por Emanuel Cancella
Vejam o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=1MiREHaA6h4
Em todos esses cargos ocupados pelos militares há o acúmulo
de vencimento. O negócio é dar cargo para militar, sem verificar suas
especialidades tanto que o ministro da Saúde de Bolsonaro não era médico, mas
um general, Pazuello.
O próprio orçamento do governo privilegia os militares
em detrimento da área de Saúde. Ninguém é contra colocar dinheiro do orçamento
na Defesa, mas não acima da saúde, nas atuais circunstâncias, como a proposta
do orçamento da União para 2021: “Defesa aumento de 4.7%, e para a Saúde em
plena pandemia prevê uma pequena elevação de 1,7% “(3).
Os militares estão satisfeitos com os cargos ocupados
no governo Bolsonaro, mas com certeza, preocupados, pois Bolsonaro coloca todas
as lambanças no colo deles.
O maior desgaste à imagem dos militares foi o ministro da
Saúde, general Pazuello, deixar chegar a mais de 300 mil mortes na pandemia.
“Além de promover uma
dança de cadeiras para agradar o Centrão, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) decidiu demitir o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, porque
está insatisfeito com o afastamento crescente do serviço ativo das Forças
Armadas do governo” (4).
E Bolsonaro bota lenha na fogueira da crise com os
militares:
"O momento é forte tensão
institucional no Brasil após o precedente inédito aberto por Jair Bolsonaro com
a demissão de Edson Leal Pujol, comandantes do Exército; Ilques Barbosa, da
Marinha; e Antônio Carlos Bermudez, da Aeronáutica, que não aceitaram
subordinar as Forças Armadas a um autogolpe” (5).
Temos que aplaudir a atitude desses comandantes militares,
que se pautam nos limites da Constituição Federal.
E o vice-presidente Hamilton Mourão, de forma surpreendente,
antes tarde do que nunca!, contrariando o presidente Bolsonaro, manda um recado
para os brasileiros: “Não há risco de ruptura institucional!”, diz-Mourão após
demissão de comandantes (6). Lembrando que Bolsonaro não pode demitir o vice-
presidente.
Antes dos militares, o Centrão já mandava um recado a
Bolsonaro.
Pois é, esse mesmo Centrão que é a base de apoio parlamentar que Bolsonaro comprou no balcão do Congresso Nacional, começa a discordar do presidente:
“O presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), enviou recado ao Palácio do Planalto, afirmando que há
remédios amargos que ele não pretende usar, mas ponderou que tudo tem um
limite” (7).
Bolsonaro se aproxima de Collor, que agora pode ganhar
espaço no governo, e também pode repetir o discurso de Collor de Mello (8,9): “
Não me deixem só. Eu preciso de vocês", disse Fernando Collor de
Mello, em 21/06/1992, em pronunciamento na televisão, negando
envolvimento com o esquema PC.
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Fonte: 1 - https://veja.abril.com.br/brasil/governo-de-bolsonaro-tera-mais-militares-do-que-em-1964/
3 - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53969636
8 - https://br.noticias.yahoo.com/bolsonaro-aproxima-collor-pode-ganhar-espaco-governo-222959441.html
9 - https://acervo.oglobo.globo.com/frases/nao-me-deixem-so-eu-preciso-de-voces-9447457
Rio de Janeiro, 30 de março de 2021.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
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