domingo, 17 de maio de 2015

Se precisar, Dilma privatiza até a mãe

por Emanuel Cancella
A presidenta Dilma está realizando um festival de privatizações. Aeroportos, portos, estradas, petróleo, terminais de petróleo e o que vier pela frente.  Nesse ritmo, é bom acender o sinal de alerta, em relação às águas e florestas. Se precisar, a presidenta privatiza até a mãe. Aliás, com o leilão do gás de xisto, iniciado nesta quinta (28), o governo federal  já começou a mandar às favas a mãe-natureza.
 Dilma é responsável pelo maior estelionato eleitoral da história. Ganhou as eleições com discurso contra as privatizações, afirmando que essa era grande diferença entre ela e o outro candidato (José Serra). É bem possível que nas próximas eleições, para se justificar, saia pela tangente, alegando que “não são privatizações e sim concessões e partilhas”. Mas seja concessão, como no caso dos aeroportos e do gás de xisto, seja partilha como no Campo de Libra, imaginem o que vai sobrar depois de 30-40 anos de prospecção? Nada.
 Outra mentira que a presidenta-candidata poderá contar nas próximas eleições é que fez tudo isso para aplicar em educação, saúde, mais empregos, etc. O fato é que Dilma está promovendo a venda de ativos da Petrobrás e entregando o nosso ouro-negro por qualquer dinheiro a empresas estrangeiras para pagar juros das dívidas interna e externa.
 Enquanto com a concessão do Aeroporto do Galeão o governo afirma ter arrecado R$ 20 bi, a entrega do Campo de Libra rendeu de R$ 15 bi (valor do bônus).  Mas será que isso deveria ser motivo de orgulho, como alardeia a grande mídia?
 Todos esses bilhões pouca serventia terão para o povo brasileiro. O que a presidenta não diz é que o Brasil está pagando R$ 2 bilhões por dia de juros da dívida. Ou seja, o dinheiro arrecadado com a entrega do maior campo do nosso pré-sal, no caso de Libra, se esvai em menos de oito dias! O dinheiro arrecadado com a concessão do Aeroporto do Galeão vira pó em 10 dias, seguindo direto para o bolso dos banqueiros nacionais e internacionais. Apesar disso a presidenta não quer fazer a auditoria da dívida.  Cabe perguntar: de que lado ela está?
 Assim fica fácil entender porque não sobra dinheiro para a educação, saúde, moradia,  saneamento básico, reforma urbana e reforma agrária.  Esse é o resultado do conluio entre governo & banqueiros & grande empresários.

RIO DE JANEIRO, 29 de novembro de 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário