por Emanuel Cancella
Sobre a matéria de Kiko Nogueira DCM, cujo título é “Malafaia
é gay?”, estendo a indagação a outro personagem que sempre se manifesta de
forma homofóbica sobre o tema, o deputado Jair Bolsonaro.
Fui criado na
comunidade, nasci em Nilópolis, morei em Acari e fui criado no Irajá, no Rio, e lá, quando alguém se
incomodava muito com os gays, era voz corrente no bairro: “Essa pessoa tem um
problema homossexual mal resolvido ou é gay enrustido”. E sou testemunhas
inclusive de pessoas de meu convívio que tinham esse comportamento o que
fortalece a tese.
Não acredito que uma pessoa heterossexual se sinta tão incomodada,
permanentemente, com o homossexual, pela sua simples existência, já que opção
sexual existe desde o inicio do mundo.
Como machista convicto, confesso que não torceria para ter homossexual
na família. Mas se tiver, tenho a obrigação moral de amá-lo, respeitá-lo e
aceitá-lo. Creio que esse meu comportamento machista, assim como em outras
pessoas, é principalmente pelas dificuldades
enfrentadas na vida, como preconceito, discriminação
e assédio moral, principalmente por
parte de pessoas como o pastor Malafaia e do deputado Jair Bolsonaro.
Sigmundo Freud, o pai da psicanálise, tem uma explicação
científica para esse tipo de comportamento, ia buscá-la no país de origem, a
arvore genealógica da pessoa, o ambiente em que vive, a classe social etc. Eu
fico com a comunidade, ou seja, quando alguém se incomoda muito com a
comunidade gay é porque teve um problema mal resolvido ou é gay enrustido.
Rio de Janeiro, 06 de
junho de 2015
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