quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Quem solta mais investigados? Gilmar Mendes ou Moro?


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=ajOq2A1skj4

                                             Resultado de imagem para Quem solta mais investigados? Gilmar Mendes ou Moro?

Se fosse para apostar, votaria no empate com a disputa indo para a prorrogação. Gilmar Mendes se especializou em soltar presos e Moro prende e solta.
Gilmar é acompanhado pela mídia, não por acaso, mas porque ele fez parte da turma do STF que soltou um petista, o ex-ministro, José Dirceu(1). Os golpistas morrem de medo de ele soltar Lula.
Aliás, Lula já foi solto pelo desembargador Rogério Favreto por algumas horas. Aí o arbitro de vídeo da Lava Jato, que é a Globo, entrou em ação. Acionou Moro de férias em Portugal que, de forma arbitrária, anulou o lance.  Favreto confirmou a validade e, mais uma vez, invalidaram o lance.

Já Moro se especializou em blindar tucanos. Não sei quantos, mas no escândalo do Banestado que Moro também chefiou, o senador Roberto Requião PMDB/PR deixou seu relato:

 “um escândalo exclusivamente tucano e nenhum deles foi preso. O maior escândalo do país não foi o mensalão, Petrolão foi o Banestado, que deu um rombo nos cofres públicos de meio trilhão de reais” (2).    

Na Lava Jato chefiada por Moro, da mesma forma, nenhum tucano foi preso. E olha que a tucanalha faz força, mas Moro faz que nem os Três Macacos Sábios : “Não vê, não ouve e não fala!”.
Exemplo disso é o senador tucano Aécio Neves que, apesar de ser o mais delatado na Lava Jato, continua senador da República.  Aécio, apesar das provas cabais contra ele, ainda pode ser candidato e cinicamente cobra arrependimento de Lula que foi preso sem qualquer prova e não pode se candidato (3).

Além do Aécio, na lista dos blindados da Lava Jato, temos também o ex-presidente, FHC, e os senadores Jose Serra, Antônio Anastasia  e o falecido Sergio Guerra.

E não podemos esquecer que os principais corruptos da Petrobrás, presos pela Lava Jato, estão inexplicavelmente pagando suas penas em casa, verdadeiros clubes de lazer construídos com dinheiro da corrupção. Entre eles: Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano, Sérgio Machado, Alberto Youssef, etc. Este último condenado a mais de 80 anos de cadeia (4).    Moro também liberou a mulher de Eduardo Cunha, Claudia Cruz.

Já Gilmar Mendes que tem acompanhamento on line, pela imprensa, segundo a mídia já liberou 37 investigados no Rio (5).

Sabe-se que política assim como na justiça não tem almoço de graça, porém nunca vazou cobrança de pedágio de Gilmar Mendes em suas benevolências.

O mesmo não se pode dizer da Lava Jato. Isso porque o advogado Rodrigo Tacla Duran, da Odebrechet, fez acusações contra o também advogado Carlos Zucoloto Junior. Zucolloto é padrinho de casamento de Moro e ex-sócio de sua esposa e foi então acusado por Duran de cobrar, em nome da Lava Jato, da qual faz parte, US$ 5 milhões “Por Fora”   para uma delação premiada que, entre outras benesses, lhe daria a prisão doméstica e perdão de US$ 10 milhões em multas a Odebrechet (8).

A advogada da Lava Jato, Beatriz Catta Preta, em 8 delações premiadas arrecadou, segundo a imprensa, R$ 20 milhões. Catta preta foi para os EUA se dizendo ameaçada de morte (6).

Outro caso envolvendo grana para HC foi do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir Bendine. Amanda Bendine recebeu e-mail em que um criminoso, se passando por seu pai, pediu depósito de R$ 700.000 para 'garantir' habeas corpus no STF para libertar seu pai, preso pela Lava Jato. O caso é de agosto de 2017 e o juiz Sergio Moro disse que mandou investigar, mas  até hoje não houve resposta (7).
Enquanto o negócio de Gilmar Mendes é soltar investigados e presos, o negocio de Moro é prender petistas e blindar tucanos. Os interessados podem entrar em contato com a Lava Jato em Curitiba ou no escritório jurídico de Gilmar Mendes.
Pelos números apontados os negócios de ambos vão de vento em popa.




Rio de Janeiro, 08 de agosto de 2018.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

Meus endereços eletrônicos:
Me siga no twitter.com/Ecancella 





Nenhum comentário:

Postar um comentário