terça-feira, 9 de junho de 2015

A saga entreguista do PSDB


por Emanuel Cancella


Segundo relato da jornalista, Tereza Cruvinel, na manhã desta quarta feira, 10/6, com apoio do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, do PMDB, e do líder do governo, senador Delcídio Amaral, do PT, a Comissão de Minas e Energia da Câmara, presidida pelo deputado Rodrigo de Castro (PSDB/MG), tentará aprovar o PL 4973/13.
Há ainda outro projeto, propondo as mesmas alterações, de autoria do deputado Domingos Savio (PSDB-MG), e o do senador José Serra (PSDB-SP), que aguarda emendas e parecer do relator. É preciso que a sociedade conheça um pouco da geopolítica brasileira do petróleo.
No governo de Fernando Henrique Cardoso – FHC, na década de 90, eles tentaram mudar o nome da empresa para Petrobrax, com a finalidade de esvaziar sentimento do povo brasileiro com a empresa. Tentaram privatizar a Petrobrás e quebrar o monopólio do petróleo.
Esbarraram na maior greve da categoria petroleira, de 32 dias, quando tivemos 100 demissões e pagamos multa de 100 mil reais por dia, por sindicato, mas barramos o projeto entreguista de FHC. Não destruíram a empresa, mas infelizmente conseguiram quebrar o monopólio.
Logo depois, como não conseguiram privatizar a companhia  como um todo, ainda dividiram-na em Unidades de Negócios, para vendê-la fatiada. Só conseguiram vender 30% da REFAP (refinaria do Sul), entretanto, no governo Lula, a REFAP voltou a ser 100% Petrobrás.
FHC e o PSDB, em sua saga entreguista,  criaram também o REPETRO, que isentava de impostos os equipamentos importados da indústria do petróleo, o que acarretou a quebra da indústria nacional desses equipamentos.
FHC fez mais, acabou com a indústria naval brasileira, que na época era a maior de nosso continente, alegando que o custo no exterior era menor. Com isso deixaram de investir no país e foram fazer negócios no estrangeiro. União, estados e municípios deixaram de arrecadar impostos, os brasileiros perderam seus empregos e a indústria naval foi destruída.
Com certeza, se dependesse dos tucanos, a festa da descoberta do pré-sal seria no Texas ou em algum país europeu. Na verdade, FHC queria mesmo era destruir a Petrobrás.
Os Governos de Lula e Dilma retomaram a indústria do petróleo, reergueram a indústria naval, e descobriram o pré-sal, colocando a Petrobrás como uma das maiores petroleiras do mundo. Mas os tucanos não desistem nunca, pois continuam tentando destruir a Petrobras.
Quando candidato a presidente em 2009, José Serra prometeu a Chevron americana, que, caso eleito, mudaria as regras do pré-sal. O Wikileaks denunciou o telegrama com esse teor e a Folha publicou em 13/10/10...
"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patrícia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama...”
A lei 12.351/10, lei da Partilha, criada pelo governo Lula, estabelece que a Petrobrás seja operadora de todos os campos do pré-sal, e que terá uma participação mínima, na quantidade de óleo, de 30% no campo. E ainda, que a União continuará, mesmo na Partilha, a ser proprietária de todo o óleo, ou seja, diferente da lei de concessão de FHC, a empresa que arrematava a área virava dono de todo petróleo.
Outro conceito da Lei é o Conteúdo Local que é a garantia de que a indústria nacional vai fornecer grande parte dos equipamentos usados na indústria do petróleo.  
A Petrobrás, operadora de todos os campos do pré-sal, significa:
- Dar garantias ao Brasil do controle da produção. Assim poderemos monitorar o volume de petróleo produzido, até porque parte desse óleo vai financiar a saúde e educação, com 75% dos royalties para educação e 25% para a saúde, e ainda 50% do Fundo Social do Pré-Sal, para os dois. Isso fará uma revolução nesses setores;
- Viabilizar a aplicação das normas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança – SMS, com o intuito de minimizar a ocorrência de todo tipo de acidente.  
- Controlar a compra de equipamentos e de contratação de serviços que, aliada ao Conteúdo Local,  irá gerar o que chamamos de “ Círculo Virtuoso da Economia”, com a indústria brasileira contratando milhares de trabalhadores com empregos e salários de qualidade, e a União, estados e municípios arrecadando impostos.  
O cidadão comum chega a duvidar que um partido e que políticos que se elegem dizendo que defenderão o país, se proponham a praticar essa traição contra o povo brasileiro. O PSDB está acostumado com esse tipo de negócios. Segundo A Folha, compraram com muita grana os votos para a reeleição de FHC. O livro “A  privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Junior , mostra a lama que foi a venda de nossas estatais. E agora muita grana vai rolar para esses lesa-pátria entregarem nosso petróleo.  

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

Rio de Janeiro, 09 de junho de 2015





Nenhum comentário:

Postar um comentário