Por Emanuel Cancella, ex-presidente do Sindipetro-RJ e ex-coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros – FNP.
O ataque da Polícia Militar aos militantes do sindicato na
greve da Reduc é um fato inédito, só comparável ao Exército brasileiro ocupando
as refinarias. Mas a truculência nunca impediu a continuidade da greve (4)!
São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995: o Exército
ocupou, na madrugada de ontem, quatro refinarias de petróleo em greve. O
governo afirma que o objetivo é permitir a volta dos petroleiros que queiram
trabalhar. A categoria decidiu continuar a greve, que entra hoje em seu 23º dia
(1).
Aqui no Rio, a base do Sindipetro-RJ interrompia o
carregamento dos navios no Terminal da Ilha do Governador. Fazíamos trancaço
nos prédios administrativos.
O Sindipetro-RJ, que até 2006 englobava o Norte Fluminense —
incluindo a Bacia de Campos —, durante a greve fazia a parada de produção nos
poços das plataformas.
Não basta retirar o efetivo das refinarias, plataformas e
terminais: é preciso parar a produção. A empresa tem que sentir no bolso o peso
da greve.
A direção da Petrobrás com certeza já tem um batalhão à sua
disposição de fura-greves, que, na verdade, se locupletam com a nossa greve.
Nos prédios administrativos, tem que haver trancaço para impedir os
fura-greves.
Durante a greve, as assembleias acontecem pela manhã,
avaliando o movimento nas unidades de refino, terminais e prédios
administrativos. Nessas assembleias, têm que ser aprovados os trancaços, a
parada de produção e o não abastecimento dos navios!
Estamos enfrentando Juca Abdalla que, mesmo possuindo apenas
3% a 4% das ações da Petrobrás, tem o controle do Conselho de Administração da
empresa (2).
Abdalla pai sustentou uma greve de trabalhadores nos Cimentos
Perus por sete anos — depois perdeu na Justiça. A imprensa paulista o chamava
de “mau patrão” (2). Isso não isenta a presidente da Petrobrás, Magda
Chambriard, do ataque da PM aos trabalhadores da Reduc.
E o fim da greve só acontece com uma proposta aprovada nas
assembleias. É fundamental o não desconto dos dias parados, nenhuma punição e também que não
conste registro de ausência na ficha do petroleiro.
Só quem luta conquista!
Em tempo: estou suspenso no Facebook porque, segundo eles,
minha matéria não contempla os interesses da comunidade. Recorri ao MPF.
Entendo que qualquer matéria tem que ser respaldada
pela Constituição Federal de 1988, quanto ao direito à liberdade de
expressão. E quanto ao “interesse da comunidade”, estou me lixando (3)!
Fonte: 1 - https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/5/25/brasil/4.html
2 - https://www.youtube.com/watch?v=vNqf5wPrZuI
3 - https://emanuelcancella.blogspot.com/2024/09/emanuel-cancella-denuncia-ao-mpf-do.html
4 - https://www.instagram.com/reel/DSSs1TAkVgm/
Rio de Janeiro 16 de dezembro de 2025.
Em tempo, se você quiser e puder me ajudar, faça um depósito
diretamente na conta de uma dessas entidades filantrópicas, podendo abater no
imposto de renda, elas estão listadas em
http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Pode ajudar por pix, é o que estou fazendo. No RJ, pode
solicitar a presença de um mensageiro que irão buscar a doação.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, em abril de 2023,
pós graduado em Direito Constitucional, pela Universidade Pitágoras Unopar
Anhanguera.
Ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor
do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP ,
ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra
Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1519072214-livro-a-outra-face-de-sergio-moro/
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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