domingo, 10 de janeiro de 2016

Vazou geral – para livrar a cara do Aécio Neves

por Emanuel Cancella
O Moro já tinha nos brindado com a indústria das delações premiadas, agora apresenta um novo produto, a “indústria dos vazamentos”. Antes era vazamento por semana, agora é por dia, daqui a pouco será por hora.  
A República brasileira vai se transformando na República dos vazamentos, agora atingindo todo mundo. Parece-me com aquela jogada de vazar o nome de todos para não se fazer nada a ninguém. Antes, bastava o delator citar o nome de alguém, já era suficiente para a pessoa ter seu nome escancarado na Globo e ser trancafiado. Agora tudo mudou!  O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, disse que, depois do recesso, iria analisar a denúncia envolvendo o senador Aécio Neves. E , até agora, nada!
Se o PGR mandar arquivar a denúncia contra Aécio, citado duas vezes só na Lava Jato, temos que organizar um abaixo- assinado, não aquele das dez medidas de combate à corrupção proposto pelo Ministério Publico, mas vamos fazer uma para fechar o MP, pois não presta para nada.
O dono do vazamento Brasil, o juiz Sérgio Moro  ainda joga na lama a Polícia Federal! A PF não precisava, e nem pediu verba, e ele usou o nome da instituição, em mais um vazamento para a Globo para desgastar o governo, alegando falsamente que a operação Lava Jato estava ameaçada por falta de verba.  
E o Eduardo Cunha está no CTI, mas por conivência, parcimônia ou conluio de nossas autoridades, continua a agir como “um macaco na cristaleira”. O que justifica sua permanência, como presidente da Câmara e com tanto espaço na mídia, apesar de sua extensa ficha corrida, mais que comprovada?
Fica aí a pergunta para nossas autoridades, principalmente o MP, que é o fiscal da lei. Vazamento de delação é instrumento jurídico? Se não é, quem vai fechar os vazamentos?
Colocaram um dispositivo que diminuiu um pouco os vazamentos, que é a lei do “Direito de Resposta”. Inclusive houve retratação da Globo e da Folha, e o ministro do STF, Dias Toffoli, suspendeu esse direito. Lembremos que Dias Toffoli é o mesmo que foi citado nas gravações do filho de Ceveró, junto com Gilmar Mendes, quando se falou que esses ministros poderiam facilitar, através de habeas corpus, a fuga de Ceveró para o Paraguai. Pare que não reste nenhuma dúvida essa foi a fórmula que Gilmar Mendes usou para libertar o médico estuprador, Roger Abdelmassih. Dias Toffoli, quando mandou suspender a lei do Direto de Resposta, com certeza estimulou a indústria do vazamento seletivo.  
No vazamento da Lava Jato, dirigido pelo Moro, fora os tucanos, não escapa ninguém! Qualquer outro, o Papa ou Jesus Cristo, podem virar manchete na mídia e principalmente na Globo!

Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2015 

OAB/RJ 75 300              
               
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.



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