quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Papo de bar III com Cancella

por Emanuel Cancella



A recente história tem mostrado que os problemas políticos do Brasil só se resolvem nas ruas! E os tiranos estão nos chamando! Com a campanha O petróleo é Nosso!, o resultado foi a criação da Petrobrás e do monopólio estatal do petróleo; das Diretas Já!, em 1983/4, saíram garantidas as eleições diretas para presidente; o povo do Rio nas ruas derrubou o decreto do governador Sérgio Cabral que mandava derrubar o museu do índio, o estádio Célio de Barros e o parque aquático Júlio Delamare, além de congelar tarifas de ônibus e luz; os estudantes de São Paulo, com as ocupações de escolas, obrigaram o governador Geraldo Alckmim a suspender a reorganização, continuam com as ocupações, e querem o cancelamento. Só o povo nas ruas vai botar Eduardo Cunha na cadeia e barrar o impeachment!

Que justiça é essa que quebra o sigilo bancário e fiscal do filho de Lula e de Gilberto Carvalho ex-ministro e ex-chefe do gabinete de Lula. Suspeitam, sem qualquer fundamento, na operações Zelotes, que Lulinha e Gilberto Carvalho participaram da compra de medida provisória no governo de Lula e Dilma, mas deixam de fora a Globo, Band, Folha e Veja, o Grupo RBS, que sonegaram bilhões já comprovados!  Essa mesma justiça também nada faz em relação à delação premiada do ex diretor da Petrobrás Nestor Ceveró, que disse que o senador Delcídio recebeu propina da Alston multinacional francesa, no governo de FHC. E ainda FHC vem a público dizer que isso foi um caso isolado, sem contar que ele já tinha admitido em livro a corrupção em seu governo. Mesmo sendo denunciados em delação premiada os tucanos FHC, Aécio Neves, Antonio Anastasia, José Serra,  e outros, ficam de fora de investigação. Não gastam nem dinheiro com advogados, tem a seu permanente favor o PGR, Policia Federal, Justiça e Ministério Público federal!

A Petrobrás fez a maior capitalização do Planeta em 2010, R$ 120 bilhões. A Operação Lava Jato começou a investigar a Petrobrás em março de 2014. Em 2015, a Petrobrás vendeu em Nova York, de forma relâmpago, US$ 2,5 BI em títulos para serem resgatados em 100 anos. Durante a operação Lava Jato a Petrobrás, através de seus funcionários, melhoraram todos os seus indicadores. Aumentou a capacidade de refino. Tornou-se a primeira produtora de petróleo no mundo, passando a Americana Exxon Mobil. Ganhou pela terceira vez o Oscar (OTC) da indústria do petróleo. Isso para mostrar que a empresa e seus empregados não temem a investigação de corrupção, muito pelo contrário, querem todos os corruptos e corruptores na cadeia. O pré-sal, que os críticos diziam que estava adormecido no fundo do mar, já produz um milhão de barris de petróleo por dia, o suficiente para abastecer todos os países juntos do Mercosul. As resevas de petróleo da Petrobrás somadas ao pré-sal alcançam mais de 100 bilhões de barris. Contabilizada em dólares, considerando o barril a US$ 50, a União possui mais de US$ 5 trilhões, isso é varias vezes o nosso PIB e bem maior que as reservas cambiais em dólar da China, de US$ 3 trilhões a maior do mundo. A corrupção, alardeada e inflada pelos opositores da companhia, principalmente a força tarefa do Lava Jato, chega a 0,13% das reservas da companhia, isso sem considerar os valores das refinarias, plataformas, dutos, terminais, navios etc. É claro que o que foi desviado precisa ser devolvido e os corruptos presos, mas a Petrobrás precisa continuar, porque é gigante e está longe de ser uma empresa falida. Interessante que o mundo exalta a Petrobrás e seus inimigos internos, os piores, querem desmoralizá-la! Na verdade o que eles querem é desvalorizá-la para vendê-la barato como fizeram com a Vale do Rio Doce!

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2015 

OAB/RJ 75 300              
               
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.



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