por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=vSHDE3ku7AM&t=25s
A BR Distribuidora foi vendida a preço ridículo e o governo Bolsonaro esconde até hoje o nome do comprador.
E trata-se da segunda
empresa em faturamento no Brasil, só perdendo para a Petrobrás holding (13).
Assim, a BR foi “vendida” a
preço que não considerou o bilionário mercado de venda de combustível, já que o
Brasil é o terceiro, só perdendo para EUA e China (2).
Desse modo, com requinte de
tortura, pois além de serem entregues os
postos BR, foi incluída no pacote a demissão de 600 petroleiros e centenas de
contratados; e os que ficaram tiveram que abrir mão de 30% dos salários, pois, caso
não concordassem, iriam para a rua.
Isso não é venda, é
negociata (2)!
Podemos considerar a venda
da BR Distribuidora um assalto ao patrimônio público maior que o da Vale do Rio
Doce.
E olha que FHC vendeu a Vale
do Rio Doce, a maior mineradora de ferro do mundo, por R$ 3.3 BI. Na ocasião,
só de reservas de ouro, a Vale tinha quase 4 vezes mais do que o preço pela
qual foi vendida (1).
A Vale privatizada virou uma
usina de desastres ambientais inaugurados com Mariana e Brumadinho e tantos
outros anunciados. Mesmo
antes das catástrofes socioambientais em Mariana e em Brumadinho, as
contaminações da atividade mineradora já eram objetos de denúncia (3). Em Brumadinho
foram 270 mortos e em Mariana 19 mortos(4).
O maior desastre ambiental do Brasil, quiçá do mundo!
Em Beirute, quando 157
pessoas morreram na explosão no depósito do porto, 16 pessoas foram presas (6).
Aqui, três anos depois da tragédia em Mariana
ninguém foi condenado (8).
Muito pelo contrário! Se por
um lado os funcionários da BR Distribuidora, empresa exitosa, onde muitos foram
demitidos e outros tantos, não foram para a rua porque aceitaram a redução dos salários; por outro lado o diretor da
Vale privatizada, antes conhecida como a maior mineradora do mundo, agora usina de acidentes ambientais, Roberto Castello
Branco, foi indicado por Bolsonaro presidente da Petrobrás (9).
Roberto Castello Branco, principalmente
por doar a BR Distribuidora, foi chamado de “Liquidante” pelo ex-presidente da
Aepet e engenheiro da Petrobrás, Ricardo Maranhão.
Castello Branco entra para
história como ex-diretor da Vale, usina de acidentes ambientais e doador dos
postos BR!
A gasolina e o diesel, que nos
governos do PT eram denunciados pela mídia, como as mais caras no mundo,
entretanto agora o preço sobe toda a semana e a mídia finge que não vê.
Enquanto a Europa revê suas privatizações, Bolsonaro, que
falava em fuzilar privatistas como FHC, agora, segundo Paulo Guedes, quer
privatizar tudo! (10,11,12).
Na verdade, privatização é
modo carinhoso de dizer que estão roubando o Brasil, já que entregam nossas
maiores riquezas a parceiros de negociatas!
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4 - https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2020/01/brumadinho-e-mariana-dor-que-nao-passa
11 - https://www.gazetadopovo.com.br/republica/guedes-privatizar-todas-estatais-bolsonaro-apoia/
12 - https://cee.fiocruz.br/?q=Privatizacoes-revertidas
13 - https://www.boletimdaliberdade.com.br/2019/07/24/governo-privatiza-controle-da-br-distribuidora-segunda-maior-empresa-brasileira-em-faturamento/
Rio de Janeiro 13 de outubro de 2020.
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Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
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