quinta-feira, 14 de maio de 2015

Maria das Graça Fortes pratica o Assédio Moral contra os funcionários da Petrobrás

por Emanuel Cancella

Num flagrante de assédio moral, a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, em entrevista à revista Época Negócios, de novembro de 2012, se reporta a funcionários da Petrobrás, os que se aposentaram e continuam a trabalhar na companhia, de forma pejorativa: “ ...Ninguém sai, ninguém sai... A Petrobrás tem mais de 10 mil empregados em condições de se aposentar (isso é quase 12% da força de trabalho) mas eles ficam... Se saíssem, perderiam a PLR e até 40% dos rendimentos e ganhariam apenas o salário. É um problema para renovar os quadros da empresa...”
Esse “ninguém sai” atual da Petrobrás, segundo ela, estimula e favorece a aplicação imediata de um plano de desligamento voluntário, pois trará mais do que uma redução de custos. Trará como indicado nas alternativas A, B, C, e D do resumo indicado no site abaixo, um maior retorno financeiro, uma revitalização da sua força de trabalho e, num dos casos, ainda viabilizará a sua conformidade com o acórdão do TCU sobre terceirizados.

Veja a matéria: “TCU Manda Estatais acabarem com terceirização em atividade-fim.” http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/estatais-na-mira-do-tcu-pelo-fim-terceirizacao/.

Na mesma entrevista a gerente de RH, Mariângela Mundin diz: “ ... Engajado= empregado novo, no início de carreira, cheio de tesão e comprometimento com seus planos de ascensão funcional na carreira que se inicia, cheios de vigor, sangue, energia, como gosta a presidente Foster,
Desengajados = São os aposentáveis mais cansadinhos, desmotivados, já descomprometidos, com o boi na sombra, na zona de conforto só esperando o PDV chegar... “.
Ainda na entrevista: .”..2) Comparando-se um salário bruto de um profissional aposentável em fim de carreira (R$ 23.636,82) com um salário de novato (R$ 7.444,71), daria para se trocar cada veterano que aderir o PDV, por cerca de 3,17 novatos, aos mesmos custos...”.
Primeiro, a grande maioria desses petroleiros “aposentado” ganham salários muito mais baixos do que o citado no exemplo acima. LamentamosqueUma empresa que se arvora em ter responsabilidade social trate seus funcionários dessa forma. Esses funcionários são os principais responsáveis pelo sucesso da empresa. Eles se aposentam e continuam na ativa por decisão do Supremo Tribunal Federal. E nesses casos recebem a parcela do INSS relativa a suas aposentadorias. Eles já contribuíram o suficiente para fazer jus à parcela de aposentadoria do INSS. Inclusive entendemos  que dentro do mesmo conceito que devam receber parcela da Petros. Estamos falando de funcionários com mais de 30 anos de Petrobrás.
Em resposta ao “Ninguém sai” da presidente: Grande parte dos petroleiros que se aposentam e continuam na ativa é o resultado da política de FHC, Lula e agora Dilma que rasgaram seus contratos de aposentadoria que lhes garantiria receber até 90% daquilo que receberiam se estivessem na ativa, ou seja, é só cumprir o contrato que a mioria vai sair . Diga-se de passagem,  esse contrato é oneroso pois pagaram na ativa e continuam a pagar na aposentadoria. Chamamos a atenção que a Graça Foster se preocupou tanto em falar mal do funcionário da Petrobrás na entrevista que se esqueceu de dizer que a companhia só gasta 3% de seu faturamento com seus funcionários, com as políticas de RH, enquanto as outras concorrentes, petroleiras gastam no mínimo o dobro.   E com o pré-sal em operação, a companhia vai gastar menos ainda. E o pré-sal, sua descoberta e o desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo foi obra com certeza dos “veteranos”. Agora a direção da empresa que faz crítica àqueles que se aposentam e continuam na ativa, fazendo jus à parcela do INSS e, em caso de morte ou afastamento definitivo, a somente 60% do complemento da Petros. Pasmem! Vários diretores da empresa nesse mesmo período têm se aposentado e homologado no Sindipetro-RJ e continuam nos cargos de diretoria. Só que para os diretores da Petrobrás o ganho é total, ou seja, para eles a regra é diferente: aposentadoria integral do INSS, da Petros e ainda o salário de diretor e todas as suas vantagens. E, para mostrar a grande incoerência da Maria das Graças Foster, na última reunião da FNP com o RH, um dos gerentes do RH procurou um diretor do Sindipetro-RJ para intermediar a marcação da homologação de aposentadoria da presidente da Petrobrás.  É verdade, dona Maria das Graças Foster: Ninguém sai!

Veja entrevista na integra de Maria das Graças Foster na revista Época Negócios: http://www.multiclipping.com/arquivo/1/impressos/petro432757.pdf

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