por Emanuel Cancella
Em 03/10/25: “O bolsonarismo é filho da Lava Jato”, afirma a
jurista e professora Gisele Cittadino, ao refletir sobre os efeitos da operação
e seu papel na gênese dos discursos de poder no Brasil[1].
É um daqueles casos em que a cria supera o criador. Sergio
Moro, Ministro da Justiça, acabou sendo
chamado de capanga da milícia e do governo Bolsonaro, segundo o deputado
Glauber Braga (PSOL-RJ) (2).
O governo de Michel Temer decidiu que a partir de então os déficits
nos fundos de pensão deveriam ser pagos no exercício imediatamente ao fato (8).
Estava criado o PED assassino, até então nenhum petroleiro tinha
pago por déficits. Em retribuição, Bolsonaro o nomeou ministro da Justiça — mas
não cumpriu a promessa de indicá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF) (3).
Aliás, Bolsonaro também prometeu o cargo de ministro do STF
ao então presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de
Noronha (11).
Em troca, Noronha suspendeu 310 liminares que impediam o
desconto direto no contracheque de dezenas de milhares de petroleiros (12).
Noronha ainda libertou Fabrício Queiroz — operador das
"rachadinhas" do clã Bolsonaro, esquema que envolve o próprio Jair
Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Também foi Noronha quem
trancou a ação judicial contra Flávio Bolsonaro, cujo gabinete foi o berço do
escândalo das rachadinhas (13 a 16).
As 310 liminares protegiam os petroleiros de descontos
relacionados ao rombo no Fundo Petros — mesmo que esses trabalhadores jamais
tenham sido gestores do fundo. Com a decisão, muitos petroleiros passaram a ter
40% de seus salários descontados vitaliciamente. Alguns recebem contracheques
zerados. Até 2019, dez petroleiros já haviam se suicidado por conta da situação
(4,5,6).
Enquanto isso, as operações Lava Jato, que investigou a
Petrobras, e Greenfield, que mira os fundos de pensão, nada fizeram em relação
a Paulo Guedes.
Ex-assessor de Bolsonaro, Guedes causou um rombo bilionário em
vários fundos — inclusive na Petros (7) —, mas nunca foi preso, tampouco
indenizou os prejuízos. Pelo contrário: foi recompensado por Bolsonaro com o
cargo de ministro da Economia.
Como cereja do bolo, a Lava Jato ainda produziu um filme: “Polícia
Federal: A Lei é Para Todos” (10).
Na vida real, porém, essa lei para todos só existiu no cinema.
Fonte: 1 - https://www.brasil247.com/entrevistas/bolsonarismo-e-filho-da-lava-jato-afirma-gisele-cittadino
2 - https://veja.abril.com.br/politica/sergio-moro-e-chamado-de-capanga-da-milicia-por-deputado-do-psol/
3 - https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/12/politica/1557677235_562717.html
4-
https://diariodopoder.com.br/politica/equacionamento-do-petros-faz-beneficiarios-pagarem-ate-40-do-salario
5 - https://7www.diariodocentrodomundo.com.br/assedio-dor-e-suicidio-o-inferno-dos-petroleiros-que-dedicaram-a-vida-a-petrobras-por-pedro-zambarda/
9 - https://emanuelcancella.blogspot.com/2024/09/emanuel-cancella-denuncia-ao-mpf-do.html
Rio de Janeiro 04 de outubro de 2025.
Em tempo, se você quiser e puder me ajudar, faça um depósito
diretamente na conta de uma dessas entidades filantrópicas, podendo abater no
imposto de renda, elas estão listadas em
http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Pode ajudar por pix, é o que estou fazendo. No RJ, pode
solicitar a presença de um mensageiro que irão buscar a doação.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, em abril de 2023,
pós graduado em Direito Constitucional, pela Universidade Pitágoras Unopar
Anhanguera.
Ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor
do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP ,
ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra
Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1519072214-livro-a-outra-face-de-sergio-moro/
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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