quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Globo que não conseguiu privatizar a Petrobrás no governo de FHC agora tenta com a Lava Jato

por Emanuel Cancella




A Globo, aliada ao governo de FHC, tentou privatizar a Petrobrás. Em campanha maciça na mídia comparou a Petrobrás a um paquiderme e chamou os petroleiros de marajás. Os ataques à empresa e à categoria foram tão violentos que os trabalhadores fizeram passeata até à porta da emissora para protestar.
A resposta da empresa e da categoria veio em 2006 com a descoberta do pré-sal. Além de abastecer o país há 62 anos de combustíveis, ininterruptamente; a Petrobrás, com os impostos que paga, responde por 80% das obras no país. E o Brasil é o segundo parque de obras do mundo, só perdendo para a China. Sendo a Petrobrás é responsável por milhões de empregos diretos e indiretos.
O pré-sal já produz sozinho hum milhão de barris de petróleo por dia, o suficiente para abastecer todos os países do Mercosul juntos. E a descoberta do pré-sal garante o nosso abastecimento nos próximos 50 anos no mínimo.
Se, no mundo, a disputa do petróleo se faz através de guerras e derrubadas de governo; aqui, Globo, PSDB e a Lava Jato fazem o jogo sujo de tentar manchar a imagem da Petrobrás, para, mais uma vez, tentar privatizá-la. O Juiz Sérgio Moro por “coincidência” recebeu o titulo de personalidade do ano da Globo e segundo muitos juristas a operação faz uma investigação seletiva.
A lava Jato produz notícias negativas que são, há mais de um ano e meio, divulgadas na mídia e principalmente na Globo. O senador tucano, José Serra, já  foi denunciado em 2009, quando candidato à presidência pelo Wikileaks, interceptando telegrama entre ele e a petroleira norte americana Chevron, cujo o teor era de entrega de nosso petróleo. Para nossa felicidade Serra perdeu as eleições!
Incansável na sua sanha entreguista, Serra apresenta agora a PLS 131 no Senado, cujo o conteúdo é de favorecimento a petroleira estrangeiras em especial a Chevron.
Os EUA que só têm petróleo para três anos, agora enquanto no pré-sal a Petrobrás faz nova descoberta de um mega campo, os americanos do norte abandonam a busca de petróleo no Alaska, não por questões ambientais, e sim por conta da ausência de petróleo.
Para que você que não acredita nessa trama da entrega do nosso petróleo, pergunta que não quer calar? Quem é o juiz, os delegados e os procuradores que compõem a força tarefa que comanda os escândalos conhecido com Zelotes, Swissleaks por exemplo? Esses escândalos são infinitamente em valores maiores que o Petrolão. Por que a falta de interesse em ouvir essas autoridades? O juiz Sérgio Moro e sua força tarefa, além de conhecidos, toda hora estão na mídia para falar mal da Petrobrás. A prioridade é o combate à corrupção ou destruir a imagem da Petrobrás? Essa turma não quer acabar com a corrupção no país, só quer entreegar a Petrobrás.

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 
Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2015 

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
              


             


Um comentário:

  1. O resgate da Petrobras e/ou “a ultima bala de prata”-II

    - A capitalização é uma melhor alternativa do que rifar/privaizar patrimônio nesse estado atual do mercado de baixa do petróleo (como querem fazer com a BR, Gaspetro, etc)
    - Pq não repetir a estratégia de 2010 da União pagar sua parte da subscrição com petróleo?
    - Se aproveitaria até mesmo para se fazer um acerto de contas sobre o excesso da cessão onerosa, que a Petrobras tem a pagar a União de uns 10 Bi e outro acerto de contas ainda sobre a capitalização de 2010 onde está prevista pague uma diferença pra a União até o final de 2015;
    - o medo de não se fazer uma nova subscrição seria uma suposta baixa de valor das cotações no mercado. Mas no atual estagio de preços, não tem muito espaço pra cair mais do que já caiu, certo?
    - outra questão é que conforme matéria anexas, o Sr Mercado já especula que a Cia não tem outra saída, logo ao entender a capitalização como uma salvação/ resgate da Cia, certamente o mercado reagirá positivamente a proposta, comprando todas as eventuais sobras nos atuais preço de banana da Cia!?!
    - na pior das hipóteses, se o Sr Mercado não aderir totalmente e houver sobras de subscrições, melhor pra União que aumentaria sua participação na Cia e o Sr Mercado seria diluído, certo?

    ....
    whatscall.com.br/petrobras-divida-bruta-chega-a-r-500-bilhoes-devido-ao-dolar-a-r-386-e-emissao-de-acoes-pode-ser-necessaria/

    “Será necessário captar R$ 112,3 bilhões (=R$ 206 bilhões – R$ 94 bilhões (=US$ 28,9 bilhões x R$ 3,26)).
    E essa captação seria via emissão de ações no valor citado, R$ 112,3 bilhões, para junto com o plano de desinvestimentos permitir a Petrobras voltar ao nível adequado às companhias de grau de investimento, ou seja, 2,5 de Dívida líquida/EBITDA.
    Concluindo, a partir dos cálculos acima, a Petrobras precisaria de uma captação de R$ 112,3 bilhões via emissão de ações para reduzir o endividamento para um nível adequado de companhias que tem grau de investimento. “
    =====

    A saída inevitável - Consultoria Impiricus
    “A mesma que defendo há dois anos: sem conseguir captar dinheiro via emissão de mais dívida, sem conseguir vender ativos, e sem prognóstico de geração caixa de forma consistente no curto e médio prazos, resta para a estatal emitir novas ações.
    Poxa, mas nesses preços da ação e com o dólar nestes níveis não seria uma privatização velada da companhia? Uma forma de entregar o “orgulho” nacional de mão beijada para os gringos?
    Não se a União participar do processo, de forma a não ter a sua participação diluída...
    Mas se o governo enfrenta um rombo fiscal e a União não tem dinheiro para aportar na companhia, o que ela pode fazer?
    Expediente conhecido, ela vai aportar o Oceano Atlântico na empresa, mais uma vez. E a empresa que se vire com a comprovação de reservas e os custos de produção.
    Vamos fazer assim: você aporta o seu dinheiro na Petrobras.
    E eu, governo, aporto prospectos de barris de petróleo potenciais que estão a 5 mil metros de profundidade.”

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