Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=-Cs4-MG-ZRg
Dia 6/11, vamos transformar, em pesadelo, o
sonho da campanha ‘O Petróleo é Nosso’, quando na maior campanha cívica milhares de brasileiros, civis,
militares, comunistas e conservadores participaram, na década de 40/50, na luta
pelo nosso petróleo.
Segundo a saudosa médica Maria Augusta Tibiriçá,
autora do livro O Petróleo é Nosso, coordenadora da campanha, dizia que, mesmo
sem TV e internet, existia comitê da campanha do petróleo em todos os estados e
na maioria dos municípios.
Jair Amorim, um comunista pé de valsa, que
foi presidente do Nação Brasil, movimento em defesa da Petrobrás, falava e
escrevia um português perfeito. Amorim vivia corrigindo nosso português nos atos e comícios. Eu sofria na mão dele.
Amorim passava as madrugadas escrevendo, à
mão, orientações de como constituir um comitê do petróleo para brasileiros de todas as partes.
Eu, enquanto petroleiro e dirigente sindical,
enriqueci meus conhecimentos sobre petróleo realizando palestras do petróleo Brasil
a fora. Confesso creio que aprendi mais
nessas palestras do que ensinei.
Numa dessas palestras, fui convidado a ir
falar sobre o tema na Rádio Nacional, no programa de Adelson Alves o “Amigo das
madrugadas”.
Adelson sabe tudo sobre música popular e mais
um pouco. O programa dele, meia-noite, com uma audiência imensa, principalmente
de rodoviários e caminhoneiros.
Aliás, Adelson trabalhou na Globo e foi
casado com Clara Nunes. Eu, de palestrante, virei ouvinte, pois Adelson sabia
tudo sobre petróleo.
Então a construção da campanha do petróleo foi
nas ruas, no meio do povo e muita gente foi perseguida, presa e morta na
campanha.
A campanha culminou com a criação da
Petrobrás, em 1953, pelo presidente Getúlio Vargas.
Vargas se suicidou em 1954, veja trecho de
sua carta de despedida:
“Quis
criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da
Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma (1)”.
Não só na morte de Getúlio, não tenha dúvida de
que o petróleo foi o pano de fundo do golpe no Brasil que tirou Dilma do poder,
sem nenhuma prova. Como também da prisão de Lula, pela lava Jato, chefiada pelo
juiz Sérgio Moro, sem provas, quando Lula era líder em todas as pesquisas de
opinião, isso na véspera da eleição, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro.
E o juiz Sérgio Moro, pelos serviços
prestados, virou ministro de Bolsonaro e ainda tem a promessa de ser indicado
ministro do STF. .
Lembrando que tanto Temer como Bolsonaro,
assim que viraram presidentes, passaram a entregar nossas riquezas para os EUA
e seus aliados.
Participando ativamente da campanha contra a
Petrobrás e os petroleiros sempre esteve a Globo. Pois, já fazia parte da perseguição
a Getúlio Vargas, com a invenção do ‘Mar de Lama’, que culminou com seu suicídio.
Na década de 90, no governo de FHC, a Globo
em apoio à tentativa frustrada de privatização da Petrobrás, comparava a
Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás.
Depois, continuando a desmoralizar a
Petrobrás, para facilitar sua entrega, a Globo, nos governos do PT, via criminosos
vazamentos de delação da Lava Jato, passou 5 anos diariamente falando mal da Petrobrás
e dos petroleiros. E ainda premiava o juiz Sergio Moro.
Os militares, entretanto, foram a vanguarda
da campanha do petróleo e hoje, com tristeza, assistimos sua omissão,
principalmente dos militares do governo Bolsonaro, calados diante da entrega do
nosso petróleo e dos ataques a nossa soberania.
Nunca é demais lembrar que o capitão e
deputado Bolsonaro falava em fuzilar FHC pela “venda” da Vale do Rio Doce e de
nossas reservas petrolíferas, hoje presidente Bolsonaro faz pior (2).
Na verdade no dia 6/11, com a venda da Cessão
Onerosa do pré-sal, será o enterro dos sonhos dos brasileiros, o futuro de
nossos filhos e netos: o fim de uma educação que seria turbinada pelos royalties
do pré-sal de 75% e a saúde indo para a o CTI, pois deixarão de receber os 25%
dos royalties do pré-sal.
Os brasileiros da Campanha O petróleo é Nosso
cumpriram seu papel histórico quando o petróleo era um sonho. Se venderem a
Cessão Onerosa do pré-sal nosso sonho passará a ser pesadelo!
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Rio de Janeiro, 03 de novembro 2019.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300,
ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos
Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e
Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
que pode ser adquirido no Mercado Livre:
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Por EmanuelCancella
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