por Emanuel Cancella
Os negócios do Lava Jato se expandem,
primeiro criaram a indústria da delação premiada; e os vazamentos, antes exclusivos da mídia, agora viraram negócio
de banqueiro!
A
operação lava Jato, que investiga a corrupção na Petrobrás, dividiu opiniões. Pessoas
de renome declararam apoio ao juiz chefe da operação, Sérgio Moro, entretanto dirigentes
da Federação Nacional do Petroleiros e do Sindipetro-RJ, de pronto, denunciaram
a operação e tornaram público o descrédito na Lava Jato, chegamos a fazer o
enterro simbólico da operação na Cinelândia no Rio de Janeiro.
Isso
com base em fatos: Primeiro essa operação não apura nada que atinja os tucanos,
mesmo com provas irrefutáveis contra Aécio Neves, em Furnas, e a era FHC na
Petrobrás. Segundo porque a esposa de Moro é advogada do PSDB e de petroleiras estrangeiras
concorrentes da Petrobrás. E terceiro a absurda convocação da Lava Jato de
procuradores americanos para ajudarem na investigação de corrupção na Petrobrás,
justamente os americanos que são a maior ameaça ao nosso pré-sal.
Sabemos
disso pela denúncia do Wikeleakes, quando interceptou telegrama trocado entre a
executiva da petroleira americana Chevron e o então candidato derrotado em 2009
à presidência, o tucano José Serra. Que
agora tenta através da PLS 131/15 de sua autoria entregar o pré-sal as
multinacionais em especial a Chevron.
Até
porque os EUA só têm petróleo para três anos e participam de guerra no mundo
todo atrás de ouro negro. Aliás, o governo de Fernando Henrique Cardoso tentou
privatizar a Petrobrás e teve apoio da Globo que, em campanha na mídia,
comparou a Petrobrás a um paquiderme e chamou os petroleiros de Marajás. E a
Globo deu o título de personalidade do ano ao juiz Moro.
Muitos
juristas criticaram ao que chamaram de “Indústria de Delações da Lava Jato”,
instalada na Superintendência da Polícia Federal no Paraná. Além da multiplicação
das delações a Lava Jato se especializou em vazamentos para mídia principalmente
para a Globo, que parece um reality show. O descrédito por parte da sociedade a
esses vazamentos é que a própria Operação corrigiu alguns erros como a da
cunhada que na verdade era a esposa do tesoureiro do PT manuseando a própria
conta; a do filho de Lula que teria recebido dinheiro do operador de propina do
PMDB, Fernando Baiano, e depois se viu que não era verdade.
Agora se descobre que o banqueiro preso, André Esteves, teve acesso à
delação premiada do diretor da Petrobrás, Nestor Ceveró.
Esse
banqueiro preso ofereceu um mensalão de R$ 50 mil a Nestor Ceveró para que não
o citasse na delação premiada. Alguém acredita que a operação Lava Jato vazou o
relatório de Ceveró de graça? É, os negócios do Lava Jato estão se expandindo,
criaram a indústria da delação premiada e agora, através dos vazamentos, que
era exclusividade da mídia, virou negócio de banqueiro!
Que
fique bem claro que os petroleiros incentivam qualquer investigação que tente realmente
acabar com a corrupção na empresa, mas não a Lava Jato. Aliás, durante a
Operação os petroleiros melhoraram todos os indicadores da companhia, a Petrobrás
ganhou pela terceira vez o “Oscar” da indústria do petróleo, e o pré-sal que
eles diziam que estava adormecido no fundo do mar já produz um milhão de barris
por dia o suficiente para abastecer junto todo o Mercosul. Essa operação, juntamente
com os tucanos e a Globo, engana o povo dizendo que quer moralizar o Brasil, mas
na verdade, só visa entregar a Petrobrás.
Fonte: Janot:
Acesso de Esteves à delação revela perigoso canal de vazamento http://www.valor.com.br/politica/4329670/janot-acesso-de-esteves-delacao-revela-perigoso-canal-de-vazamento
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do
Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos
Petroleiros (FNP).
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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