por Emanuel Cancella
Os mais angustiados, que devem muito à justiça, são
Bolsonaro, Moro, Dallagnol, Roberto Campos, este ainda posa de bom moço, mas o
cara foi indicado por Bolsonaro, que ainda estendeu seu mandato até 2024 (2).
Tem conta que era sigilosa em paraíso fiscal usada para sonegação e lavagem de
dinheiro (1).
Para a juventude brasileira, informo que na época da ditadura
(64/85), quando tocava uma sirene da polícia, um simples camburão na rua era
motivo de sobressalto dos militantes que lutavam pela volta da democracia.
Na sua maioria, eram estudantes, civis, militares,
funcionários das estatais e públicos, cidadãos, que eles denominavam
subversivos. A ex-presidente Dilma, estudante, menina, foi perseguida, presa e
torturada.
Francisco Soriano, petroleiro que foi anistiado em 79, que
enfrentou a luta armada pela pátria, pelo país, pela democracia. Soriano achava
que nós (Jorge Eduardo e Emanuel Cancella) íamos ser fuzilados por colocar uma
corneta e uma bateria e falar na porta da sede da Petrobrás (Edise).
Nós éramos oposição à direção do Sindipetro-RJ. O engenheiro
Jorginho (Jorge Costa Nascimento) organizou a primeira greve na Petrobrás sede.
Isso nos custou em 1988, uma demissão por justa causa. Voltamos 6 meses depois,
reintegrados, através de uma nova greve no Edise, e na eleição de 1989
conquistamos o maior sindicato dos petroleiros que, na época, unia NF e RJ.
Pasmem: o homem que reintroduziu esse bando de comunistas, em
1979, na Petrobrás, foi o ministro de Sarney, saudoso Dr. Aureliano Chaves, do
PDS. Assim como Lula, presidente eleito, enfrenta resistências dentro das
estatais do Banco Central.
Aureliano demitiu por telefone o coronel Darcy Siqueira
porque resistia a implementar a anistia. Aureliano nomeou o saudoso Heitor
Chagas, meu contemporâneo de Petrobrás, que chamava todos os sindicalistas de
comunistas. E os comunistas voltaram.
Olha o absurdo dos absurdos: um companheiro de infância,
saudoso Paulo Pereira, não ia entrar na Petrobrás porque fora preso na
ditadura.
Fui à Divin, uma espécie de Dops da Petrobrás - nunca tinha
entrado lá, diga-se de passagem - fui muito bem recebido por um oficial militar
que trouxe o prontuário de Paulo Pereira, que constava uma prisão por vadiagem.
Dialoguei com o militar, que cedeu a meus argumentos de que
Paulo e eu éramos padeiros em Irajá, RJ, e não tínhamos carteira assinada.
Imagina quantas pessoas foram prejudicadas pela tal da vadiagem!
Como diz a letra dos Titãs: "Polícia para quem precisa
de polícia!""
Rio de Janeiro 14 de abril de 2023.
Em tempo, se você quiser e puder me ajudar, faça um depósito diretamente na conta de uma dessas entidades filantrópicas, podendo abater no imposto de renda, elas estão listadas em http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html No RJ, pode solicitar a presença de um mensageiro que irão buscar a doação.Autor:
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1519072214-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM#position=6&search_layout=stack&type=item&tracking_id=2718427c-9886-46ac-9ecc-ba9624731189
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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