por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=K2fTCEIYApQ
Viúvas dos 11
petroleiros mortos protestaram no Edise, em 2002, mas não foram recebidas pelo tucano
Henri Philippe Reichstul (6).
15/03/2002, no dia que completou um ano do desastre da P-36
viúvas dos 11 mortos no acidente da P-36 fizeram um ato na porta da sede da Petrobrás,
no Rio, com apoio do Sindipetro-NF e RJ:
P-36 – Voce esqueceu nós não.
O momento de maior emoção foi quando, Ivanir Azevedo viúva de Ernesto Azevedo Couto
leu um poema: A dor é minha e das família mas a vergonha é nacional (2).
Num dos primeiros atos de sua gestão, em 2003 o saudoso, ex
senador do PT e presidente da Petrobrás,
indicado pelo presidente, Luiz Inacio Lula da Silva, Eduardo Dutra
convidou o Sindipetro-RJ para ir ao ato na sede da Petrobrás onde a Empresa
pela primeira vez receberia as viúvas de P-36.
Até então o presidente da Petrobrás, Henri Philippe
Reichstul indicado por FHC não recebia as viúvas de P-36 e fechava os
portãos da sede da Petrobrás para não permitir suas entrada.
Então com representante do Sindipetro-RJ fui a cerimônia na
sede da Petrobrás. Foi uma das sextas feiras mais alegre e triste de minha vda:
Alegria pelo convinte ao sindicato que representava e tristeza pelo depoimento
das vitimas: confesso que chorei!
Aqueles 11 homens foram verdadeiros heróis, pois membro da
brigada de incêndio, morreram indo ao local da primeira explosão na P-36 para
tentar debelar o incêndio. Nos depoimentos das viúvas e filhos ficava claro o
amor e dedicação que aqueles homens tinham a Petrobrás.
A Petrobrás ofereceu as vitimas, na mesa de negociação, sem
participação da justiça, hum milhão de reais de indenização para cada família,
a pensão da Petros as viúvas, o custeio da educação dos filhos das vitimas até
o 3º grau. Somente uma das 11 viúvas
não aceitou o acordo, e buscou na justiça outro acordo, exercendo seu legitimo
direito.
Acidente na Vale- Nos dois anos do acidente em Brumadinho
familiares fazem ato em memória das 272 vidas interrompidas, que não contam os
bebes que estavam na barriga das mães.
O ato organizado pela “Associação dos Familiares de Vítimas e
Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum)”,
foi realizado no dia 25, segunda, em Belo Horizonte. Na noite desse domingo
(24), cerca de cem carros fizeram um protesto pelas principais ruas de
Brumadinho para pedir justiça aos trabalhadores e moradores que perderam a
vida.
Dor que não passa
“A técnica em química Naiara Porto, de 29 anos, que perdeu o
companheiro, o operador de empilhadeira Everton Lopes, de 32, contou que a dor
pela perda não passa. "Estamos agarrados ao dia 25", disse.
Segundo ela, os familiares querem justiça.
"Apesar de dinheiro não pagar a vida dele, a Vale não
acertou com a gente a multa de 40%. Eles falam que acidente de trabalho é
considerado como se a pessoa tivesse pedido conta, mas meu marido não pediu
demissão: ele foi assassinado", relatou Naiara, que atua no conselho
fiscal da Avabrum” "Eles sabiam que a barragem ia romper, só não sabiam
quando. A Vale faz uma propaganda muito linda da reparação, que não condiz com
a realidade", finalizou.(3).
O acidente da Vale em Mariana e Brumadinho ceifou 289 vidas,
uma tragédia, anunciada, pois outras diante do descaso da Vale privatizada e
das autoridades poderão advir. O acidente ambiental de Mariana e Brumadinho são
considerados dos maiores no mundo. Como se não bastasse as 289 mortes, a
“venda” da Vale por FHC por R$ 3.3 BI, quando só em reservas minerais possuía
mais de R$100 BI (4,5).
Quase 20 anos depois a frase da viúva Ivanir Azevedo na porta da sede da Petrobrás
encaixa como uma luva no acidente da Vale: A dor é minha e das família mas a
vergonha é nacional.
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2 - https://www.folhadelondrina.com.br/geral/viuvas-da-p-36-protestam-em-frente-a-petrobras-386987.html
6 - https://acervo.oglobo.globo.com/fotogalerias/plataforma-36-inferno-em-alto-mar-18882648
Rio de Janeiro 28 de janeiro de 2021.
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Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
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É tão triste saber que 289 trabalhadores e trabalhadoras morreram inocentemente, cumprindo as suas obrigações profissionais, deixando as suas famílias desamparadas, mais infelizmente, as nossas autoridades protegem os grupos dirigentes, deixando os familiares das vitimas, totalmente desamparadas. Onde foram parar os juízes brasileiros, que não se preocupam em resolver esse grande problema ?. E principalmente, porque esse roubo que o governo FHC praticou contra o nosso pais, praticamente doando uma empresa tão importante quanto a Vale do Rio Doce, no mercado internacional, nas infelizes privatizações, lesando o patrimônio brasileiro, desaparecendo com os lucros das empresas e infelizmente, deixando nosso país arrasados, cheio tristeza, de pobreza, sofrimentos e indignaçao, com a irresponsabilidade juridica, econômica e comercial brasileira e até mesmo, internacional. É um horror, a forma como as vítimas e as suas famílias são tratadas, no nosso país. Cadê a Constituição brasileira? Acho que todos responsáveis pela solução desse caso pavoroso e tão medonho, deveriam estarem todos presos. Quando essas vítimas poderão descansarem em paz? O mais grave ainda, é ter certeza de que os acionistas dessa empresa, devem estar nadando em altos lucros. Quanta injustiça. Que gente criminosa e irresponsaveis, com as leis do nosso país e com a nossa população.
ResponderExcluirSerá que um dia, as famílias dos mortos e das mulheres vítimas do acidente da Vale do Rio Doce, receberão as indenizações que tem direito? Ou será que as familias envolvidas, ficarão a ver navios, como tem acontecido com as famílias que tem direito a receberem os titulos e os lucros dos precatorios brasileiros, que na grande maioria, os beneficiários acabam morrendo, sem receberem nem um centavo do dinheiro que foram roubados dos mesmos, principalmente pelas casas bancárias do país e pelo governo brasileiro. Quando o Sr FHC será devidamente punido, pelas privatizações ilegais, que realizou,? prejudicando imensamente, as riquezas e o patrimônio do nosso país? Espero que a justiça brasileira aprenda a defender os interesses da nossa populaçao, do nosso país e do nosso futuro. Já acabou a época da colonização brasileira, onde os donos dos escravos, nunca os respeitavam, usando os como ferramentas, para ampliarem seus lucros cada vez mais, sendo acobertados pelas Igrejas da época, e principalmente, pela justiça horrorosa brasileira.
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