao invés de prêmio da Globo e dos EUA,
como recebeu a Lava Jato, recebemos dessa mesma justiça, multas, processos e ameaças de prisão.
Até
quando a Ministério da Justiça, a OAB, o MPF, o STF e a PF vão se calar diante
desse mar de lama que é a Lava Jato?
Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2015
OAB/RJ
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Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
Concordo plenamente com ele, a nossa justiça está demoralizada
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