terça-feira, 8 de setembro de 2015

Lava Jato e o sabão Omo: qual o mais eficiente?

por Emanuel Cancella


Lava Jato quer ser mais eficiente que o sabão Omo, que diz lavar mais branco. A diferença é que o Lava Jato não tira manchas: a mancha de não ter denunciado os senadores tucanos citados em delação premiada, Aécio Neves e Antonio Anastasia, e de não ter investigado a Petrobrás no governo de Fernando Henrique Cardoso, citado também por vários delatores. E há outras manchas que deixam perguntas sem respostas. O lava Jato, alegando que a operação é exclusiva para investigar a Petrobrás, não investiga Furnas, onde Aécio Neves controlava uma diretoria e recebia propina, através de sua irmã. Estranhamente o Lava Jato foi investigar a Eletronuclear e denunciar o almirante  Othon da Silva, justamente o cabeça do nosso submarino nuclear e do desenvolvimento da energia nuclear no Brasil, a principal defesa do Brasil no caso de o pré-sal ser atacado. Outra mancha da operação é de ter prendido só o tesoureiro do PT, que foi citado em delação premiada, mas também foram citados os partidos como o PSDB, PMDB, PP, PSB e o juiz Sérgio Moro não mandou prender tesoureiro de nenhum outro partido. Uma mancha que passou despercebida da maioria da sociedade e é daquelas sujeiras que exigem maior discernimento: saiu do Lava Jato a denúncia mentirosa, às vésperas da eleição, de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás, essa farsa foi matéria de capa da Veja e de 15 minutos no dia que antecedeu à votação, no Jornal Nacional, da Globo. A certeza da impunidade do Lava jato é tão grande que eles, que contribuíram para tentar eleger Aécio Neves, mas mesmo assim foram derrotados, agora querem julgar a eleição de Dilma. Além dessas manchas, que os diferenciam do sabão Omo, tem o problema da validade, o sabão tem data de validade, e o Lava Jato vai até quando, já tem mais de um ano e meio? Vai até a destruição da Petrobrás, do PT de Lula e Dilma?
      
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2015 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
               





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