por Emanuel Cancella

Quem
conhece a história de todos os procuradores que compõem a força- tarefa da Lava
Jato não confia neles!
O blog Brasil 247, de 17/01/2016,
notícia que a Lava Jato prevê mais três anos de investigação na Petrobrás. Chama
atenção esse período porque são justamente os três anos que restam do mandato da presidente Dilma. A idéia
é infernizar o governo Dilma, e depois vão parar a investigação? Vamos voltar à
era do Engavetador Geral da República, Geraldo Brindeiro, que, indicado por FHC, nada investigava e tudo engavetava?
Os procuradores da força
tarefa da Lava Jato, no governo de FHC, autodenominavam-se como “Tuiuiús”. Faziam,
na ocasião, oposição sistemática ao PGR, e, como não conseguiam investigar nada,
compararam-se ao tuiuiú, um pássaro do
pantanal que não consegue levantar vôo.
Entretanto, hoje a força
tarefa da Lava Jato blinda os tucanos, principalmente os senadores Antônio Anastasia
e Aécio Neves, este delatado duas vezes. Como também o governo de FHC, na Petrobrás,
mesmo com uma enxurrada de delações, com a que envolve 100 milhões de propina
nos negócios com a petroleira argentina e a compra de votos para sua reeleição.
A certeza da impunidade é tanta, que FHC reconhece a corrupção na Petrobrás, em
seu governo, em seu próprio livro “Diários da Presidência” .
Realmente, a força tarefa da
lava jato, os “Tuiuiús”, se converteram em tucanos!
Sem esquecer que os
delegados que compõem a força tarefa da Lava Jato fizeram campanha para Aécio
Neves, inclusive chamando Lula e Dilma de “anta”.
Hoje, nos governos do PT,
todos podem investigar: Justiça, MP, PF e STF. Não adianta o juiz Sérgio Moro
mentir, dizendo que faltava dinheiro e
que isso ameaçava a Lava Jato. Bem como agora, quando o PGR, Rodrigo Janot,
recorre ao STF para barrar os cortes no orçamento do MP. Como está faltando
dinheiro se a Procuradoria Geral da República vai instalar um controle
biométrico de portaria, para garantir a segurança de suas excelências, os
procuradores, pela bagatela de R$ 6,2 milhões? Na brilhante definição, feita em
2014, pelo então presidente do TRE do Rio de Janeiro, Bernardo Garcez, foi uma brilhante solução para um problema
inexistente.
Será que é esta preocupação
que está impedindo Janot de analisar a
denúncia contra Aécio Neves, pois ele
ficou de fazer isso depois do recesso, e o recesso acabou em 6/1, e até agora
nada!
E a mídia, que hoje vaza
mais de uma delação por dia, calava-se na época do PGR engavetador!
A sociedade e os petroleiros
exigem que a Petrobrás e todas as empresas sejam investigadas, permanentemente,
não é só por três anos, e também não pode ser em um só governo. Iisso é papo de picaretas
conspirador! Os petroleiros, durante as investigações da Lava Jato, melhoraram
todos os indicadores da companhia. Que venham mais investigações e que todos os
corruptos e corruptores sejam presos e devolvam o dinheiro roubado!
Pergunta que não quer calar.
Por que justiça não investiga a mídia envolvida na corrupção do swissleakes, que
são as contas no banco HSBC na Suiça para lavagem de dinheiro, envolvendo
(Globo, Band, Folha, Editora Abril responsável pela revista Veja, o grupo RBS
etc)?
E o escândalo conhecido como
zelotes, que envolve valores oito vezes maiores que o da Petrobrás, e a
investigação está praticamente zerada?
E o escândalo do metrõ de
são Paulo que demorou mais 20 anos para
chegar aos executivos da empresas. Quantas décadas vão ser necessárias para
chegar aos governadores tucanos, os principais responsáveis?
E para desmoralizar mais a
justiça, o MP, a PF e o PGR, o deputado
Eduardo Cunha continua presidente da Câmara dos Deputados e ainda fazendo
escárnio com a justiça e o PGR, Rodrigo Janot.
Não podemos tapar o sol com
peneira! Queremos uma justiça célere contra todos os
corruptos, independente de partido, de empresa ou de governo. Isso a Lava Jato deve a sociedade!
Ah! Mas para aqueles que, inocentes, que acreditam
que a Lava Jato vá chegar ao PSDB, é só verificar que o mensalão tucano, bem anterior
ao do PT, passados mais de 17 anos, está prescrevendo sem julgamento.
Rio de Janeiro, 17 de janeiro de
2015
OAB/RJ
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Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
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