por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta matéria
em: https://www.youtube.com/watch?v=IoIc7_lxWR8
O Petrolão foi o Caso Especial mais longo da mídia brasileira, transmitido pela Globo, pois foram mais de 3 anos de vazamentos da Lava Jato, diariamente, no seu programa líder de audiência, o Jornal Nacional.
Só faltou a Globo informar que grande parte do Petrolão era
ficção. Lógico que existiu e existe corrupção na Petrobrás, assim como existe
na Globo, Itaú, Chevron e Rpsol, ou seja, na
maioria, talvez em todas as empresas no Brasil e no mundo. Pasmem!
Até na Lava Jato, do combate a corrupção, existe corrupção!
Mas só a Petrobrás foi investigada por uma operação da
Polícia Federal criada exclusivamente para isso, que teve até participação do
FBI (3).
Por exemplo, no Petrolão, Lula era apontado na mídia,
principalmente na Globo, como comandante máximo na corrupção da Petrobrás.
Entretanto, Deltan Dallagnol afirmou, ao vivo, na Globo, quando denunciou Lula:
“Não tenho provas só convicção contra Lula” (4). Isso depois da Lava Jato
durante anos investigar Lula, sua família e amigos.
Mesmo sem provas, o ex-juiz Sergio Moro não só aceitou a
denúncia de Dallagnol como prendeu Lula, na véspera da eleição, líder em todas
as pesquisas, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro.
E assim, com a certeza da impunidade, Moro aceitou de
Bolsonaro o ministério da Justiça e ainda a promessa de ser indicado ministro
do STF (5).
Bolsonaro e Moro nunca foram acionados pela justiça por essa
tramoia, mesmo em se tratando de uma manobra contra um ex- presidente.
No mínimo estranho que a maioria dos presos da Lava Jato na
Petrobrás esteja em suas casas, verdadeiros clubes de lazer, construídos com
dinheiro na corrupção.
Entre eles o diretor, Paulo Roberto Costa, o
presidente da Transpetro; Sergio Machado, um dos tesoureiros do
PMDB; Fernando Baiano e o doleiro Alberto Youssef, este mesmo condenado a 122
anos de cadeia, entretanto, além da prisão doméstica, já está de volta a operar
com dólar (6,7).
Diante disso, não sabemos se pagaram ou quanto desembolsaram,
em propina, a Lava Jato, esses larápios da Petrobrás, para conseguirem essa
prisão doméstica. Entretanto já se sabe que ao advogado da Odebrechet, Rodrigo
Tacla Duran, foi pedido por uma delação pelo advogado da Lava Jato, Carlos
Zucoloto Junior, US$ 5 milhões ‘por fora’ (8).
O mesmo Jornal Nacional que, durante anos, e diariamente
falou do Petrolão, não deu uma nota sequer ao fato de que a
Petrobrás e os petroleiros ganharam pelo desenvolvimento
de tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta pré-sal,
pela 4ª vez, nos EUA, em Houston, o prêmio OTC, considerado o “Oscar” da
indústria do petróleo. (10).
E nem disse que com isso superamos a Chevron, Repsol, Petrochina,
Statoil ASA, Total AS, Royal Dutch Shell, BP PLC, Exxon Mobil e todas
as petroleiras no mundo.
A bem da verdade, a Globo falou do pré-sal em editorial: O
pré-sal pode ser patrimônio inútil (9).
O ex juiz Sergio Moro deveria ter alertado à Globo de que a
mãe de todos escândalos do Brasil não foi o Mensalão ou o Petrolão, foi o
Banestado, que inclusive também a Operação foi chefiada por Moro.
E, segundo o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, o
Banestado surrupiou meio trilhão de reais dos cofres públicos e que, semelhante
a Lava Jato, também no Banestado nenhum tucano foi preso
(11).
O Petrolão da Globo foi como o filme da Lava Jato: Polícia
Federal: A Lei É para Todos. Se a lei valesse para todos, os tucanos FHC e
Aécio Neves estariam presos.
Já que FHC foi denunciado em corrupção na Petrobrás inclusive
com o filho, Paulo Henrique Cardoso (2). E o ex-governador de Minas Gerais,
Aécio Neves, foi um dos mais citados em corrupção na Petrobrás (1). Entretanto
a Lava Jato não os investigou nem vazou para o Jornal Nacional!
E não podemos esquecer que a Globo faturou muito com o
Petrolão e os picos de audiência do Jornal Nacional e a Petrobrás teve sua
imagem tremendamente prejudicada, aliás, essa sempre foi a meta da Lava Jato,
Globo e os americanos: desmoralizar a Petrobras para falicitar sua entrega aos
gringos, o que está sendo feita agora por Bolsonaro.
Bolsonaro já vendeu, ninguém sabe para quem, pois o governo
esconde o comprador, a BR distribuidora, a segunda empresa em faturamento no
país, só perdendo para a Petrobrás holding (13).
Juntamente com a BR doou o terceiro mercado de venda de
derivados, pois o do Brasil só perde para os EUA e China. E ainda está em
andamento a venda de metade das refinarias da Petrobrás sem passar pelo
Congresso Nacional, com aval do STF (12).
Vamos aguardar que algum brasileiro faça o filme do pré-sal,
e quem sabe, ganhamos assim um “Oscar”, não da OCT, mas da academia de
Hollywood!
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2 - https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/FHC-seu-filho-e-os-negocios-em-familia/4/35888
3 - https://apublica.org/2020/07/quem-sao-os-agentes-do-fbi-que-atuaram-na-lava-jato/
5 - https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/12/politica/1557677235_562717.html
7 - https://www.conjur.com.br/2019-nov-10/amparado-acordo-youssef-recomeca-operar-dolar
9 - https://oglobo.globo.com/opiniao/o-pre-sal-pode-ser-patrimonio-inutil-18331727
13 - https://jornalggn.com.br/politica/quem-comprou-o-controle-da-br-distribuidora-por-andre-motta-araujo/
Rio de Janeiro 21 de dezembro de 2020.
Aviso - Estou monetizando minhas redes sociais, no caso, o meu canal do Youtube e meu blog. Faço isso para fortalecer a ajuda às 22 entidades sociais e filantrópicas que atendem as mais diversas pessoas excluídas de nossa sociedade, de forma a aumentar o valor de meus apoios mensais para essas entidades. 100% dos valores recebidos pelos parceiros comerciais vão ser alocados para essas instituições. Para saber mais: http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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