por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=iUiKgm91f3o
A Bahia começou a greve contra a venda da refinaria Rlam, na
quinta (18). Como a Empresa chamou para negociar, a greve foi
suspensa, até porque a greve é justamente para buscar um canal de negociação.
Na pauta está a defesa da Petrobrás e o legítimo interesse
dos petroleiros, ativos e aposentados, que está sendo escorraçado. Os
petroleiros querem também discutir o preço da diesel, da gasolina do gás de
cozinha, etc.
Foi assim na greve de 1990, que durou de 32 dias, contra a
Privataria Tucana. Deste modo, os petroleiros barraram tanto a privatização da
Petrobrás como a própria Privataria Tucana.
Vale lembrar que, na greve de 90, foram 4 acordos celebrados
e rasgados e também quatro suspensões com posterior retorno à greve. Os embates
eram tão violentos que Clotário o RH da Petrobrás praticamente morreu na
negociação.
Na greve de 90, na base do Rio, no Cenpes, foi aprovado em
assembléia que, para manter a greve, seriam necessários 400
petroleiros. Como naquela dia não havia 400 petroleiros no Cenpes, a greve foi
suspensa. Fiquei triste, mas no momento seguinte a direção do Sindipetro-RJ foi
convocada, pois começou a greve no terminal da Ilha do governador. Dias depois
o Cenpes voltou à greve. Estou dizendo isso porque a greve na Petrobrás não é
estanque, tem efeito dominó.
A Bahia deu o pontapé inicial na greve agora!
A greve é de responsabilidade das duas federações (FUP/FNP) e
seus sindicatos. Até porque Bolsonaro quer vender não é só a refinaria da
Bahia. Assim outras refinarias estão aprovando greve!
Bolsonaro pode até chamar as forças armadas para impedir a
greve, isso já foi feito e não parou a greve. Anteriormente, com a chegada das
forças armadas nas refinarias o comando de greve entregava a operação aos
militares que não sabiam o que fazer. Uma unidade no Rio Grande do Norte
radicalizou, mandando recado aos militares na porta da unidade: “Se entrarem vamos
explodir tudo”. Não sei se era blefe ou verdade, só sei que os militares não
pagaram para ver.
O TST vai dar multa de trocentos reais por dia de greve, na
paralisação da década de 90 a multa foi de R$ 100 mil reais por dia de greve e
por sindicato. A greve não parou e, aqui no Rio, resgatamos o dinheiro da multa
na Justiça e assim reformamos a sede própria da Avenida Passos.
Na greve de 90, FHC demitiu o coordenador da Federação,
Antonio Carlos Spis, e mais cerca de 100 petroleiros, mas a greve continuou.
Todos esses petroleiros retornaram readmitidos à empresa, uns por outra greve e
outros pela própria justiça.
Será que Bolsonaro vai fazer com a Petrobrás o que fez na
Eletrobrás, onde pagou quase R$ 2 milhões para que falassem mal da própria
empresa para viabilizar a privatização? (1).
Na verdade, a greve da Bahia é como o beijo na boca do
namorado(a), depois disso ninguém vai querer dar beijo no rosto!
Isso porque o petroleiro sabe: “Se correr, o bicho
pega; se ficar, o bicho come; mas se unir, o bicho foge”.
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Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2020.
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Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
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