terça-feira, 30 de março de 2021

Centrão e militares abandonam Bolsonaro, que já pode fazer o discurso de Collor: "Não me deixem só"!

por Emanuel Cancella

Vejam o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=1MiREHaA6h4

 Bolsonaro colocou mais militares no governo do que a própria ditadura militar. Assim militares ocupam mais de 36% dos principais postos de comando do Executivo, controlando oito dos 22 ministérios de Bolsonaro (1,2). 

Em todos esses cargos ocupados pelos militares há o acúmulo de vencimento. O negócio é dar cargo para militar, sem verificar suas especialidades tanto que o ministro da Saúde de Bolsonaro não era médico, mas um general, Pazuello.

 O próprio orçamento do governo privilegia os militares em detrimento da área de Saúde. Ninguém é contra colocar dinheiro do orçamento na Defesa, mas não acima da saúde, nas atuais circunstâncias, como a proposta do orçamento da União para 2021: “Defesa aumento de 4.7%, e para a Saúde em plena pandemia prevê uma pequena elevação de 1,7% “(3).

 Os militares estão satisfeitos com os cargos ocupados no governo Bolsonaro, mas com certeza, preocupados, pois Bolsonaro coloca todas as lambanças no colo deles.

O maior desgaste à imagem dos militares foi o ministro da Saúde, general Pazuello, deixar chegar a mais de 300 mil mortes na pandemia.

  “Além de promover uma dança de cadeiras para agradar o Centrão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu demitir o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, porque está insatisfeito com o afastamento crescente do serviço ativo das Forças Armadas do governo” (4).

 E Bolsonaro bota lenha na fogueira da crise com os militares:  

"O momento é forte tensão institucional no Brasil após o precedente inédito aberto por Jair Bolsonaro com a demissão de Edson Leal Pujol, comandantes do Exército; Ilques Barbosa, da Marinha; e Antônio Carlos Bermudez, da Aeronáutica, que não aceitaram subordinar as Forças Armadas a um autogolpe” (5).

 Temos que aplaudir a atitude desses comandantes militares, que se pautam nos limites da Constituição Federal. 

E o vice-presidente Hamilton Mourão, de forma surpreendente, antes tarde do que nunca!, contrariando o presidente Bolsonaro, manda um recado para os brasileiros: “Não há risco de ruptura institucional!”, diz-Mourão após demissão de comandantes (6). Lembrando que Bolsonaro não pode demitir o vice- presidente. 

Antes dos militares, o Centrão já mandava um recado a Bolsonaro.

Pois é, esse mesmo Centrão que é a base de apoio parlamentar que Bolsonaro comprou no balcão do Congresso Nacional, começa a discordar do presidente: 

  “O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enviou recado ao Palácio do Planalto, afirmando que há remédios amargos que ele não pretende usar, mas ponderou que tudo tem um limite” (7).

 Bolsonaro se aproxima de Collor, que agora pode ganhar espaço no governo, e também pode repetir o discurso de Collor de Mello (8,9): “ Não me deixem só. Eu preciso de vocês", disse Fernando Collor de Mello, em 21/06/1992, em pronunciamento na televisão, negando envolvimento com o esquema PC.

 

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Fonte: 1 - https://veja.abril.com.br/brasil/governo-de-bolsonaro-tera-mais-militares-do-que-em-1964/

2 - https://www.brasildefato.com.br/2020/04/01/em-divida-com-o-passado-militares-ganham-espaco-com-bolsonaro-e-comemoram-ditadura

3 - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53969636

4 - https://www.jb.com.br/pais/politica/2021/03/1029255-bolsonaro-demitiu-ministro-da-defesa-porque-tambem-quer-mais-apoio-militar.html

5 - https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaro-abre-a-maior-crise-das-forcas-armadas-com-demissao-de-comandantes

6 - https://www.brasil247.com/brasil/nao-ha-risco-de-ruptura-institucional-diz-mourao-apos-demissao-de-comandantes

7 - https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2021/03/24/lira-sugere-usar-remedio-amargo-se-governo-bolsonaro-seguir-errando.ghtml

8 - https://br.noticias.yahoo.com/bolsonaro-aproxima-collor-pode-ganhar-espaco-governo-222959441.html

9 - https://acervo.oglobo.globo.com/frases/nao-me-deixem-so-eu-preciso-de-voces-9447457

 

Rio de Janeiro, 30 de março de 2021.

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: 

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 Aviso - Estou monetizando minhas redes sociais, no caso, o meu canal do Youtube e meu blog. Faço isso para fortalecer a ajuda às 22 entidades sociais e filantrópicas que atendem as mais diversas pessoas excluídas de nossa sociedade, de forma a aumentar o valor de meus apoios mensais para essas entidades. 100% dos valores recebidos pelos parceiros comerciais vão ser alocados para essas instituições. Para saber mais: http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html

 (Esse relato pode ser reproduzido livremente) 

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