terça-feira, 12 de julho de 2011

A CONTA DA CRISE FINACEIRA INTERNACIONAL, GRÉCIA E PORTUGAL SÃO A BOLA DA VEZ

por Emanuel Cancella

Depois dos trilhões de dólares, em 2008, para salvar as empresas e os bancos na crise financeira internacional, começa a chegar a conta. A Grécia e Portugal são a bola da vez, vão experimentar do remédio amargo do FMI: demissões, arrocho salarial e corte nos valores das aposentadorias.
Aqui no Brasil, a presidenta Dilma já avisou mais de uma vez que não haverá aumento de salário. A pergunta que não quer calar: se os salários dos trabalhadores não sobem, quem vai ganhar com o crescimento do PIB? Os de sempre: os banqueiros, as empresas e os especuladores nacionais e internacionais.
O Brasil vai financiar o levante do império se transformando num grande exportador de petróleo. Quer ajuda maior que essa! O petróleo disputado a guerras e tramas contra governos, no Brasil os famigerados leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP) vão viabilizar a exportação do chamado ouro negro, o petróleo.
Ao invés de usarmos nosso ouro negro para resolver os problemas da saúde da educação, da moradia, do emprego, da renda, da reforma agrária, vamos permitir o uso do nosso petróleo para salvar os EUA e a Europa, inclusive os países asiáticos, da crise financeira internacional.
Além de pagar com o petróleo a dívida social com nosso povo, poderíamos investir maciçamente na mudança da matriz energética, investindo o próprio dinheiro do petróleo em energia mais limpas, o que seria muito bom pra o meio ambiente e o planeta.
O pior é que existe um bloqueio da mídia e do governo, inclusive denunciado pelo WikiLeaks. Os gringos querem o nosso petróleo, sem que haja questionamento. No limite, podemos discutir royalties que representam 15% do petróleo. O restante do petróleo vai seguir o mesmo destino do Pau-Brasil, da borracha, do açúcar, do café, do minério de ferro, da prata e do nosso ouro metal: vamos continuar a ser fornecedor de matéria prima ou “commodity” para o mundo!

RIO DE JANEIRO, 12 de julho de 2011

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