por Emanuel Cancella.
Em nota pública, a Polícia Federal alerta: o projeto de
Derrite, secretário do bolsonarista Tarcísio de Freitas, protege o crime
organizado. A PF aponta indícios de favorecimento a organizações criminosas no
relatório produzido pelo secretário de Tarcísio (4).
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos
Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediram homenagens a pelo menos 16 policiais
denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como integrantes de
organizações criminosas (5). O mesmo Flávio também já havia defendido a legalização
das milícias (6).
Em discurso, Jair Bolsonaro apoiou um grupo de extermínio que
cobrava R$ 50 para matar jovens da periferia (7).
Chacina no Rio: decisão do STF e omissão do governador
Durante a chacina no Rio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (10) a suspensão
imediata do inquérito aberto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro que
investigava as famílias e moradores responsáveis por retirar corpos da mata
após a operação policial mais letal da história do país (1).
As autoridades queriam que os corpos fossem deixados no meio
do mato, em uma cena de horror e desumanidade.
Abusos em operações policiais
Em outra ação da polícia na favela, uma faxineira foi presa
por fazer uma live mostrando a operação dentro de sua própria casa:
“Bateram nela, puxaram o cabelo dela. E não tinha ninguém lá
dentro”, relatam vizinhos (2).
É a típica política do medo: silêncio imposto pela força. E o
principal responsável não são os policiais — mas o chefe de polícia, o governador
Cláudio Castro.
Escândalo da Refit: governo ignora irregularidades
Olha o absurdo do governador bolsonarista Cláudio Castro: o Governo
do RJ pediu a reabertura da refinaria Refit, que havia sido interditada
cautelarmente pela ANP há três semanas (3).
A Refit foi interditada no final de setembro, em
desdobramento das Operações Cadeia de Carbono e Carbono Oculto.
Um dos motivos apontados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi a suspeita
de importação irregular de gasolina, indevidamente designada como “nafta” ou
“condensado” (3).
A chacina do governador Cláudio Castro
Na terça-feira (28), o Rio de Janeiro viveu a operação
policial mais letal de sua história. A Operação Contenção mobilizou 2,5 mil
agentes, 32 blindados e helicópteros para cumprir cerca de 100 mandados de
prisão nos complexos do Alemão e da Penha.
O resultado foi catastrófico: 119 mortos até o momento, sendo
115 civis e quatro policiais, além de 113 prisões.
Moradores encontraram dezenas de corpos abandonados na mata e os levaram até a Praça
da Penha, em busca de reconhecimento e respostas.
Durante a operação, escolas fecharam, postos de saúde
suspenderam atendimentos, mais de 100 linhas de ônibus foram alteradas e a cidade
parou.
Três inocentes foram feridos por balas perdidas.
Movimentos sociais e defensores de direitos humanos
classificaram a ação como uma chacina que descumpriu a ADPF 635, decisão do STF
que estabelece medidas indispensáveis para operações policiais no Rio.
Operação Carbono Oculto: o oposto da violência
Em contraste, em agosto, outra megaoperação chocou o país —
mas de forma completamente diferente.
A Operação Carbono Oculto mobilizou 1,4 mil agentes em oito estados para
desarticular o esquema financeiro do PCC no setor de combustíveis.
O resultado: nenhuma morte, R$ 7,6 bilhões em impostos
sonegados descobertos e R$ 3,2 bilhões em bens bloqueados.
A investigação, fruto da cooperação entre Ministério Público,
Receita Federal, Polícia Federal e ANP, revelou que o PCC movimentou R$ 52
bilhões entre 2020 e 2024 através de cerca de mil postos de combustíveis.
Entre os bens bloqueados estão um terminal portuário, quatro
usinas de álcool, 1,6 mil caminhões, mais de 100 imóveis e participação em 40
fundos de investimento na Faria Lima.
A operação atingiu não apenas traficantes, mas também empresários,
gestores de fundos e uma complexa rede de corrupção no setor formal da economia.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou a Operação
Carbono Oculto como “a maior da história contra o crime organizado”, por atacar
as facções no mercado legal e no sistema financeiro — e o fez sem disparar um
único tiro, sem fechar escolas e sem transformar comunidades em zonas de guerra.
Ameaças de novas chacinas
E o pior: Cláudio Castro ameaça realizar mais 10 operações
policiais!
“Muito mais que 10”, diz Cláudio Castro sobre novas operações
no Rio (8).
Na verdade, o bolsonarismo não é apenas um problema político
— é caso de polícia há muito tempo!
Em tempo: estou suspenso no Facebook porque, segundo eles,
minha matéria não contempla os interesses da comunidade. Recorri ao MPF.
Entendo que qualquer matéria tem que ser respaldada
pela Constituição Federal de 1988, quanto ao direito à liberdade de
expressão. E quanto ao “interesse da comunidade”, estou me lixando (9)!
2 - 'Bateram nela, puxaram o cabelo dela. E não tinha
ninguém lá dentro': a faxineira presa por fazer live da polícia em sua casa
durante operação no Rio
4 - Agora é a Policia Federal que acusa bolsonaristas
defendem o crime organizado!
9 - https://emanuelcancella.blogspot.com/2024/09/emanuel-cancella-denuncia-ao-mpf-do.html
Rio de Janeiro 10 de novembro de 2025.
Em tempo, se você quiser e puder me ajudar, faça um depósito
diretamente na conta de uma dessas entidades filantrópicas, podendo abater no
imposto de renda, elas estão listadas em
http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Pode ajudar por pix, é o que estou fazendo. No RJ, pode
solicitar a presença de um mensageiro que irão buscar a doação.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, em abril de 2023,
pós graduado em Direito Constitucional, pela Universidade Pitágoras Unopar
Anhanguera.
Ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor
do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP ,
ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra
Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1519072214-livro-a-outra-face-de-sergio-moro/
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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