por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=wmCldUrkBGg

Pedro Parente celebrou acordo com acionistas americanos, pelo
qual a Petrobrás pagou R$ 10 BI, sem que a Petrobrás ainda tivesse sido
condenada. E a Lava Jato, chefiada por Moro, fez vista grossa (12).
Moro também fingiu que não viu o Congresso Nacional aprovar
uma lei que isenta as petroleiras estrangeiras em um trilhão de impostos. A mais beneficiada é a Shell, e quem articulou essa sangria foi MiShell Temer (6).
Pedro Parente, com aval de Moro, chefe da Lava Jato, já
entregou o campo de Carcará, ao preço de um refrigerante o barril, e a Petroquímica
de Suape, ao valor de cerca de 5 dias de faturamento (7,8).
Pedro Parente, também com a cumplicidade da Lava Jato,
chefiada por Moro, vendeu sem licitação a malha de dutos do Sudeste, NTS, a
mais valiosa da Petrobrás. Agora a Petrobrás vai ter que pagar para usar e
entrar na fila como mais um usuário (9).
Pedro Parente vende também as refinarias da Petrobrás. No
Nordeste, as unidades que podem ser privatizadas são a Refinaria Abreu e Lima e
a Refinaria Landulpho Alves, que têm uma capacidade de processamento de 430 mil
barris de petróleo por dia. No Sul, serão a Refinaria Presidente Getúlio Vargas
e a Alberto Pasqualini, com uma capacidade de 416 mil barris por dia (1).
O tucano FHC, correligionário de Pedro Parente, aplicou a
mesma venda das refinarias, porém só chegou a vender 30% da Alberto Pasqualini
(Refap), mas o ex-presidente Lula, quando assumiu o governo, recomprou-a.
Lembrando que as duas refinarias do Nordeste, no Ceará e
Maranhão, que seriam construídas nos governos do PT foram canceladas pelos
golpistas, dariam ao Brasil a autossuficiência no refino e um excedente para
exportação.
A Lava Jato de Moro, sempre no engodo de estar combatendo a
corrupção, nesse caso acusando-a de subfaturamento, cancelou a obra (10).
Só para se ter uma ideia da importância das refinarias, só
este ano o Brasil pagou aos EUA, por conta da importação de díesel, cerca de
US$ 6 BI (11).
Os petroleiros mereciam um prêmio pela descoberta do pré-sal,
aliás, a Petrobrás por este feito foi premiada pela 3ª vez com o prêmio OTC,
conhecido como o “Oscar” da indústria do petróleo (4).
Entretanto o tucano Pedro Parente, que está entregando a
Petrobrás aos gringos, se por um lado doa R$ 10 BI a acionistas americanos, por
outro trata os petroleiros no chicote, pois retira conquistas históricas de
acordos coletivos da categoria como a participação nos lucros (PLR), o Benefício
Farmácia e ainda não concede, como nos governos anteriores, aumento real de salário.
Como se não bastasse, Pedro Parente desconta nos salários da
categoria petroleira, ativos e aposentados, um rombo que houve no fundo de
pensão, Petros. O desconto tem valor anunciado de 13%, porém nos contracheques este desconto
tem sido maior, o que tem levado, principalmente aposentados e pensionistas, ao
desespero. Por conta da repulsa aos descontos tem aposentado se suicidando e
outros acometidos de AVC.
Esse desconto é uma grande tramoia ou uma vingança de Pedro
Parente contra os petroleiros já que Parente participou do governo de FHC, como
“Ministro do apagão”, e lá não conseguiram privatizar a Petrobrás.
Enquanto a categoria petroleira segue massacrada e a Petrobrás está sendo entregue aos gringos
por Pedro Parente, a FUP e FNP, as duas poderosas federações petroleiras, brigam
entre si para buscar culpados. Assim Pedro Parente e Moro, chefe da Lava Jato,
ficam livres para o seu trabalho sujo.
O desconto nos salários da categoria é um verdadeiro crime, e
Pedro Parente escolheu o pior cenário da equalização do rombo no fundo
apresentado, que seriam, mínimo, médio e máximo.
Pedro Parente cobra o máximo dos trabalhadores. Segundo os
representantes de Parente, na Petros “esse desconto é para não comprometer o
futuro do fundo de pensão”. E para isso mata os trabalhadores no presente.
Com todo o rombo de R$ 27 BI o cenário na Petros é
bom. O petróleo atingiu hoje, 27/04/18, preço acima de US$ 70 o
barril. No auge do rombo, o petróleo estava em US$ 25 o barril. A Petrobrás,
pelo art. 41 do Estatuto da Petros, tem por obrigação contratual cobrir todos possíveis
rombos, não a categoria.
E, para fortalecer o argumento de que a categoria não tem que
pagar nada de 13%, em 1970, a Petros foi criada, e os petroleiros que, pelo
“manual de pessoal da companhia”, não pagavam nada e recebiam na aposentadoria
100% do salário da ativa. Passaram a receber até 90% do salário da ativa e
passaram a pagar a Petros.
Na década de 80, no governo Sarney, enquanto diretor do
Sindipetro-RJ, participei junto a um grupo de petroleiros aposentados que “pulando
a roleta” invadiram a Petros, cuja sede era localizada no Edifício Serrador, no
centro do Rio. Fomos recebidos pelo então diretor
financeiro da Petros, Paulo Brandão, hoje Conselheiro eleito pelos
trabalhadores.
Os aposentados que recebiam seu reajuste junto com o do salário
mínimo em janeiro, reivindicavam receber o reajuste em setembro, data base da
categoria, e junto com o pessoal da ativa. Naquela época a inflação chegou a
84% o que corroía em demasia as aposentadorias e pensões.
A Petros concordou com o pleito, porém o desconto da
categoria para a Petros passou de 11% para 14,9%. Acabou a hiperinflação mas o desconto de 14,9% da categoria na Petros foi mantido.
Só nesses dois momentos,
criação da Petros e na hiperinflação, nossos salários sofreram uma
perda de mais de 13%. Insisto que não existe justificativa atual para o
desconto, a não ser uma vingança de Pedro Parente com os
petroleiros!
E os petroleiros nunca se calaram diante dessa
roubalheira de Pedro Parente, com aval da Lava Jato, chefiada por Moro.
Em 2001, denúncia de petroleiro transformou Pedro Parente em
réu por ter dado um rombo bilionário a Petrobrás (2).
Em novembro de 2016 outro petroleiro denúncia ao MPF a
omissão da Lava Jato em relação à gestão criminosa dos tucanos FHC e Pedro
Parente na Petrobrás. Veja denúncia na íntegra (3).
Também foram os petroleiros, através de uma greve de 32 dias,
com apoio da sociedade civil organizada, que barramos a “Privataria Tucana”,
que pretendia privatizar a Petrobrás.
A Entrega da Petrobrás e o massacre dos petroleiros só serão
barrados pela FUP e FNP unidas!
Rio de Janeiro, 27 de Abril de 2018.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido
em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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