por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=ejs3FAlhXDY
A Ditadura Militar perseguiu, prendeu e torturou milhares de
brasileiros, civis e militares.
Pois que as vítimas da Ditadura não foram só os civis, já que
os militares que discordaram do golpe militar também sofreram as mesmas
consequências: perseguição, prisão, tortura e morte. Muitos desses militares,
contrários ao golpe, eram dados como mortos mesmo estando vivos.
O capitão Carlos Lamarca é um exemplo de militar, que desertou
em 1969, das Forças Armadas, para lutar contra a Ditadura Militar (2).
Em 12 de junho de 1968, o saudoso capitão Sérgio Macaco,
depois promovido a brigadeiro, foi chamado ao gabinete do seu comandante, o
Brigadeiro Paulo Burnier, que lhe passou a tarefa de explodir o gasômetro no
Rio de Janeiro, para “livrar” o Brasil da ameaça comunista e desqualificar de
vez a oposição à ditadura militar:“ O Capitão Sérgio Macaco, que era
paraquedista, se nega a explodir Gasômetro no Rio e evita ‘caça’ à oposição “(1).
Os planos do chefe foram frustrados pelo capitão Sérgio
Macaco, que se recusou a colocá-los em prática, proibindo o emprego de seus
homens no ato — a explosão do Gasômetro no Rio de Janeiro — que, se
concretizado, seria a maior tragédia da história brasileira.
Apenas a explosão do gasômetro, planejada para ocorrer na
hora do rush, mataria em torno de 100 mil pessoas.
A atitude de Sérgio Macaco rendeu-lhe consequências: foi
preso por 25 dias, respondeu a processos na FAB, no SNI, no Ministério da Justiça
e no STM, além de ter sido processado pelo próprio Burnier. Em todos os casos
foi absolvido. Também foi transferido para Recife, até que, em 29 de junho de
1969, foi compulsoriamente reformado pelo AI-5.
As missões especiais fizeram com que Sérgio Macaco passasse
muito tempo nas selvas brasileiras, atraindo a confiança e simpatia de
personalidades atuantes no interior do país, como os irmãos Claudio e Orlando
Villas Boas e o médico Noel Nutels, além dos próprios índios, que o chamavam de
“Nambiguá Caraíba” homem branco amigo (3)
Falo de Lamarca e de Sérgio Macaco para provar que nem todos
militares são golpistas e torturadores.
Se por um lado, Bolsonaro representa tão bem militares
golpistas e torturadores, por outro, enquanto militar, praticou ato de
terrorismo ameaçando explodir a adutora do Guandu, principal fornecedora de
água potável ao Rio de Janeiro, e também ameaçava jogar bombas na caserna e por
isso foi expulso, preso e proibido de entrar nos quartéis (13 a 16).
Os militares fizeram pressão junto ao STF, na véspera do
julgamento do habeas corpus de Lula, que resultou num placar 6X5 contra o
ex-presidente. Mas estranhamente agora se calam diante do lamaçal do governo do
capitão Jair Bolsonaro (4).
Lembrando que Lula foi condenado e preso sem nenhuma prova e
por conta disso é considerado um preso politico no Brasil e no mundo (5).
E os militares, que se pronunciaram contra Lula, também se
omitem diante da opinião pública, no mar de lama do Capitão, que, em cinco
meses, joga para baixo do tapete escândalos, como o do Queiroz, milícias e
Itaipu. (6 a 12)
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Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2019.
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indústria naval:
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Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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