terça-feira, 16 de dezembro de 2025

A greve nacional da Petrobrás já é um sucesso; falta parar a produção e trancar os prédios administrativos!

 Por Emanuel Cancella, ex-presidente do Sindipetro-RJ e ex-coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros – FNP.

O ataque da Polícia Militar aos militantes do sindicato na greve da Reduc é um fato inédito, só comparável ao Exército brasileiro ocupando as refinarias. Mas a truculência nunca impediu a continuidade da greve (4)!

São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995: o Exército ocupou, na madrugada de ontem, quatro refinarias de petróleo em greve. O governo afirma que o objetivo é permitir a volta dos petroleiros que queiram trabalhar. A categoria decidiu continuar a greve, que entra hoje em seu 23º dia (1).

Aqui no Rio, a base do Sindipetro-RJ interrompia o carregamento dos navios no Terminal da Ilha do Governador. Fazíamos trancaço nos prédios administrativos.

O Sindipetro-RJ, que até 2006 englobava o Norte Fluminense — incluindo a Bacia de Campos —, durante a greve fazia a parada de produção nos poços das plataformas.

Não basta retirar o efetivo das refinarias, plataformas e terminais: é preciso parar a produção. A empresa tem que sentir no bolso o peso da greve.

A direção da Petrobrás com certeza já tem um batalhão à sua disposição de fura-greves, que, na verdade, se locupletam com a nossa greve. Nos prédios administrativos, tem que haver trancaço para impedir os fura-greves.

Durante a greve, as assembleias acontecem pela manhã, avaliando o movimento nas unidades de refino, terminais e prédios administrativos. Nessas assembleias, têm que ser aprovados os trancaços, a parada de produção e o não abastecimento dos navios!

Estamos enfrentando Juca Abdalla que, mesmo possuindo apenas 3% a 4% das ações da Petrobrás, tem o controle do Conselho de Administração da empresa (2).

Abdalla pai sustentou uma greve de trabalhadores nos Cimentos Perus por sete anos — depois perdeu na Justiça. A imprensa paulista o chamava de “mau patrão” (2). Isso não isenta a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, do ataque da PM aos trabalhadores da Reduc.

E o fim da greve só acontece com uma proposta aprovada nas assembleias. É fundamental o não desconto dos dias parados, nenhuma punição e também que não conste registro de ausência na ficha do petroleiro.

Só quem luta conquista!

Em tempo: estou suspenso no Facebook porque, segundo eles, minha matéria não contempla os interesses da comunidade. Recorri ao MPF. Entendo que qualquer matéria tem que ser respaldada pela  Constituição Federal de 1988, quanto ao direito à liberdade de expressão. E quanto ao “interesse da comunidade”, estou me lixando (3)! 

Fonte: 1 - https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/5/25/brasil/4.html

2 - https://www.youtube.com/watch?v=vNqf5wPrZuI

3 -  https://emanuelcancella.blogspot.com/2024/09/emanuel-cancella-denuncia-ao-mpf-do.html

4 - https://www.instagram.com/reel/DSSs1TAkVgm/

Rio de Janeiro 16 de dezembro de  2025.

Em tempo, se você quiser e puder me ajudar, faça um depósito diretamente na conta de uma dessas entidades filantrópicas, podendo abater no imposto de renda, elas estão listadas em http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html 

Pode ajudar por pix, é o que estou fazendo. No RJ, pode solicitar a presença de um mensageiro que irão buscar a doação.

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, em abril de 2023, pós graduado em Direito Constitucional, pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera.

 Ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1519072214-livro-a-outra-face-de-sergio-moro/

 (Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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