por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=K2fTCEIYApQ
O momento de maior emoção foi quando Ivanir Azevedo, viúva de
Ernesto Azevedo Couto, leu um poema: A dor é minha e das famílias, mas a
vergonha é nacional (2).
Até então o presidente da Petrobrás, Henri
Philippe Reichstul, indicado por FHC não recebia as viúvas de P-36 e
fechava os portões da sede da Petrobrás para não permitir
suas entradas.
Num dos primeiros atos de sua gestão, em 2003, o saudoso
Eduardo Dutra, ex- senador do PT e presidente da Petrobrás, indicado pelo ex
presidente Luiz Inacio Lula da Silva, convidou o representante do Sindipetro-RJ
para ir ao ato na sede da Petrobrás, onde a Empresa, pela primeira vez,
receberia as viúvas de P-36.
Então, como representante do Sindipetro-RJ, fui à cerimônia
na sede da Petrobrás. Foi uma das sextas-feiras mais alegre e triste de minha
vida. Alegria pelo convite ao Sindicato que eu representava e tristeza pelo
depoimento das vítimas: confesso que chorei!
Aqueles 11 homens foram verdadeiros heróis, pois membros da
brigada de incêndio, morreram indo ao local da primeira explosão na P-36 para
tentar debelar o incêndio. Nos depoimentos das viúvas e filhos, ficava claro o
amor e dedicação que aqueles homens tinham pela
Petrobrás.
A Petrobrás ofereceu às vitimas, hum milhão de reais de
indenização para cada família, a pensão da Petros às viúvas e o custeio da
educação dos filhos das vítimas até o 3º grau. Somente uma das
11 viúvas não aceitou o acordo, e buscou na justiça outro acordo, exercendo seu
legítimo direito.
Acidente na Vale - Nos dois anos do acidente em Brumadinho,
familiares fazem ato em memória das 272 vidas interrompidas, que não contam os
bebês que estavam na barriga das mães.
O ato, organizado pela “Associação dos Familiares de Vítimas
e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão
(Avabrum)”, foi realizado no dia 25, segunda, em Belo Horizonte. Na noite
desse domingo (24), cerca de cem carros fizeram um protesto pelas
principais ruas de Brumadinho para pedir justiça aos trabalhadores e moradores
que perderam a vida.
Dor que não passa:
“A técnica em química Naiara Porto,
de 29 anos, que perdeu o companheiro, o operador de empilhadeira Everton Lopes,
de 32, contou que a dor pela perda não passa. "Estamos agarrados
ao dia 25", disse. Segundo ela, os familiares querem justiça.
"Apesar de dinheiro não pagar a
vida dele, a Vale não acertou com a gente a multa de 40%. Eles falam que
acidente de trabalho é considerado como se a pessoa tivesse pedido conta, mas
meu marido não pediu demissão: ele foi assassinado", relatou Naiara, que
atua no conselho fiscal da Avabrum” "Eles sabiam que a barragem ia romper,
só não sabiam quando. A Vale faz uma propaganda muito linda da reparação, que
não condiz com a realidade", finalizou.(3).
O acidente da Vale em Mariana e Brumadinho ceifou 289 vidas,
uma tragédia anunciada, pois outras, diante do descaso da Vale privatizada e
das autoridades, poderão advir.
O acidente ambiental de Mariana e Brumadinho são considerados
um dos maiores no mundo.
Além das 289 mortes, sabe-se que a “venda” da Vale por FHC
foi uma delapidação ao patrimônio público o preço R$ 3.3 BI, quando só em
reservas minerais possuía mais de R$100 BI (4,5).
Quase 20 anos depois, a frase da viúva Ivanir Azevedo, na
porta da sede da Petrobrás, encaixa como uma luva no acidente da Vale: A dor é
minha e das famílias, mas a vergonha é nacional.
Em tempo, Inscreva-se em meu canal e compartilhe o vídeo, o
Twitter e o blog e, deixe um comentário.
2 - https://www.folhadelondrina.com.br/geral/viuvas-da-p-36-protestam-em-frente-a-petrobras-386987.html
Rio de Janeiro 26 de janeiro de 2021.
Aviso - Estou monetizando minhas redes sociais, no caso, o meu canal do Youtube e meu blog. Faço isso para fortalecer a ajuda às 22 entidades sociais e filantrópicas que atendem as mais diversas pessoas excluídas de nossa sociedade, de forma a aumentar o valor de meus apoios mensais para essas entidades. 100% dos valores recebidos pelos parceiros comerciais vão ser alocados para essas instituições. Para saber mais: http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
http://emanuelcancella.blogspot.com.
https://www.facebook.com/emanuelcancella.cancella
Me siga no twitter.com/Ecancella
Canal de youtube: https://www.youtube.com/channel/UC9UUcJBWKgDte00tTF4FsHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário