por Emanuel Cancella
Na verdade, muitos desses juízes são próximos de empresas
picaretas como essa que bancou o encontro, achacadores dos cofres públicos e
também carrascos dos trabalhadores!
O petroleiro foi a única categoria que deu cartão Vermelho
para o TST. Isso foi em 1994, quando o TST julgou nossa greve abusiva e
estipulou multa de R$ 100 mil reais por dia de greve. Continuamos a greve à
revelia do Tribunal e fomos além, demos cartão vermelho ao TST. Tivemos
cem petroleiros demitidos nessa greve e pagamos a multa pela ‘desobediência’ ao
TST. Depois reintegramos todos os demitidos e, através da Justiça, pegamos todo
dinheiro da multa de volta.
Mas abusivos mesmo são os salários e as benesses recebidos
pelos tribunais: sem greve eles ‘conquistaram’ auxílio moradia e educação, num
montante de quase dez salários mínimos por mês. Ainda pleiteiam, na justiça,
esses auxílios retroagindo a 1988. Isso também é estendido aos
procuradores. Pasmem, dois ministros, aposentados do STJ, receberam em
setembro, em salários, R$ 1 milhão.
“Setembro é considerado o mês das flores. Mas no STJ é o mês
do Papai Noel. O bom velhinho, três meses antes do Natal, em 2014, chegou com
seu trenó recheado de reais. Somente a dois ministros aposentados pagou quase 1
milhão de reais. Arnaldo Esteves Lima ganhou R$ 474.850,56 e Aldir Passarinho,
R$ 428.148,16 — os dois somados receberam o correspondente ao valor da
aposentadoria de 1.247 brasileiros (1).”
E vem do presidente do TST, Ministro Ives Gandra da Silva
Martins, a tese de que o negociado se sobrepõe ao legislado. Ou seja,
férias, 13°, jornada de trabalho, tudo pode ser negociado. E que ninguém pense
que o patrão vai mandar pagar duas férias, dois 13° ao trabalhador. Eles querem
ferrar o trabalhador e o aposentado.
Esses juízes pagam bem aos seus parceiros “capa preta’
entretanto querem escravizar o trabalhador.
Além disso, a Operação lava Jato, que é chefiada pelo juiz
Sérgio Moro, com sua investigação, paralisou, de forma desnecessária, várias
obras no país e com isso acarretou a demissão de mais de hum milhão e
quinhentos mil trabalhadores. Se esses juízes e procuradores da Lava Jato
quisessem, poderiam punir os donos das empresas e deixar continuar as obras
para que não houvesse demissões. A lei de leniência permite que isso aconteça!
Os EUA, onde estudou o juiz Moro, fizeram isso na crise de 2008, mas aqui esses
juízes e procuradores se lixam com os trabalhadores.
Agora a Lava Jato mandou tirar a tornozeleira do maior
picareta da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que pagava sua pena em casa, ou
seja, esse picareta sujou a imagem da Petrobrás e agora está livre, leve e
solto (5) e cheio da grana. Que justiça é essa?
Mas se a Lava Jato não se preocupa com o desemprego,
entretanto gosta muito de dinheiro, pois, mesmo contra a orientação do STF,
está embolsando 10% dos contratos de Leniências (2).
Como se não bastasse, os juízes não aceitam o contraditório,
já que puniram o juiz Siro Dalan, que se opôs ao auxílio educação, e estão em
retaliação fazendo uma campanha de difamação contra ele(3).
Diga com quem tu andas e eu direi quem tu és! Uma empresa
picareta bancou o Congresso de juízes: O VI Encontro Nacional de Juízes
Estaduais, no Arraial D’Ajuda Eco Resort, anunciou a presença da presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia; de seu antecessor, Ricardo
Lewandowski, que fez a abertura; e do juiz Sérgio Moro, que organizou um “talk
show” com um colega italiano que atuou na Operação Mãos Limpas (4).
Na verdade, grande parte desses juízes são aliados de
bandidos, como o medico estuprador, Roger Abdelmassih, de Daniel
Dantas, o “banqueiro ladrão , assim denominado pelo delegado Protogenes
Queiroz, e de empresas que praticam picaretagens como essa que bancou ‘O
encontro de juízes’. Na verdade, muitos desses juízes são próximos de empresas
picaretas como essa que bancou o encontro, achacadores dos cofres públicos e
também carrascos do trabalhadores!
5 -
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/11/paulo-roberto-costa-deve-retirar-tornozeleira-nos-proximos-dias.html
Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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