sábado, 16 de maio de 2015

A culpa é dos mascarados

por Emanuel Cancella
Os movimentos nas ruas do Brasil a partir do mês de junho fizeram na política aquilo que JK falou que faria na economia: 50 anos em cinco. Só que os movimentos nas rua fizeram isso em meses. Congelaram pedágios, tarifas de transporte, de luz etc. Além disso, aqui no Rio o povo na rua preservou o Museu do Índio, o Estádio Célio de Barros e Parque Aquático Júlio de Lamare e a escola municipal Friedrich Nietzsche referencia no desempenho em todo Brasil.  Tudo isso ia ser demolido para dar lugar ao novo Maracanã. Cabral se achando todo poderoso queria passar por cima da sociedade civil organizada e com medo das ruas, principalmente do “Fora Cabral!Teve que rever tudo isso. Inclusive a inflação caiu em conseqüência do congelamento de vários preços.  Mas como diz a rapaziada nas ruas ainda falta muita coisa a ser passada a limpo. Essa é a grande preocupação: A sociedade que tanto clamava pela volta dos caras pintadas, aqueles que em 1992 botaram para fora do Palácio do Planalto o presidente Fernando Collor de Mello, queriam mais, e eles voltaram.  Agora começa o movimento para acabar com os movimentos de rua. Setores como a mídia, a Justiça, os partidos políticos, as Centrais Sindicais, os Movimentos Sociais começam a se insurgir contra os movimentos de rua. Com relação aos partidos, as Centrais Sindicais e os Movimentos Sociais eles se dividem naqueles que querem reeleger Dilma e os que querem derrota-la. Que se dane o Brasil! A justiça coisa que o povo não acredita que exista e por grandes motivos se sente atropelada pelas mudanças que não estão vindo dos tribunais. A mídia se sente ameaçada pela Mídia Níjia e por outras mídia alternativas que transmitem ao vivo pelo faccbook, sem edição e manipulações. A turma que quer manter tudo como está ataca as manifestações de ruas sobre todos os pretextos: vândalos, baderneiros, mascarados e a sociedade que tem sido beneficiária dos movimentos de rua está calada. O senador norte Americano assassinado, Martin Luther King Americano cujo o lendário discurso comemora 50 anos tinha uma frase celebre sobre tudo isso: O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silencio dos bons! 

Rio 03 de setembro de 2013

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