quarta-feira, 28 de novembro de 2018

“Palocci não resistiu ao sofrimento psicológico que lhe foi imposto em Guantánamo” diz Batochio, seu ex advogado.


  por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=8YHE7kGwZH8

Antonio Palocci cedeu à tortura da Lava Jato delatou Lula e Dilma e agora vai para casa!





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Foi Dilma que sancionou a Delação Premiada, mostrando seu compromisso e do PT com o combate à corrupção (10).

Infelizmente a Lava Jato distorce essa legislação, já que a delação premiada, que é a colaboração do réu com a Justiça, diminuindo assim sua  pena, mas que só deve valer se vier acompanhada das devidas provas e  no processo transitado em julgado.

Lamentavelmente, o juiz que se diz com as “Mãos Limpas”, entre outros vazamentos criminosos, cito a delação de Palocci denunciando Lula e Dilma.

Mesmo esta delação tendo sido rejeitada pelo MPF por falta de provas, o juiz Sergio Moro vazou a delação, a 6 dias do 1º turno da eleição, para a imprensa. Quem denuncia Moro é o Ministério Público Federal, através do procurador da Lava Jato, Carlos Fernando Lima (2).

Moro cometeu dois crimes: uso de uma delação invalidada pelo MPF e seu vazamento criminoso para imprensa interferindo diretamente na eleição.

Não precisa dizer quem foi o favorecido: o presidente eleito Bolsonaro que, como reconhecimento dos favores prestados, convidou Moro para ser superministro da Justiça.    

O fato é que a Lava Jato prende o réu “ad eterno” até ele “colaborar”, ou seja, até ele atraves de delação premiada denunciar o PT, principalmente Lula e Dilma, como fez Palocci (1).

Foi assim também com o dono da OAS, Léo Pinheiro, que, em delação, disse que fez a reforma milionária no tríplex de Guarujá, a pedido de Lula, que em troca lhe daria vantagens na Petrobrás. Lula foi preso por conta dessa suposta reforma milionária que hoje comprovadamente sabe-se que nunca existiu, mas Lula mesmo assim continua preso (4). 

Eu, como homem livre e de bons costumes, não condeno o ex-ministro Antônio Palocci, primeiro porque não existe nenhuma prova material contra o próprio enquanto ministro, e depois, quantos de nós resistiríamos à tortura de uma prisão que, considerando a idade de Palocci,  e a pena a ele imposta, seria prisão perpétua?

O advogado, José Roberto Batochio, depois de renunciar a defesa por não aceitar os métodos de Moro, diz que Antonio Palocci foi torturado para que aceitasse delação (9).

Ele só mostrou uma personalidade fraca para o cargo que ocupou num governo que chamou atenção do mundo e no Brasil. O fato mais marcante é que Lula saiu do 2º mandato com 87% de aprovação popular, superando a marca de todos os governantes (3).  

As discrepâncias nas delações da Lava Jato, então chefiada pelo juiz Sergio Moro, são inúmeras, entre tantas:

- Na delação premiada de Eduardo Cunha, Moro cancelou 21 das 41 perguntas a Mishell Temer, num claro intuito de favorecer Temer (5).   Grande parte das perguntas canceladas dizia respeito à Petrobrás.
 - Depois disso MiShell Temer articulou no Congresso Nacional e sancionou a lei que concede um trilhão de reais, em isenção de impostos a Petroleiras estrangeiras. A mais beneficiada a Shell. Pasmem! A Lava Jato, chefiada por Moro, se omitiu criminosamente (6).
 - Lula está preso sem provas pela Lava Jato. E os principais ladrões da Petrobrás, através de delação premiada, estão em suas casas, verdadeiros clubes de lazer construídos com dinheiro da roubalheira. São eles: Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro; Fernando baiano, do PMDB; o doleiro Alberto Youssef e o ex-direitor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, esses dois últimos condenados respectivamente a mais de 80 anos e 30 anos de cadeia (7). 

Mas tem uma delação premiada que não sai nem que a vaca tussa, inclusive sob protestos da Interpol(8): O advogado da Odebrechet, Rodrigo  Tacla Duran, denunciou, em entrevista à Folha de São Paulo, que foi procurado pelo advogado da Lava Jato, Carlos Zucoloto Junior, compadre de casamento de Moro e ex-sócio de sua esposa, Rosangela Moro, para fazer um acordo, que resultaria numa delação premiada: nela Duran pagaria US$ 5 milhões “por fora”, ou seja, propina, para ter prisão doméstica e também perdão de US$ 10 milhões de dólares em perdão de multa da Odebrechet.

Moro ficou furioso e chamou Duran de fugitivo e fora da lei. Duran tem-se colocado à disposição da Lava Jato o tempo todo, e, quanto ao conteúdo da entrevista na Folha, diz que tem todas as provas guardadas (11 a 13). 
 E o pior é que a revista Veja, com base em informação da Receita Federal, mostrou que Duran fez depósito na conta da esposa de Moro, Rosangela Moro.
Moro não perdeu a pose e disse que o depósito era para pagar cópias de processo.

A Veja recomendou a Moro que ele se considerasse impedido de julgar Duran. Moro não fez uma coisa nem outra, ou melhor, sentou em cima do processo!         





Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2018.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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