terça-feira, 16 de junho de 2015

Sérgio Moro, um juiz a serviço da Globo e do PSDB

por Emanuel Cancella

O juiz Sérgio Moro deve desculpas à sociedade com relação à presidente Dilma e ao ex- presidente Lula, pois saiu da operação Lava Jato a denúncia mentirosa, de capa da revista Veja, de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás.  No mesmo momento, véspera da eleição, a Globo botou no ar, no Jornal Nacional, essa notícia atribuída ao doleiro Alberto Youssef, através de delação premiada. A sociedade não deve nenhum respeito a um juiz que sem nenhuma base jurídica destrata a autoridade máxima do país.

Mesmo que o doleiro tivesse realmente feito a denúncia ela não poderia ser divulgada, pois delação premiada é peça do processo que só vale, caso confirmada,  no processo transitado em julgado ou finalizado. Mas ele não denunciou e foi o próprio advogado do doleiro que garantiu que seu cliente nunca dissera isso.

E mais, a operação Lava jato, chefiada pelo juiz Sérgio Moro,  investiga a corrupção na Petrobrás. Nosso vigente Código de Processo Civil  manda argüir o impedimento e a suspeição do juiz: ... art. 134, “IV – Quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta, ou  na colateral, até o terceiro grau;”

Ora, a esposa do juiz Sérgio Moro, segundo o Wikipédia, advoga  para o PSDB do Paraná e para multinacionais de petróleo, justamente os  principais  beneficiados com essa operação. Senão vejamos, a operação lava Jato investiga a Petrobrás, tendo como maiores concorrentes as multinacionais de petróleo, clientes da esposa de Moro,  e ainda, a notícia da revista Veja visou a prejudicar a candidata Dilma do PT, favorecendo assim  o candidato Aécio Neves, do PSDB,  partido para quem também trabalha a mulher do juiz Sérgio Moro. A farsa montada pela Veja e Globo foi uma propaganda em favor do candidato Aécio Neves do PSDB contrariando a ustiça eleitoral.

O juiz Sérgio Moro mantém preso o tesoureiro do PT, por conta de delação premiada, mas não prende os tesoureiros dos partidos também citados em delação premiada, dentro da mesma operação, como PSDB, PMDB, PP. O tesoureiro do PSDB, Marcio Fortes, que foi tesoureiro de campanha de FHC e de José Serra, além do envolvido com o PSDB na Lava Jato, é titular de conta para lavagem de dinheiro no HSBC da Suíça.

A sociedade exige que todos os envolvidos em corrupção, corruptos e corruptores, depois da ampla defesa, e se condenados, sejam presos, e os bens, frutos da corrupção, sejam ressarcidos. Mas isso tem que valer para todos os partidos!

Além de políticos corruptos, temos os juízes que acusam sem provas; os juízes que sem nenhum juízo se apossam dos bens alheios; os que barrados em operação no trânsito contra o uso do álcool no volante agem como se fossem deuses, acima do bem e do mal, e processam a guarda do transito, que é condenada, diga-se de passagem; juízes que sentam em cima do processo de interesse de toda a sociedade, como o mensalão dos tucanos e financiamentos privados de campanhas eleitorais; juízes que ganham salários que afrontam a sociedade e, quando punidos, a pena máxima é aposentadoria compulsória.

Queremos também que investiguem empresários de comunicação que falam e escrevem o que querem, contra tudo e contra todos, sem nenhuma regulamentação. E atacam alguns, mas todos nós sabemos, e nossa instituições republicanas se omitem, que esses  principais órgãos de comunicação estão envolvidos, ou protegem os corruptos, em escândalos bilionários, como o Swisslaikes, Zelotes e Transalão..  

A Globo deu titulo de personalidade do ano ao juiz Sérgio Moro. Não podemos esquecer que a Globo apoiou e cresceu à sombra da ditadura, foi contra as eleições diretas e, no governo de FHC, na década de 90, fez campanha pela privatização da Petrobrás comparando a Petrobrás a um paquiderme e chamando os petroleiros de marajás. A Globo e o PSDB sempre defenderam a privatização da Petrobrás, FHC tentou privatizar e Jose Serra, candidato à presidência, em 2009, prometeu à petroleira Chevron americana entregar o pré-sal.

Como funcionário da Petrobrás e brasileiro, não posso aceitar calado essa tramóia contra a empresa que é o maior patrimônio da nação e a única que pode pagar a dívida social que temos com nosso povo. Repetimos, queremos que todos os corruptos e corruptores vão para a cadeia, mas deixem a Petrobrás trabalhar.

A sociedade não pode permitir que a Globo e o PSDB destruam a Petrobrás, exigimos apuração de toda corrupção no pais, sem blindagem de ninguém e não podemos aceitar a perseguição odiosa, e dissimulada, a nenhum partido!     


OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Rio de Janeiro, 16 de junho de 2015






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