por Emanuel Cancella

No dia 10/05/17, diretamente da República de Curitiba, o juiz Sérgio Moro apresenta o espetáculo máximo
de sua obra: O interrogatório de Lula.
Sem transmissão ao vivo pela Globo, depois do fracasso midiático
do procurador Dallagnol, coordenador da força tarefa da Lava Jato, na “famosa”
apresentação do powerpoint, quando disse, ao vivo, na Globo, sem provas mas com
convicção, que Lula era o comandante máximo da corrupção na Petrobrás.
Depois das tentativas frustradas, através de delações muito suspeitas
de réus, que sabem que só terão suas
penas diminuídas na condição de acusar Lula, Moro persiste na saga de dar a
Lula a titularidade da propriedade do sítio em Atibaia e do triplex em Guarujá.
Além dessas delações condicionadas, valem como prova também
os pedalinhos, barco sem motor, “101” idas de Lula ao sítio, dois tíquetes de pedágio
e por último a afirmação do ex-diretor
da OAS de que o triplex estava 'reservado' para Lula. A única novidade que Moro
poderia apresentar, nesse interrogatório, seria a escritura dos imóveis em nome
de Lula!
Moro tem sofrido reveses nesses últimos dias: O ministro do
STF, Gilmar Mendes mandou libertar Jose Dirceu. Para quem não sabe, Moro
participou do julgamento e da prisão de José Dirceu no “Mensalão”, como
assistente da ministra Rosa Weber, cuja prisão foi com base no seguinte
parecer: “Não tenho prova cabal contra Dirceu, mas vou condená-lo porque a
literatura jurídica me permite”. Contaram com a mídia para convencer a
sociedade de que estariam fazendo justiça.
Só a titulo de curiosidade, no mensalão, assim como na Lava Jato,
nenhum tucano foi preso, apesar das inúmeras denúncias na Petrobrás envolvendo o
ex-governador Aécio Neves, sete vezes delatado, além de outros tucanos, principalmente
envolvendo o governo de FHC e até o seu filho (2). O mensalão tucano foi anterior ao do PT e prescreveu sem julgamento.
E agora o também tucano, Pedro Parente, promove uma
liquidação vendendo ativos da Petrobrás sem licitação e por valor pífio, como é
o caso do campo de Carcará do pré-sal, vendendo a preço de um refrigerante o
barril. A justiça concedeu liminar suspendendo o negócio! Moro se cala mesmo
sendo denunciado formalmente, por mim, em novembro de 2016, ao MPF, por omissão
porque permite os negócios suspeitíssimos de Pedro Parente na Petrobrás(3). O
MPF, da mesma forma omissa, além de não questionar a Lava Jato, ainda me intima, em dezembro de 2016, a pedido
do juiz Sérgio Moro, acusando-me de possível
crime contra Moro, no caso, estaria atingindo a honra de funcionário público. E o
bota-fora na Petrobrás continua (6)!
Agora, para stress do juiz chefe da Lava Jato, a denúncia na
APAE’s do Paraná: “Caso de corrupção envolve esposa de Sérgio Moro (1)”
Segundo a revista Pragmatismo: “Ciro
Gomes diz que Sergio Moro já estaria preso se fosse juiz nos EUA (4)” O
problema é que o juiz Moro conta com irrestrito apoio do governo estadunidense
e não é por acaso:
Moro convocou os procuradores americanos para investigar a
Petrobrás; mandou os corruptos da Petrobrás testemunharem contra a Petrobrás em
tribunais dos EUA, prejudicando a empresa e o Brasil, em favor dos gringos;
Moro foi exaltado pelas principais revistas americanas como
Fortune e Time, esta última lhe concedeu até um prêmio.
A acusação inventada contra a Petrobrás, nos tribunais
americanos, é de que a corrupção teria sido o motivo da queda do preço das
ações da Petrobrás. Entretanto o mundo sabe que o preço das ações, de todas as
petroleiras do mundo, incluindo a Petrobrás, foi por conta do conluio do governo
da Arábia Saudita e dos EUA. Eles aumentaram a oferta de petróleo no mercado
mundial, resultando assim na queda de U$ 140 para U$ 30, o barril. Isso para
prejudicar os países produtores, principalmente a Rússia, Irã, Venezuela e
Brasil.
Fica aí a sugestão aos brasileiros, enquanto aguardam o interrogatório
de Moro e Lula, lerem o livro A outra Face do juiz Sérgio Moro, cuja venda está
disponível nos seguintes endereços, isso para conhecerem mais sobre esse grande
espetáculo (5)!
Fonte: 1 - https://correiodaamazonia.com/caso-de-corrupcao-envolve-esposa-de-sergio-moro/
Rio de Janeiro, 06 de maio de 2017.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, integra a
coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP),
sendo autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o
Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido
livremente)
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