por Emanuel Cancella
Os
tucanos venderam, no governo de FHC, a maior mineradora de ferro do mundo a um
preço negativo. Agora estão fazendo o mesmo com o nosso ouro negro!
Como
fizeram na Privataria Tucana, a estratégia é primeiro depreciar e depois vender.
Assim estão fazendo agora também com a Petrobrás! Quase dois anos de notícias
negativas, via Lava Jato, onde o premiado da Globo, Juiz Moro, vaza notícias sempre contra a Petrobrás, principalmente para
a Globo.
Agora,
um dia depois de o Congresso Nacional aprovar a entrega do pré-sal, através da
lei 4567/16, o tucano Pedro Parente, presidente da Petrobrás, apresenta esse
balanço.
Segundo
a média das estimativas, de dez consultados pela agência Reuters, a maioria
esperava um lucro de R$ R$ 1,517 BI. Assim como os analistas consultados pelo
jornal Valor Econômico também a maioria esperava lucro. Entretanto o balanço da Petrobrás
aponta um prejuízo de R$ 16,5 BI (2)!
É
muito suspeito esse balanço! Não somente pelas análises feitas pela maioria dos
economistas, mas chama atenção, por exemplo, a revisão de ‘valores de bens e
negócios’ que teve um impacto negativo de R$ 15,7 BI, pois se não fosse isso a
estatal teria tido lucro(2).
A
turma do Parente vendeu o campo gigante do pré-sal de Carcará, a preço de um
refrigerante o preço do barril, quando o preço no mercado internacional do
Barril é de U$ 50. Foram esses vendilhões do campo de Carcará que fizeram a
revisão dos ‘valores de bens e negócios’?
E
depois o Pedro colocou o custo de seu Programa de Demissão Voluntária – PIDV no
balanço, o que, na prática, joga a conta para os trabalhadores petroleiros, já
que, diante desse resultado negativo do balanço, vamos ficar, mais uma vez, sem
participação nos lucros, previsto na lei 10.101/10. Os petroleiros, além de
perder os empregos na demissão voluntária, vão pagar o custo do Programa?
No
governo de FHC, aliados à mídia principalmente a Globo, os entreguistas
comparavam a Petrobrás a um paquiderme e chamavam os petroleiros de marajás, na
tentativa também de depreciar a empresa para depois vendê-la. Mesmo assim eles
não conseguiram privatizar a Petrobrás! Agora eles usam o combate à corrupção
para manchar a imagem da Petrobrás e possibilitar a sua entrega aos gringos.
Tanto
que a intenção é destruir a empresa que o juiz Sérgio Moro, que chefia a
operação Lava, além de vazar notícias negativas, o tempo todo, ainda chamou os
procuradores americanos para investigar a Petrobrás, o que na verdade é a
legitimação da espionagem. Por conta disso, a companhia está fazendo desembolsos por “acordos de ações judiciais contra empresa nos
EUA”. Isso também impactou o balanço contábil (1).
Esse
mesmo juiz não mandou nossos procuradores investigar a Chevron, petroleira
estadunidense, denunciado pelo Wikleaks na troca de correspondência entre a
Chevron e o então candidato à presidência em 2009, José Serra. Serra prometia
favores a Chevron em prejuízo da Petrobrás (3).
Os
corruptos da Petrobrás são punidos apenas com uma tornozeleira eletrônica e
pagando suas penas em casa, verdadeiros clubes de lazer, construídos com
dinheiro da corrupção. Agora o juiz, Moro ainda está mandando tirar a tornozeleira
dos corruptos da Petrobrás. Quer dizer
que o prejuízo fica somente com a imagem da Petrobrás que esses ladrões
mancharam? Isso é combate à corrupção? Parece mais combate à Petrobrás!
O
que desmoraliza também a Lava Jato é que eles não estão investigando os
negócios muito suspeitos na Petrobrás, na gestão de Pedro Parente, como a venda
do Campo de Carcará sem licitação e a preço aviltado. Muito menos a venda da
malha de dutos do Sudeste, que depois vamos pagar para usar. E nem esse balanço
da Petrobrás altamente suspeito!
A Lava Jato, caso quisesse realmente acabar
com a corrupção, e não com a Petrobrás, não blindaria o governo tucano de FHC
na Petrobrás, mesmo diante de uma enxurrada de denúncias. E ainda continua a
blindar também os negócios atuais do tucano Pedro parente na Petrobrás!
Fonte:
1 - ADVEFN newsletter
Rio de Janeiro, 11 de novembro de
2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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