por Emanuel Cancella
Está no ar uma campanha na mídia para fragilizar a Petrobrás no momento da mudança do marco regulatório.
O Greenpeace também entra na onda comparando o derramamento do Golfo do México com o vazamento da Região dos Lagos no Rio de Janeiro. No Golfo do México estão vazando milhares de barris de petróleo diariamente, há mais de dois meses, enquanto no Rio de janeiro apareceu nas praias uma quantidade pequena de óleo que não é das plataformas da Petrobrás, e a suspeita recai sobre a suposta lavagem mal feita em tanque de navio e o resíduo lançado ao mar, o que é proibido.
O Greenpeace recomenda que todo o dinheiro usado no pré-sal seja aplicado em ciência e tecnologia em energias renováveis como solar, eólica e também em pequenas hidrelétricas. Concordamos com a sugestão do Greenpeace, mas a pergunta que não quer calar: e quem investiria e desenvolveria o pré-sal?
Parece que eles estão querendo que o Brasil fique preocupado com as questões ambientais enquanto isso os países ricos usurpem nosso petróleo, tungando o Brasil como fizeram com o pau-brasil, o ouro, a prata, e agora o ouro negro; eles estão investindo no momento do marco regulatório para começarem o “garimpo”. O petróleo infelizmente é a principal matriz energética no mundo e vai ser pelo menos nos próximos 50 anos. Temos sim que desenvolver o pré-sal e usar seu petróleo para financiar o que propõe o Greenpeace.
O maior risco de vazamento de óleo consiste no Brasil tornar-se um grande exportador de petróleo como esta previsto no novo marco regulatório na Partilha e aí o Greenpeace não fala nada. Até porque o Brasil já é auto-suficiente na produção de petróleo. Temos que tratar esse petróleo de forma estratégica. É a produção em grande escala a principal causa dos vazamentos.
Na disputa do petróleo vale tudo, a guerra, a derrubada de governo, a conspiração e agora temos também as entidades “defensoras” do meio ambiente!
RIO DE JANEIRO, 16 de agosto de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário