terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Direção da Petrobrás quer matar os petroleiros e os sindicatos querem estuprar, eu já escolhi o estupro!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=lrCmjZA1Bu8

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Paulo Guedes já anunciou que vai privatizar tudo. Já foram realizados vários leilões do pré-sal, o próximo vai ser em novembro de 2019 (5).
No chamado regime de Cessão Onerosa, uma das maiores áreas do pré-sal foi criada pela presidenta Dilma para capitalizar recursos para desenvolvimento do pré-sal. O acordo está sendo revisto pelo presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco (1,7).
 Vão além do pré-sal:

“Conselho Administrativo de defesa econômica - Cade recomenda venda integral de refinarias da Petrobras, inclusive no Sudeste” (2).

No governo Dilma, iríamos construir duas refinarias, as do Maranhão e do Ceará, que nos daria a autossuficiência no refino, e um excedente para exportação. Chegaram a fazer a terraplanagem da área, o que não é barato.  E a Petrobrás cancelou a construção das refinarias por conta de denúncias da Lava Jato de superfaturamento nas obras (3).

Parece tudo planejado para ajudar os americanos, pois ao  invés de prender os corruptos e manter a construção das refinarias para ajudar as contas do Brasil, em apenas quatro meses, os EUA vendem quase R$ 7 bilhões em óleo diesel para o Brasil (4). Imagine quando vendermos todas as refinarias, como quer o CADE, quanto estaremos pagando pelo refino?

Além de entregar o refino, como quer o Cade, e o pré-sal, como quer Bolsonaro, Michel Temer já havia tirado a Petrobrás das áreas mais estratégicas, lucrativas e empregatícias do setor petróleo, tais como petroquímico, fertilizantes, gás e biocombustíveis (6). 

Só os estimados mínimos de 100 BI de barris de petróleo do pré-sal, considerando o valor acima de US$ 50 o barril, chegaríamos a mais de US$ 5 trilhões de dólares, não há por que entregar nosso ouro negro.
Não satisfeito em destruir a Petrobrás, o governo e a direção da Petrobrás quer matar os petroleiros.

Os Petroleiros, ativos e aposentados, estão pagando 13% de seus salários, por 18 anos, de um rombo de cerca de R$ 27 BI na Petros. Os petroleiros não podem ser responsabilizados por erro dos gestores, muito menos pagar a conta.

Hoje, 8/01, no Sindipetro-RJ, o representante dos trabalhadores eleito no Conselho da Petros, Ronaldo Tedesko, deu informes sobre as negociações com a Petrobrás/Petros sobre a questão do rombo ou déficit. A Petrobrás supõe que, a cada ano fiscal, outros rombos surgirão e novamente serão descontados dos petroleiros.

O próprio representante dos petroleiros na Petros reconhece que se isso acontecer os petroleiros estarão tendo descontos maiores do que os proventos, o que representaria a morte do plano de previdência complementar dos petroleiros.

Nesse sentido, a FUP e a FNP, juntos com marítimos, BR e outros que compõem o Fórum da Petros estariam buscando uma alternativa negociada para travar a sangria. O que representaria um desconto maior que os 13%, mas menor do que proporia a Petrobrás/Petros com os possíveis próximos déficits.

No meu Plano Petros, todos os déficits seriam acobertados pela patrocinadora que é a Petrobrás.
Na verdade, a Petrobrás propõe a morte dos petroleiros e os sindicatos propõem o estupro. Em permanecendo esse cenário, já escolhi o estupro!

O governo está descontando esse déficit de R$ 27 BI nos fundos de pensão Petros dos petroleiros, justamente os responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal, no governo Lula.

MiShell Temer elaborou e sancionou lei que isenta em um trilhão de reais em impostos as petroleiras estrangeiras, sendo a mais beneficiada a Shell (8). Contou para isso com a total omissão da Lava Jato, então chefiada por Moro, que fingiu que nada viu.

Enquanto isso Paulo Guedes dava um rombo de um BI de reais nos fundos de pensão das estatais, entre elas a Petros (9).   

Na verdade, o governo dá o rombo e os petroleiros pagam a conta!




Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2019.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no mercado livre link:
 https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1


OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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3 comentários:

  1. Não entendi onde o sindicato entra nessa história prejudicando os trabalhadores.

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  2. Indiguinado com os representantes sindicais,assim como os ratos de esgoto que estão insistem em derubaruma empresa tão VALIOSA !!!

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  3. do jeito como vai, Bolsonaro, Moro e Mourão, vão DESTRUIR O BRASIL E VÃO SAIR IDOLATRADOS! sobretudo, esses idiotas da internet. o que eles fazem não é contestado. é inacreditável!

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