por Emanuel Cancella
Foi a Globo que criou o caçador de marajá, Fernando Collor de
Mello, que ia colorir nosso país.
E a mesma Globo , para garantir a vitoria de Collor contra
Lula, manipulou o último debate entre Lula e Collor, quem diz isso é o então na
época todo-poderoso da Globo, José Bonifacio de Oliveira Sobrinho, o “Boni” (1).
E depois, sem nenhuma autocrítica, a Globo insuflou o impeachment
de Collor.
Foi por isso que o
saudoso Leonel Brizola disse “Por mim a CPI não saía”, Brizola exigia uma autocrítica
da Globo, em relação a Collor. E a Globo
ainda usou essa frase de Brizola para tentar
destruí-lo.
A Globo apoiou a “Privataria
Tucana” de FHC. Para desmoralizar a Petrobrás, no intuito de entregá-la mais
fácil, a Globo comparava a Empresa a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás.
Fizemos a maior greve petroleira, que durou 32 dias, e conseguimos assim barrar a privataria de FHC e a Globo
.
Mas a grande resposta da Petrobrás e dos petroleiros veio em
2006, com o desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo, que permitiu a
descoberta do pré-sal.
Mesmo assim, a Globo
não deu o braço a torcer e, em 2015, Globo publicava em editorial; “ O pré-sal
pode ser patrimônio inútil”. Nesse mesmo ano a Petrobrás recebia o prêmio da
OTC considerado o “Oscar” da indústria do petróleo (6).
Hoje o mundo sabe, que o pré-sal é a maior descoberta petrolífera
da era contemporânea e já responde por mais da metade da produção nacional de petróleo
(7). Mas isso só aumentou o interesse dos EUA e aliados no nosso petróleo.
E os entreguistas sabiam que, para entregar o pré-sal, seria
necessário afastar os nacionalistas do poder, não só afastar Dilma como impedir
a candidatura de Lula..
Assim, o chefe da lava Jato, juiz Sergio Moro, juiz “coincidentemente”premiado”
da Globo, prende Lula na véspera da eleição, líder em todas as pesquisas, sem
provas, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro, de quem virou ministro da
Justiça e ainda tem a promessa de ser indicado ao STF (2,8).
Tanto que Bolsonaro, hoje presidente, faz pior que FHC,
entregando todas nossas riquezas. Mas, quando deputado, pediu fuzilamento para
quem privatiza e falou, no programa do Jô Soares, em fuzilar FHC por vender
estatais e nossas reservas petrolíferas. (3).
Bolsonaro premiou também dois suspeitos oriundos da Vale
privatizada, um na na presidência da Petrobrás, Roberto Castello Branco, e outro
na presidência da Transpetro, Cristiane Marsillac, Mesmo eles sendo oriundos da
Vale sendo suspeito de responsabilidade no maior acidente ambiental do Brasil,
quiçá do mundo, que foram os de Mariana e Brumadinho.
Lamentavelmente, Bolsonaro além de promover Sergio Moro a
ministro porque tirou Lula da eleição, e os algozes de Mariana, ainda premiou
Paulo Guedes a ministro da Economia.
Fez isso sabendo que Guedes, quando seu assessor, formou uma
quadrilha que deu rombo de R$ 6.5 BI nos Fundos de pensão das estatais,
incluindo a Petros (4,5).
Lembrando que a operação Lava Jato, chefiada pelo juiz Sergio
Moro que investiga a Petrobrás, e a
Operação Greenfield, que investiga os fundos de pensão da estatais, foram
criminosamente omissas na ida de Guedes para o ministério da Economia.
Por outro lado, os petroleiros ativos e aposentados, ao invés
do prêmio recebido internacionalmente pela Petrobrás, no Brasil estão pagando através
do Plano de Equacionamento de Déficit – PED, com no mínimo 13% de seus
salários e por 18 anos, por um rombo na Petros.
Pasmem! A direção da Petrobrás
e a direção da Petros ainda querem estender o pagamento do rombo, ao invés de
18 anos, em vitalício
O absurdo é que esses petroleiros nunca foram gestores da
Petros e nem houve auditoria que pudesse comprovar esse rombo.
Lamentavelmente, as combativas entidades, FUP, FNP e a AEPET,
fazendo coro com o Fórum Petros, concordam que os petroleiros ativos e aposentados
paguem o PED!
Em tempo, Inscreva-se em meu canal e compartilhe o vídeo, o
Twitter e o blog e, deixe um comentário.
6 - https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/recebemos-o-premio-offshore-technology-conference-2015.htm
Rio de Janeiro 29 de março de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
Me siga no twitter.com/Ecancella
Nenhum comentário:
Postar um comentário