terça-feira, 2 de julho de 2013

Os rumos do governo Dilma

por Emanuel Cancella O governo de Fernando Henrique Cardoso, depois de oito anos, saiu do Brasil pela porta dos fundos. Muito por conta da denominada “Privataria Tucana”, a qual virou livro proibido pelos tucanos e pela grande mídia brasileira. O fato de o país nunca ter investigado essas privatizações de FHC reforça a idéia de que a venda das estatais não resistiria a menor investigação. Se, no mensalão, o ministro do STF Joaquim Barbosa teve que apelar para o “Domínio dos fatos” para condenar os mensaleiros, na “Privataria Tucana” as provas materiais vão encher de tucanos as cadeias. É só julgar! Já o governo Lula saiu pela porta da frente do país e, a julgar pela avaliação de seus dois governos, as portas do país estão abertas para receber Lula de volta. Tanto isso é verdade que Lula elegeu Dilma, que nunca governou, e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, a maior metrópole brasileira. Parte da mídia usou o termo “Que Lula no Brasil elege até um poste”. Brincadeiras à parte, na Venezuela, pós o saudoso Hugo Chávez, ambos candidatos, Maduro e Capriles, rasgam elogios a Lula. Até o presidente Obama, dos EUA, chamou Lula de “o cara!”. Parece que os inimigos do Lula estão no Brasil e não é a sociedade! A grande força de Lula se deve à política de se contrapor às privatizações. Lula não só eliminou a ameaça de privatização da Petrobrás, como fortaleceu a empresa, que hoje financia 50% do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, além de descobrir o pré-sal, que , segundo Dilma, é nosso passaporte para o futuro. Dois candidatos tucanos (Alckmin e Serra) à presidência foram derrotados pelo PT, muito por conta das privatizações. O Brasil disse não à venda das estatais. Estranho que a candidata do PT, Dilma, que também foi eleita presidenta principalmente por conta do debate eleitoral em cima do tema das privatizações, faça o contrário daquilo que pregou. Já privatizou os aeroportos, os portos e quer privatizar nosso petróleo. No próximo leilão, o 11º da ANP nos dias 14 e 15 de maio, vão ser oferecidos duas vezes aquilo que a Petrobrás acumulou nos seus 59 anos. Segundo a ANP, 30 bi de barris de petróleo vão ser oferecidos, as reservas brasileiras sem o pré-sal é de 14 bi de barris. Os brasileiros não confiam na iniciativa privada por motivos óbvios: o aumento do consumo de gasolina no país, que diminui o lucro da Petrobrás e alimentou a inflação, poderia ser amenizado com a oferta de álcool, já que a ampla maioria dos carros são flex, mas o consumo do álcool, ao invés do uso da gasolina, se tornou inviável por conta do preço, já que os usineiros preferiram produzir açúcar ao invés do álcool, o que diminui a oferta e fez subiu o preço. Para os usineiros, que se dane o Brasil! Agora, outro flagrante da indiferença da iniciativa privada, quando a presidente Dilma desonerou os produtos da sexta básica para diminuir os preços, aliviando o bolso do consumidor e principalmente contendo a inflação, pasmem!, os preços desses produtos aumentaram e continuam a subir!” E, na onda das privatizações de Dilma, sua base aliada não faz diferente! Cabral nem bem acabou as obras de reforma do Maracanã e já vai privatizá-lo. Isso num jogo de cartas marcadas, pois todos sabem que o Maracanã vai ser propriedade de Eike Batista. O conluio de Sergio Cabral e Eduardo Paes, governador e prefeito do Rio, com Eike Batista é tão vergonhoso que não resistiria a uma reportagem informando o quanto do Estado e da cidade está sendo transferido para aquele que já chamado do sh Eike Batista. Não precisa nem chamar a Polícia Federal e nem o ministério Público! E ainda, a mobilidade urbana controlada pela iniciativa privada, trens, metrô, ônibus e barcas consome grande parte do salário do trabalhador. Ninguém suporta mais a péssima qualidade dos serviços e o preço das passagens! Podemos Também citar a Light, as explosões dos bueiros e as operadores de telefonia e de internet de banda larga, recordistas de reclamações no Procon. Alguém precisa alertar a presidente Dilma, que parece só pensar na reeleição e acreditar na imutabilidade das pesquisas, pois as mesmas armas que foram usadas contra os tucanos e os derrotaram poderão ser usadas contra ela. Quem viver verá! RIO DE JANEIRO, 11 de abril de 2013

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