segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Em nome da justiça!

por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=NsxWuHL7dK8

Paulo Ramos, deputado do PSOL, que foi um dos elaboradores de nossa Constituição de 1988, inclusive na ocasião recebendo nota 10 do DIAP, votou agora contra a prisão ilegal dos parlamentares.  

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Em nome da justiça, deram impeachment na Dilma e ainda querem prender Lula ou torná-lo inelegível em 2018, nos dois casos, sem qualquer comprovação de crime.

Em nome da justiça e no combate à corrupção, fizeram o mensalão que prendeu parlamentares, a maioria petistas, mas nem sequer julgaram o mensalão tucano, mesmo que anterior ao do PT, e que está prescrevendo sem julgamento (2).

Em nome da justiça e no combate à corrupção, prenderam diretores e gerentes da Petrobrás, mas só na gestão do PT. E as gestões tucanas impunimente estão destruindo a Petrobrás:
- primeiro foi FHC, envolvido em corrupção na Petrobrás, e em muitas, até  com seu filho. FHC reconheceu em seu livro, Diários da Presidência, que havia corrupção na Petrobrás em seu governo, nem assim sequer foi investigado (1,3,4).

- o tucano Pedro Lalau Parente está liquidando a Petrobrás em nome da justiça ou da Lava Jato. Chamo de Pedro Lalau porque este senhor é réu, desde 2001, na venda ilegal de ativos, quando deu um rombo de R$ 5 BI na Petrobrás (6).
Agora, Lalau foi indicado pelo golpista Michel Temer e, sob os auspícios da Lava Jato, ou em nome da justiça, vende ativos valiosos e estratégicos sem licitação, para quem quer e pelo preço que ele mesmo estipula. Foi assim com o campo gigante do pré-sal, de Carcará, a preço de um refrigerante o barril de petróleo. Vendeu também a petroquímica de Suape ao valor de 5 dias de faturamento e muito mais (7,8).

Em nome da justiça, Lalau e a Lava Jato tiraram a Petrobrás dos setores mais lucrativos da indústria do petróleo: petroquímico, gás, fertilizantes e biocombustíveis (9).
E foi também, em nome da justiça, que Pedro lalau e a Lava Jato destruíram a Engenharia Nacional e acabaram com a Indústria Naval (12,13).

Fizeram mais, retomaram do governo de FHC, que tentou privatizar a Petrobrás, um dispositivo aduaneiro,  chamado Repetro, que isenta de impostos as importações de máquinas e equipamentos do setor petróleo, matando assim a indústria nacional(16).    

E em nome da justiça deram o golpe no país e querem dar o golpe dentro do golpe, implantando o parlamentarismo ou trocando Temer por outro golpista, através de um colégio eleitoral, formado, em sua maioria, de deputados e senadores corruptos e golpistas.

E em nome da justiça queriam prender os parlamentares fluminenses, Jorge Picciane, Paulo Melo e Edson Albertassi , rasgando a nossa Constituição Federal, que diz que parlamentar só pode ser preso em flagrante delito ou por condenação em processo legal transitado em julgado. A prisão desses incautos tem que se dar dentro do processo legal com o julgamento transitado em julgado.

Mesmo sendo bandidos incontestes, como no caso, a lei precisa prevalecer!
Lembrando que a Lava Jato está por trás da prisão dos deputados fluminenses, através da Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Operação Lava Jato (17).


Paulo Ramos, deputado do PSOL, que foi um dos elaboradores de nossa Constituição de 1988, inclusive na ocasião recebendo nota 10 do DIAP, votou agora contra a prisão ilegal dos parlamentares.  Erro imperdoável cometeria Paulo Ramos, como autor da nossa Carta Magna, se votasse contrariando seu preceito.

Eles prendem para, depois, achacar...

Ninguém comenta mais acerca de juiz e procurador da Lava Jato que, através de negociação de delação premiada, colocam os maiores corruptos do país   para pagar sua penas em casa, verdadeiros clubes de lazer, construídos com dinheiro da corrupção (5).
Mesmo com o advogado da Odebrechet, Tacla Duran, dizendo que foi procurado pelo advogado Zucoloto, compadre de Moro e ex-sócio de sua esposa, Rosangela Moro, pedindo propina, pois falava em nome da Lava Jato, para negociar  delação premiada, que, outras benesses, daria a Tacla a prisão domiciliar.  E o pior foi que a revista Veja, com base em informação da Receita Federal, publicou que Duran fez depósito na conta da mulher de Moro, Rosangela Moro (10,11).

E, enquanto mandam prender governadores, deputados, e senadores, ao arrepio da lei, nossos juízes e procuradores fazem lobby no Congresso Nacional para que juízes e procuradores fiquem de fora do crime de responsabilidade (14,15).

Tudo em nome da justiça!


Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2017. 

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

Meus endereços eletrônicos:
http://emanuelcancella.blogspot.com.


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