por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=qSpKUtk95gE
Ao invés do combate à corrupção, a Lava Jato, então chefiada
pelo juiz Sérgio Moro, como uma oficina, contribuiu muito com o crime.
A Lava Jato criou a indústria da delação premiada, onde, sem
precisar de nenhum conhecimento técnico jurídico, os advogados da Lava Jato
ficaram ricos da noite para o dia, intermediando delações premiadas.
Beatriz Catta Preta, por exemplo, em 9 delações,
ganhou 20 milhões de reais (1).
Já o compadre de casamento de Moro e ex-sócio de sua esposa,
Rosangela Moro, Carlos Zucoloto Junior, enquanto advogado oficial da Java
Jato, cobrou do advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, US$ 5
milhões por uma delação e “por fora”. Quando questionado, Moro disse : “Tacla
Duran é um lavador profissional de dinheiro foragido”, dispara Moro (14).
O problema é que a revista Veja, com base em informação da
Receita Federal, mostrou que Duran fez depósito na conta da esposa de Moro,
Rosangela Moro.
Em resposta descarada Moro disse que o depósito foi para
pagar cópias do processo, sem mostrar o valor e muito menos o comprovante do
depósito (15 a 17).
Não podemos esquecer que os principais ladrões da Petrobrás,
através de delações premiadas, na Lava Jato estão em suas casas, verdadeiros
clubes de lazer construídos com dinheiro da roubalheira (3).
Não sabemos quanto a Lava Jato cobrou por cada delação
dessas, mas, se na da Odebrecht, Zucoloto cobrou de Duran US$ 5 milhões, com
certeza que na da Petrobrás, considerando o porte das empresas, deve ter sido
mais caro. E com certeza esse dinheiro não foi para Petrobrás!
E se Duran era simplesmente um advogado da Odebrecht, os
delatores da Petrobrás eram peixe graúdos. Entre outros, Paulo Roberto Costa,
Diretor da Petrobrás; Sérgio Machado, Presidente da Transpetro; o
“superdoleiro” Alberto Youssef que, livre, já voltou ao mercado, e
o tesoureiro do PMDB, Fernando Baiano.
A Lava Jato, como uma oficina de criação, inovou com um Fundo
Lava Jato& Petrobrás, com R$ 2.5 BI, dinheiro de corrupção da Petrobrás. O
gerente do Fundo iria ser Deltan Dallagnol, mas felizmente o Fundo não
conseguiu convencer o STF e o PGR, que pediram sua suspensão (4). Com esse
fundo, Dallagnol de procurador se transformaria num banqueiro.
Já Leo Pinheiro fez a delação premiada dizendo que a reforma
de luxo no tríplex de Guarujá fora feita a pedido de Lula que, em troca, lhe
daria vantagens ilícitas na Petrobrás.
Embora haja vídeos e fotos que provam que essa reforma nunca
existiu, mesmo assim Lula foi preso, sem provas, na véspera da eleição, pelo
então juiz Sérgio Moro, então chefe da Lava Jato, num claro intuito de
beneficiar Bolsonaro de quem Moro virou ministro da Justiça e ainda tem a
promessa de ser indicado ao STF (6,7,8).
Por outro lado, a Lava Jato não considerou o áudio onde o
ex-governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, pedia dois milhões em
propina e falava em matar quem o delatasse, e Aécio ainda é recordista em
denúncias na Lava Jato (9).
Da mesma forma, o tucano ex-presidente FHC, citado
várias vezes em corrupção, e em algumas com o próprio filho, Paulo Henrique
Cardoso. E FHC ainda confessou, em seu livro, Diário da Presidência,
que havia corrupção na Petrobrás em seu governo e ele sabia (10,11).
Além disso, FHC tem fortes indícios de enriquecimento ilícito
como apartamento em Nova York e Paris e fazenda com aeroporto no Brasil
(12,13).
Pois nem Aécio Neves nem FHC foram capas de Veja, não foram
presos e nem foram vazadas suas imagens de suas delações para a mídia,
principalmente a Globo.
Já contra Lula, a oficina da Lava Jato criou, como nunca,
indícios ridículos querendo dizer que a propriedade no sitio de Atibaia fosse
de Lula: barco de alumínio sem motor, pedalinhos, ticket de pedágio,
ida 101 vezes no sitio.
A Lava Jato nunca anexou no processo qualquer documento do
imóvel do tríplex de Guarujá e sítio em Atibaia, como
registro do imóvel ou outro documento hábil que comprovasse como
sendo de Lula a titularidade dos imóveis.
Mas, segundo a Lava Jato, a lei vale para todos!
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Fonte: 1 - https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/513004/noticia.html?sequence=1&isAllowed=y
2 - https://www.conversaafiada.com.br/brasil/duran-zucolotto-pediu-us-5-milhoes-em-troca-de-protecao-
10 - https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/FHC-seu-filho-e-os-negocios-em-familia/4/35888
15 - https://www.conversaafiada.com.br/brasil/duran-zucolotto-pediu-us-5-milhoes-em-troca-de-protecao-
Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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