por Emanuel Cancella
As críticas ao processo de privatização de FHC foram tantas.
Suas irregularidades e falcatruas estão sabiamente postas no livro Privataria
Tucana. E diante desse antro de corrupção, nenhuma CPI e nem operação da
Polícia Federal investigaram os negócios escusos de FHC.
Por quê será? E eu mesmo respondo: FHC faz parte da elite de
brasileiros que trabalham para a entrega de nosso país, e para retornarmos a
ser quintal dos EUA, por isso não foi investigado nem nunca será. Em
conluio com FHC estão MPF, STF PGR e Policia Federal, instituições que hoje
dizem querer acabar com a corrupção, quando na verdade trabalham para a entrega
da Petrobrás. A bem da verdade existe resistência ao golpe no MPF e na Policia
Federa mas a cúpula esta totalmente comprometida com o governo golpista e as
sua propostas.
Não poderiam entregar a empresa com a mandatária do país
sendo Dilma. Então decidiram desmoralizar a empresa e derrubar a presidente
Dilma, que jamais deixaria os abutres no pré-sal. E para isso nada melhor que
uma investigação, apresentada tipo realities show, com insinuações mentirosas
sobre a presidente e diminuindo a empresa.
Caso quisessem acabar com a corrupção seria só prender os
corruptos, sem tornozeleiras, e na prisão. Pois é, a Lava Jato convoca os
procuradores estadunidenses para investigar a Petrobrás, mandam os corruptos da
empresa testemunharem contra a Petrobrás em tribunais americanos, e deixam o
tucano Pedro Parente arrasar a Petrobrás.
Pedro Parente vai além da Privataria Tucana, já que na época
de FHC pelo menos, realizava-se licitação, ou seja, várias empresas concorriam
e colocavam valores diferentes e vencia ou deveria vencer a melhor proposta,
técnica e financeiramente. Apesar de muitíssimo duvidosas as licitações de FHC,
pois a Vale do Rio Doce foi vendida por um preço ridículo considerando que era
a maior mineradora de ferro do mundo. Na verdade os petroleiros não concordam
com a venda de ativos de forma nenhuma pois a Petrobrás é uma empresa integrada
de energia essa é a razão de seu sucesso, não aceitamos a sua desintegração.
Com Pedro Parente a coisa é muito pior, vai sem licitação
mesmo, é ele quem escolhe para quem e por quanto vender os ativos da Petrobrás,
conseguidos por décadas pelo povo brasileiro, resultando num verdadeiro feirão,
sendo os principais: o maior e mais rico duto da Petrobrás, a malha do sul da
NTS, está sendo “vendido” à canadense Brookfield, ninguém sabe como;
o campo gigante de Carcará, do pré-sal, está sendo “vendido”,
sem licitação, ao preço módico de um refrigerante o barril, à norueguesa
Statoil.
E ainda, Pedro Parente ainda anuncia a venda da BR,
refinarias, fábricas de fertilizantes e de biocombustíveis.
O jurídico da Federação Nacional de Petroleiros conseguiu
duas importantes liminares que barram a venda dos dutos da malha do sul e da
petroquímica da Suape.
Além de ser sem licitação e ação entre amigos, há mais um
agravante que desmoraliza ainda mais os negócios de Pedro Parente: ele próprio
é réu em ação que questiona a venda de ativo, no governo de FHC, quando ele era
o presidente do Conselho de Administração da Petrobrás (1).
O chamado “Petrolão”, investigado pelo Lava Jato, virou troco
em relação aos valores dos negócios de Pedro Parente. E a Lava Jato, que nunca
investigou o governo do tucano FHC, na Petrobrás, também não investiga a gestão
do também tucano, Pedro Parente na Petrobrás.
E não venham dizer que o petroleiro ficou calado diante desse
quadro. Mesmo a direção do Sindipetro-RJ sendo interpelado pelo Pedro Parente e
por sua diretoria, principalmente em relação às criticas ao campo de Carcará,
os diretores têm mantido posição critica a seus negócios. E foram além,
formalizaram, em novembro de 2016, denúncia ao MPF sobre omissão da Lava Jato
em relação à gestão de Pedro parente, até hoje sem resposta (2).
Pior, o MPF, através do juiz Sérgio Moro, intimou o autor da
denúncia por possível ofensa ao servidor público. Quer dizer, além de a entrega
vergonhosa continuar a correr de vento em popa ainda quem denuncia é que
é processado (3)!
Ninguém na sociedade contrataria um Lava Jato que limpa só a
metade do carro?
Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2017
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação
Nacional dos Petroleiros (FNP) e autor do livro “A outra face de Sérgio
Moro”
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário