quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Enquanto a sociedade, ludibriada, batia panela, os EUA iam se apropriando da Petrobrás, da Odebrecht e da JBS.

por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=5Yj7D6UvG8k

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O Brasil não conhece a Petrobrás que o mundo reverencia e lhe concedeu por três vezes o equivalente ao “Oscar da indústria do petróleo” (10). 

Além de desenvolver tecnologia inédita no mundo, a que permitiu a descoberta do pré-sal, também foi a petroleira que investiu pesado nos biocombustíveis, principalmente na estatal Petrobras Biocombustível S.A. (PBIO) sabedora de que as usinas utilizam inúmeros vegetais que não se esgotam, diferente do petróleo, que é fonte de produção esgotável. 

A Petrobrás, como empresa integrada, levou tanto energia “do poço ao posto” como ainda ao poste, com as termelétricas.  A Petrobrás retomou seu braço petroquímico com o Comperj, já que a petroquímica é o braço mais lucrativo da indústria do petróleo. 

O governo brasileiro de Lula e Dilma seguiu os passos da Petrobrás e construiu muitas hidrelétricas e ampliou o parque eólico.  O Brasil só perdia para a China em grandes obras.  Belo Monte por exemplo é a terceira maior hidrelétrica do mundo (11).

O Brasil era uma das maiores potências econômicas mundiais, chegou a ser a sexta, passando a Inglaterra (2,3). 

E aí chegaram os EUA e seus aliados, com apoio dos golpistas (MiShell Temer, Congresso Nacional, justiça e mídia), agindo como, piratas: primeiro tomaram o barco para depois saqueá-lo, já que tiraram Dilma e colocaram no poder o golpista MiShell Temer, ficando assim o caminho livre para os americanos arrasarem nossa terra. 

O próprio Temer confessou que tiraram Dilma porque ela não concordou com o programa “ Uma ponte para o futuro!”, que ele implementa (4). Traduzindo, Dilma preferiu ser deposta do que entregar todas as nossas riquezas ao capital mundial. 

Para entregar a Petrobrás aos gringos, os golpistas nomearam a seguinte dupla infalível: o  tucano Pedro Parente  e a Lava Jato.

Pedro Parente, colaborando com os EUA e seus aliados, tirou da Petrobrás e entregou aos gringos a construção de navios e plataformas, a petroquímica, o gás, os fertilizantes e os biocombustíveis. Todos setores estratégicos, altamente lucrativos e empregatícios (5,7). 

Pedro Parente também  retomou o Repetro, criado por FHC. O Repetro é um artifício antinacional que permite que importações de máquinas e equipamentos de petróleo fiquem isentas de impostos, representando uma pá de cal na indústria nacional do setor (7). 
 Cadê o pato? Só a adesão ao golpe justifica o silêncio da Fiesp e suas afiliadas diante da destruição da indústria naval, engenharia nacional e a volta do Repetro. 

A Lava Jato convocou os procuradores estadunidenses para investigar a Petrobrás. E mais, pois ainda mandou os maiores ladrões da companhia testemunhar contra a Petrobrás e o Brasil, em tribunais americanos (8,9).

Se a Lava Jato não quisesse só desmoralizar a Petrobrás, tentaria, pelo menos, mandar nossos procuradores para investigar a Chevron, petroleira estadunidense. Isto porque, em 2009, o Wikleaks já denunciava a troca de correspondência dos executivos da Chevron com o então candidato tucano derrotado à presidência, José Serra.  Na ocasião, Serra prometia favores à Chevron, em prejuízo da Petrobrás (1).  Serra não desistiu, e aprovou a lei 4567/16 cumprindo assim a promessa entreguista que fizera a Chevron. 

Para surrupiar o petróleo no Iraque, lá  os americanos usaram o engodo do combate ao terrorismo. Entretanto a primeira coisa que os EUA e seus aliados fizeram quando invadiram o Iraque foi colocar a petroleira americana, Halliburton, do vice-presidente americano, Dick Cheney, para controlar o petróleo (14). A carnificina aos iraquianos contrariava decisão do Conselho de Segurança da  ONU, que foi contra a invasão já que não existia indícios de que Saddam Hussein tivesse armas de destruição em massa. O tempo mostrou que a ONU tinha razão, comprovando o engodo! 

E por que destruir a Odebrecht? Simplesmente porque tratava-se da maior multinacional brasileira, uma das maiores do mundo , e estava tomando mercado das empresas americanas e de seus aliados. Tinham que destruir a Odebrecht. E pegaram naquilo que poderia sensibilizar a sociedade, por isso disseram que estava combatendo a corrupção, entretanto a Odebrecht não é mais corrupta que a Chevron, do que a Halliburton e outras.  Então por que só investigar a brasileira? 

E por que a carne?
Porque era um acinte o Brasil ser o maior produtor de carne do mundo, inclusive passando as empresas dos EUA e da Europa. O problema da Operação Carne Fraca é o seguinte. 

A Polícia Federal, claramente, esqueceu que a sua função é proteger o cidadão, as empresas nacionais e o governo. Proteger o cidadão (e seu emprego!) contra fraudes; as empresas nacionais contra fraudadores e o governo contra corruptos. Entretanto a PF, ao invés disso, inverteu seu papel: tornou-se uma espécie de agência adversária da sociedade. Sua meta tem sido agredir o cidadão, destruir empresas e derrubar governos.

"A cada dia fica mais evidente que a Operação Carne Fraca, independente de haver falcatruas no setor, foi um movimento político-policial. Pessoas e fatos surgem ao sabor (podre) das conveniências. Vaza-se por toda parte e, quando necessário, 'vazam', como na gíria, os personagens inconvenientes", diz o jornalista Fernando Brito; "No destaque, outro escândalo: a Superintendência da PF no Paraná mandando recolher e fazer vídeos que possam  ser 'relevantes' para a mídia. Mais importante, claro, do que serem relevantes para a investigação (13)"  

Não podemos esquecer da crise americana de 2008 e de como Whashington salvou Wall Street colocando a disposição das empresas financeiras e industriais setecentos bilhões de dólares o dinheiro saia em 24 horas depois de solicitado. A crise foi produzida por ganância extrema e falta de escrúpulos de grandes firmas do mercado financeiro como, GM City Bank e outras, o governo americano fez tudo para não sujar a imagem de suas empresas, e que houvesse queda nos números da economia e principalmente para que não houvesse demissões (12).

Aqui ao invés de punir os donos das empresa e manter elas funcionando, tocando as obras, para que não haja desemprego e queda na economia, estão entregando nossas empresas entre elas as mais importantes como Petrobrás, e paralizando as obras, cerca de 12 milhões de brasileiros estão desempregados! 

O mais grave nessa historia não é o golpe no Brasil patrocinado pelos EUA, até porque eles já fizeram isso em 1964, com apoio da mídia principalmente a Globo. O duro é constatar que homens e mulheres, que se dizem brasileiros, estarem por trás do golpe, como a maioria do Congresso Nacional, a mídia de novo principalmente a Globo, MPF e o STF)! 

Vale lembra o pensamento do senador e pastor americano, Martin Luther king: O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.





Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2017. 

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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Um comentário:

  1. Nosso povo um dia irá se conscientizar de ele não nasceu galinha (que voa baixinho) como os entreguistas propagam) e sim águia (que voa alto e enxerga de longe) como os verdadeiros brasileiros proclamam. Parabéns compa Emanuel Cancella.

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