por Emanuel Cancella
Esse é o debate que permeia na
sociedade! Com ajuda da mídia, do Rio de janeiro para o Brasil, os pivetes com
facas afrontam a sociedade! Entretanto o uso da arma branca é coisa antiga e não
começou no Rio. O nortista e o nordestino são pioneiros no uso dessa arma
e a garotada de rua adotou o modelo.
Enquanto o porte de arma de fogo é
crime inafiançável o porte de arma branca não constitui nenhum crime, além de
bem mais barato, daí sua procura principalmente pelo delinqüente juvenil.
Ontem, 5/6, passeando de bicicleta no
Aterro do Flamengo dei um flagrante na boa política para barrar esse tipo de
delito, com um comboio formado pela Guarda Municipal, Policia Militar e Comlurb
à procura de meninos de rua que usam esses espaços públicos. Esse comboio é
fundamental para aprender todo tipo de arma, droga e recolher os meninos de rua
com ficha criminal.
É importante que esse comboio seja
permanente aqui no Rio, que vasculhe, além do Aterro, a Central do Brasil,
Lapa, Lagoa, Copacabana etc. Mesmo que o comboio apareça como o cadeado depois
da porta arrombada é fundamental que permaneça.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha, já pegou carona nessa discussão e disse que vai botar
para votar a diminuição da maioridade penal no Congresso Nacional. Um trombadão
querendo prender os trombadinhas.
Afloram as teses de eficácia da
diminuição da maioridade penal, lógico que, isso se prevalecendo é só para
prender os meninos pobres.
As cadeias estão superlotadas e
colocar esses meninos ao lado de bandidos nada mais é do que a troca de
experiência.
Tem uma lenda que, na ditadura
militar, colocaram os presos políticos juntamente com os presos comuns e a
partir daí apareceram as organizações nacionais para o crime. Se os menores
forem parar na cadeia o que surgirá a partir daí? Coisa boa é que não vai ser!
A cadeia não recupera os adultos vai recuperar as crianças?
A direita está assanhada e doida para
colocar a garotada na cadeia, como se isso fosse solução. Já afastaram no Rio
até o juiz Siro Darlan do Tribunal de Justiça. Esse juiz talvez seja a maior
autoridade sobre o tema. O problema é que ele não concorda com as teses de
levar os guris para a cadeia. A crítica à criação do auxílio-educação
para os filhos dos juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
rendeu ao desembargador Siro Darlan o afastamento do cargo de coordenador das
comissões de adoção internacional e articulação das varas da infância e
juventude. O dinheiro que não existe para salvar os meninos de rua é farto para
educar os filhos de juízes e servidores do Tribunal.
E tem mais, caso tivéssemos dado uma
boa educação aos pais desses meninos hoje esses meninos estariam na escola!
Para acalmar os carrascos dos guris
pobres, informo que os que denominamos “cracudos”, que habitam nas avenidas do
Brasil a fora, têm prazo de validade de no máximo 2 anos.
A delinquência infantil cresce na
sombra de nossas políticas sócio-educativas fracassadas. Enquanto falta dinheiro
para salvar os “trombadinhas”, sobra dinheiro na conta dos políticos e dos
juízes “trombadãos”!
Fonte: Por Emanuel
Cancella - coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro
(Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
Rio de Janeiro, 06 de
junho de 2015
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