por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=qhFXs2cehkQ
Diante dessa afirmação de Bolsonaro, no programa de Jô
Soares, da Globo, muita gente votou nele achando que ele seria um defensor das
estatais e do patrimônio público. Entretanto tratava-se de mais um engodo de
Bolsonaro, já que, na Presidência, ele se revela um entreguista.
Vamos começar pela Vale do Rio Doce, a maior mineradora de
ferro do mundo, vendida por FHC, que só de ouro tinha 12 bilhões (quase 4 vezes
o valor pela qual foi vendida, R$ 3,3 bi) (7).
No governo do golpista Michel Temer, o tucano Pedro Lalau
Parente, presidente da Petrobrás, vendeu o campo gigante do pré-sal de Carcará
a preço de um refrigerante o barril de petróleo. Segundo avaliação do geólogo
Luciano Seixas Chagas - Uma fatia do pré-sal de bandeja para a Noruega (8).
E entregou também a Petroquímica de SUAP, pelo valor de 5
dias de faturamento (9).
Chamo de Pedro Lalau Parente porque este senhor já é réu
desde 2001, quando dava rombo de R$ 5 BI na Petrobrás (10). Assim a Lava Jato
poderia ter impedido desde sua posse na presidência da Petrobrás, mas nada
fez!
Os seus negócios, de tão escancarados, teve um de
favorecimento próprio e explícito, quando a direção da Petrobrás pagou R$ 2 BI
ao banco JP Morgan, de um empréstimo que só venceria em 2022, e Pedro Lalau
Parente é sócio do Banco (11).
No governo Temer, também foram vendidos os principais dutos,
o da Nova Transportadora do Sudeste - NTS e a Transportadora Associada de Gás
(TAG). O absurdo é que, menos de 18 meses, a Petrobrás pagou de aluguel todo o
dinheiro obtido com a “venda” da malha da própria NTS
(12).
Já Bolsonaro vendeu, a preço de banana, a BR Distribuidora, a
segunda empresa em faturamento no país, só perdendo para a Petrobrás. E para
diminuir os custos operacionais dos compradores, ainda demitiu 600 petroleiros,
centenas de contratados e os que ficaram tiveram redução de 30% nos salários ou
iriam para rua (6).
- Também no governo Bolsonaro, a Eletrobrás vende por
R$ 500 milhões a usina eólica que custou R$ 3,1 BI (13)
- E mais, sob Bolsonaro, a Belém Bioenergia Brasil (BBB), usina
de Biodisel avaliada em R$ 205 milhões, é vendida por R$ 24,7
milhões (14).
Temos que lembrar que a BR Distribuidora garantiu a
distribuição de combustível a todo território nacional; que o SUS atende em
todo o Brasil, ricos e pobres; que o Correios garante a encomenda do Sedex 10
às 10h da manhã em todo canto do País, revolucionando o comércio on
line.
Assim como tem Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal por
todo lugar do Brasil. E você não encontra, em lugares longínquos e em pequenas
cidades, o Itaú, Santander ou Bradesco? Muito pelo contrário, os bancos
privados só se estabelecerem em grandes cidades e apesar dos recordes de
lucros, mesmo na pandemia, estão demitindo e fechando agências.
Se as empresas pública como a BR Distribuidora, o
Correio, o BB a Caixa e o SUS atendem em todo o Brasil, o mesmo não se pode
falar da telecomunicação privatizada no governo de FHC. Tem sinal de internet
em todo o Brasil? Na verdade, as operadoras só priorizam as capitais e as
grandes cidades.
Por outro lado, veja o que está acontecendo, desde 2018, no
berço das privatizações. Na Inglaterra, de Margaret Thatcher: “Reino Unido
volta a nacionalizar estatais privatizadas: é o fim de uma era privatista.
Liderados por Jeremy Corbyn, a oposição trabalhista está pedindo a
nacionalização das principais empresas de água, eletricidade, gás e ferrovias.
As pesquisas indicam que mais de três quartos dos ingleses são a favor (1)”
É
assim em todo continente: Europa já considera estatizar empresas para prevenir
falências (3).
E o pior, as privatizações no Brasil são conduzidas pelo
ministerio da Economia, cujo titular, Paulo Guedes, montou uma quadrilha com
seu assessor, Esteves Colnago e outros que deu rombo de R$ 6.5 BI nos fundos de
pensão das estatais (4,5). Assim, além de lesar os fundos das estatais,
responsáveis pelas aposentadorias dos trabalhadores, Guedes ainda tira seus
empregos, como na privatização da BR Distribuidora, onde 600 foram demitidos
(6)!
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7 - http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/04/06/valeu-a-pena-privatizar-a-vale/
8 - https://www.cartacapital.com.br/economia/uma-fatia-do-pre-sal-para-a-noruega/
9 - https://www.conversaafiada.com.br/economia/venda-da-petroquimica-de-suape-e-um-escandalo
13 - https://monitormercantil.com.br/eletrobras-vende-por-r-500-mi-usina-eolica-que-custou-r-3-1-bi
Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2020.
Aviso - Estou monetizando minhas redes sociais, no caso, o meu canal do Youtube e meu blog. Faço isso para fortalecer a ajuda às 22 entidades sociais e filantrópicas que atendem as mais diversas pessoas excluídas de nossa sociedade, de forma a aumentar o valor de meus apoios mensais para essas entidades. 100% dos valores recebidos pelos parceiros comerciais vão ser alocados para essas instituições. Para saber mais: http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.
Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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