por Emanuel Cancella
Vox Populi: “Lava Jato cansou...”
Os petroleiros ficaram tranquilos com
a investigação na Petrobrás, inclusive, de forma sintomática, durante a operação,
melhoraram todos os indicadores da companhia: aumentaram a capacidade de refino;
na produção de óleo, levaram a Petrobras ao primeiro lugar no mundo, ultrapassando
a petroleira americana Exxon Mobil e ainda ganhamos, da OCT, pela terceira vez,
o “Oscar” da indústria do petróleo. E o pré-sal, que os críticos diziam que
estava dormindo no fundo mar, já produz um milhão de barris por dia, o
suficiente para abastecer juntos todos os países do Mercosul.
Os petroleiros, os primeiros
responsáveis pela Petrobrás, têm que repetir isso várias vezes, pois para
divulgar o prêmio da OCT, a Petrobrás teve que comprar, a peso de ouro, duas páginas
de o Globo. Entretanto, de graça, a mídia fala mal toda hora da Petrobrás.
“Se a Petrobrás melhorou todos os
indicadores, a Lava Jato vem ladeira abaixo na credibilidade com os
brasileiros. Segundo o Viomundo, 29/1: “Em pesquisa do
Instituto Vox Populi de dezembro de 2015, apenas 24% dos entrevistados disseram
manter o mesmo elevado interesse do início da Lava Jato, taxa idêntica àquela
dos que “não têm qualquer interesse pelo assunto e nunca tiveram”. Outros 18%
afirmaram que “tinham muito, mas agora a acompanham sem interesse”, enquanto
10% responderam que “tinham muito, mas perderam completamente o interesse”.
Entre os restantes, 21% “nunca tiveram grande interesse e assim permanecem” e
3% “nunca ouviram falar” no assunto.“
Até dá para entender os baixos índices de aprovação
do governo Dilma, porque a mídia fala mal dela, o tempo todo. Mas a Lava Jato está ladeira abaixo, segundo
opinião pública, mesmo com apoio irrestrito da mídia, inclusive recebeu até prêmios
da Globo e, muito estranhamente, até do governo dos EUA.
Como, segundo os procuradores, a
Lava Jato vai durar pelos próximos 3 anos, por coincidência o tempo que resta
do mandato da presidente Dilma, há algumas sugestões a serem feitas,à própria
Lava Jato, para buscar resgatar a credibilidade da Operação junto a sociedade: saber
quanto ganha a mulher do juiz Sérgio Moro, como advogada contratada do PSDB do
Paraná. Pode ser que ela trabalhe de graça para os tucanos! Justamente o PSDB, o
principal partido de oposição, e que tentou privatizar a Petrobrás, quando foi
governo. Seria só coincidência a Lava Jato investigar a Petrobrás e ser chefiada
pelo marido da advogada do PSDB?
Depois queremos saber quanto o
banqueiro do BTG, André Esteves, pagou, em dinheiro, para ter acesso à delação
vazada do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Ceveró. O banqueiro teve acesso à
delação de Ceveró, antes do STF, o que torna a denúncia mais grave ainda,
segundo o Globo de 30/1. Não podemos esquecer que o delegado da PF, Protogenes
de Queiroz, foi expulso da polícia e condenado em processo porque vazou
detalhes do processo do banqueiro que mandou prender, Daniel Dantas, aliás, o
delegado foi expulso mas o banqueiro conseguiu dois habeas corpus, do ministro
Gilmar Mendes em menos de 24 horas e foi solto.
Vazamento de processo da justiça é coisa grave, que o diga o delegado
Protogenes. Mas a Lava Jato, de forma seletiva, vaza toda semana, e não
acontece nada, aliás, acontece sim, pois segundo o resultado da pesquisa do Vox
Populi, cada vez mais a lava Jato entra no descrédito com a sociedade!
Para melhorar o desempenho da Lava
Jato eles poderiam contratar um marqueteiro ou um ambusdman para buscar uma sintonia
com o sentimento popular.
Blindar os parlamentares do PSDB,
como Antonio Anastasia e Aécio Neves, esse duas vezes citado na operação, não
investigar a corrupção do governo de FHC, na Petrobras, mesmo ele confessando
em seu livro, isso parece um tiro no pé! Ao invés disso, a operação prioriza a
investigação de supostos envolvimentos da nora, do filho, do amigo, do
apartamento e o sitio que não é de Lula, e o barco sem motor de dona Marisa,
esposa de Lula. Assim a Lava Jato não dura três anos!
Rio de Janeiro, 31 de janeiro de
2015
OAB/RJ
75 300
End.: Praia do Flamengo nº 100,
apto. 905, CEP
22210-030;
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
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