por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=xxX4oUhfR14
Carros da Globo virado no suicídio de Getúlio Vargas.
A Lava Jato e o Globo nos parecem eternos, mas vão ruir como ruíram
o império romano e o nazismo. Como diz o
poeta ou filósofo, nenhum império é
eterno. E quanto maior a altura, maior a queda. E a história mostra isso! O paraíso bíblico se contaminou com a presença
de Adão e Eva trazendo o pecado.
Posso profetizar que todo império do bem e do mal tem início
meio e fim. Isso independentemente da nossa vontade e sob o auspício do Deus
supremo, que tudo pode.
A rede Globo impera no Brasil há cerca de meio século, apoiou
e cresceu à sombra da ditadura militar de 1964. Antes o império das
comunicações eram os Diários Associados de Chatobriand, os jovens nem sabem
disso.
A Globo, em 1954, não era nada, mas já conspirava contra a
democracia e ajudou a derrubar Getúlio Vargas, que se suicidou. Segundo a própria
carta de Getúlio “saio da vida para
entrar na história”, até na morte Getúlio foi grande estadista, adiando o golpe
militar por uma década. Mas a Globo, mesmo com o fim da ditadura militar, continuou
a imperar.
A Globo, junto com FHC, tentou sem sucesso privatizar a Petrobrás.
Na telinha da Globo via-se a tentativa de destruir a imagem da Petrobrás com a
comparação da Petrobrás a um paquiderme e os petroleiros denominados de marajás.
Mesmo com a Petrobrás desenvolvendo tecnologia inédita no
mundo que permitiu em 2006 a descoberta do pré-sal, em dezembro de 2015, a
Globo, inconformada com a performance da Petrobrás, solta em editorial: “O
pré-sal pode ser patrimônio inútil (1).”
E foi também em 2015 que a Globo chocou o ovo da serpente, Sérgio
Moro, um juiz de primeira instância recebeu
o beijo de judas, quando a Globo lhe
concedeu o prêmio de o homem que faz a diferença (2).
Assim começava, por volta de 2015, a Lava Jato chefiada por
Moro. Verdade seja dita, em nome do
combate à corrupção, a Lava Jato já fez mais estragos na Empresa que Collor e
FHC, que também queriam privatizar a Petrobrás.
Fernando Color extinguiu a Interbrás, um crime lesa-pátria,
pois essa empresa era responsável pelo comércio da Petrobrás com o mundo e também
extinguiu a Petromisa que era o braço dos minérios da Petrobrás. A ampla
maioria desses trabalhadores foram demitidos mas foram foram readmitidos pelos
governos Lula e Dilma.
FHC chegou a ser ameaçado por um certo deputado federal, capitão
do exército, que prometera fuzilá-lo por
vender as estatais e entregar nosso petróleo. FHC mesmo com apoio da Globo, só
conseguiu vender 30% de uma refinaria a Refap, para a Repsol, que Lula, quando
assumiu, recomprou (8).
O capitão Bolsonaro chegou ao poder com apoio do juiz
premiado pela Globo, Sérgio moro, que chegou ao absurdo de prender Lula, o
principal adversário do capitão, sem nenhuma
prova, ás vésperas da eleição. E como um imperador que não deve satisfação a ninguém,
virou ministro da Justiça do capitão.
O capitão Bolsonaro, que queria fuzilar FHC, esquece e retoma
a obra não concluída de Collor e FHC, anunciando a venda da BR Distribuidora,
da metade das refinarias e da cessão onerosa do pré-sal (3 a 7).
O povo brasileiro foi para as ruas, no maior movimento cívico
que foi “O Petróleo é Nosso!”, o que resultou na criação da Petrobrás, isso quando
o petróleo era um sonho. Será que agora, que o pré-sal é uma realidade, o
capitão vai conseguir privatizar a Petrobrás, aquilo que Collor, não conseguiu
e FHC por isso chegou a ser ameaçado de fuzilamento?
7 - https://oglobo.globo.com/economia/bolsonaro-confirma-plano-de-privatizacao-dos-correios-23621389
Rio de Janeiro, 24 de maio de 2019.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à
venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da
indústria naval:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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